Explicar os poderzinhos desse anime me faria gostar um pouco mais dele, mas mesmo assim provavelmente ainda acharia GOH um battle shonen genérico, e dos mais esquecíveis. É hora de GOH no Anime21!

As mudanças na abertura poderiam ter sido maiores, de toda forma, as notei e isso não é interessante, mas o que tem de interessante a escrever sobre o anime mesmo? Algumas coisas, ainda que poucas, insuficiente para que se possa considerar o anime bom.

A quebra de expectativa do Jin (ele perder) até me agradou, mas a comédia promovida pela situação foi tão idiota que me tirou um pouco do anime. Menos mal que os confrontos dos amigos dele foram bem razoáveis, apesar de também ter achado estranho um cara de 38 anos ali.

Contudo, foi puro preconceito meu, minha mãe mesmo se formou depois dos 40, então por que ele não pode terminar o colegial? Essa ideia de recuperar o tempo perdido me agrada, só espero que não sirva de desculpa para enfiar mais adultos no torneio, pode ficar parecendo isso.

Infelizmente, não consigo escrever o mesmo sobre o que ele disse para ela, foi bonitinho e tudo mais, mas bastante clichê, tanto que só reforça a impressão de que o roteiro não consegue ir além, se apoiando em construções batidas, apesar de aqui e acolá mostrar boas ideias.

Ainda assim, torci mais para o velho que para o Daewi, o problema é que a gente já sabia que o velho perderia, e para um poder que não o charyeok. Se GOH fosse o tipo de história que contextualiza as coisas melhor e apresenta alguns personagens mais interessantes…

Enfim, charyeok é cópia de Stand? Sim, e o trio de protagonistas não saber o que é charyeok é forçado demais, ainda mais porque eles têm seus próprios poderes, que têm origem em quê? Não fica confuso sem contextualização, explicação, aprofundamento?

A luta das moças também foi legal, mas precisava serem tão parecidas? A Mia usa óculos, luta com espada e está no torneio sob influência de um homem (seu pai), enquanto a outra usa óculos, luta com espada e está no torneio sob influência de um homem (o colega de equipe).

Vê como faltou criatividade? Menos mal que tinha esse cara mais velho que, mesmo assim, se encaixava, porque de resto não foi nada demais não. E o desfecho da luta me decepcionou um pouco, a Mia enfrentou um charyeok e venceu com uma técnica de chute um tanto comum.

Como sempre, a animação deu uma compensada, mas nem ela vai “salvar” sempre, ainda mais quando os poderzinhos parecem começar a ganhar terreno em detrimento das artes marciais. Por exemplo, a luta dos coadjuvantes no final, mal teve contato físico entre os dois.

Além disso, o charyeok em sua maioria aparece de forma similar a um poder de Stand, com a representação de uma criatura atrás da pessoa. Por outro lado, a luta entre os comissários e os lacaios da Nox me deu uma esperança de que é possível conciliar o charyeok com as artes marciais.

Então, na verdade, ficam abertas as duas possibilidades, mas só desses poderes sobrenaturais renderem uma luta sem tanto contato físico já me preocupa um pouco, porque claramente é a ação, a pancadaria, que ainda diverte nesse anime.

A história é bem simples e em nenhum momento engrena, além de se apoiar em muitos clichês e não fazer nenhuma questão de disfarçar suas influências de battle shonens japoneses, se valendo não só das características repetitivas da ação, mas também da comédia sem graça.

Não que não acredite na idiotice do Jin, mas tanto? Por mais que eu tenha boa vontade com GOH tem limites… Enfim, vamos ver o que o próximo episódio nos reservará, provavelmente mais da Nox, clichês e uma ou outra boa ideia que não muda muito o pobre quadro geral.

Até a próxima!

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