Realmente o ditado segue verdadeiro e esse episódio provou que antes de uma tempestade, sempre há o momento da calmaria para preparar o espírito das pessoas. Novos mistérios são lançados no ar, em meio a uma conspiração política e a pergunta que fica no ar é: o que está acontecendo na família Kambe?

No geral o episódio teve bem mais tensão e ação do que costume, incluindo mortes, o que até então não tinha acontecido em nenhuma das situações de perigo anteriores. Curiosamente, assim como a pergunta que lancei acima, essa missão serviu para me mostrar outras duas coisas bem interessantes sobre a força policial japonesa desse anime – que convenhamos, é mais desorganizada que meu guarda roupa no final do mês.

A princípio fazer a guarda do presidente estrangeiro não era nada demais para um grupo bem preparado, ponto. É claro que os inimigos sempre aparecem na espreita, só que a questão aqui não é essa, mas sim a divisão e falta de cooperação entre as partes interessadas por motivos em parte justificados e em parte estúpidos.

Gostei bastante do foco dado ao time B, afinal o Katou e o Kambe não são os únicos seres vivos ali presentes, porém essa atenção foi o que me permitiu ver onde está o problema com eles enquanto defensores da justiça.

Por um instante eu estava acreditando que os resultados da outra missão bem sucedida, iriam acabar melhorando a relação entre as equipes A e B da polícia, me enganei redondamente. Eles continuam ásperos e rudes, principalmente com o Katou, o que não faz tanto sentido, já que o rapaz deu mostras de que sabe fazer o seu trabalho, mesmo com seus traumas pessoais.

Bom, realmente acho que os policiais do alto escalão são extremamente idiotas, por conta dessa picuinha gratuita que eles criam com os colegas em qualquer situação comum. No entanto, também preciso ser verdadeiro e admitir que mesmo sendo pessoas ótimas, o grupo de investigação moderna é uma droga – salve algumas raras e poucas exceções.

Frente a missão dada, é impressionante a falta de profissionalismo deles, demonstrando até uma certa preguiça e desinteresse em desenvolver o seu trabalho. Me perguntei se isso poderia ser decorrente do próprio descrédito que encaram diariamente – algo como desistir de tentar -, mas eles só parecem desleixados por natureza.

Isso é engraçado porque até no momento em que tiveram a melhor de suas oportunidades para mostrar que eram um bom time, eles se esquivaram de qualquer responsabilidade. O Kamei até tentou ser útil, mas até ele é bem limitado e descansado para alguém jovem na sua posição.

Caminhando para o dilema dos Kambe, fiquei surpreso com alguns dos desdobramentos nesse episódio, em especial com o fato de ele não ser o futuro herdeiro do império de sua família. Como ele é o representante imediato, logo imaginamos que obviamente ele seja o escolhido pela avó – assim como o presidente também pensou -, mas não.

Como ele é um homem milionário que está tentando achar o seu lugar no mundo e como preencher o vazio que seus pais lhe deixaram, imediatamente se sugere que essa seria apenas a sua opção de se manter longe dessa herança, porém quando a vida dele é posta em risco entra o parêntese da história.

O indivíduo que atacou ele e o presidente para matá-los, tinha uma intenção muito clara de não fazer vítimas desnecessárias e inocentes, como Katou bem notou no padrão da ação dele. Levando esse desejo em conta, porque ele não prendeu somente seu inimigo e conterrâneo? Pois é, foi o que eu pensei, Kambe provavelmente também era um alvo.

O acordo entre Poliador e o Japão consistia no auxílio entre as nações visando a construção de uma empresa que traria um possível crescimento, em detrimento das ruínas e sítio histórico cultural da região, o que por si só já é um tema bem polêmico e despertou a crítica de muitos.

Nesse esquema a família do protagonista tem grande poder e influência, já sendo uma apoiadora não só do país em si, mas também dos planos do outro governante, portanto temos aí uma boa razão para ele ser incluído no pacote do serviço. O que me intrigou a mais ficou por conta do momento onde ele perde o controle da HEUSC por não ter autorização – o que eu associei ao fato de ele ter dito que não assumirá a liderança.

Como membro ativo do império Kambe, ele deveria usar livremente a sua I.A., mas num momento de risco crítico ele simplesmente é despido de seu poder? Isso no mínimo é estranho e a Suzue ter seguido desesperadamente para a cena do atentado, só reforça minha ideia de que existem mais conspirações estranhas por trás desse pessoal cheio de dinheiro – o que já é um praxe desse modelo e Housekishou Richard-shi no Nazo Kantei esteve aí para provar.

Felizmente graças a sua esperteza e ao tio gente boa, o Katou conseguiu salvar todos, jogando de novo na cara do alto escalão que ele é o cara. O que segue em mistério é o que esconde essa família poderosa e o que o velho Cho já sacou sobre o assunto – porque o final deixou bem claro que ele está atento aos sinais.

Agradeço a quem leu até o fim e nos vemos no próximo artigo!

 

 

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