O título da vez não podia ser mais direto e essa foi a intenção ao escrever esse artigo sobre o sexto episódio. Para mim não havia surpresas no fato do Simon esconder coisas graves e importantes, mas a revelação sobre a sua origem mutante me surpreendeu muito, com um pequeno bônus de duas novas adições ao hall de personagens. No fim de que lado ele e seus novos “amiguinhos” estão?

Engraçado que ao ver o prévia do episódio, eu achei logo de cara que a tensão predominaria do começo ao fim, já que o personagem estava evocando essa aura mais sombria e dramática que puxava para o seu passado.

A execução da coisa foi misturada, com 8 minutos de um slice of life bonitinho com o casal de protagonistas, onde eu consegui comprar uma versão legal do cientista e até me convenci da razão por trás daquele grude esquisito, seguidos por uma segunda metade mais complicada.

Depois de muito cismar, não implico mais com o jeito estranho do Simon e o gatinho perdido que ele salvou, apoia minha nova posição, pois se lembrarem do que algumas pessoas costumam dizer, bichos reconhecem bondade ou maldade numa pessoa – então se o gatinho ficou de boa, eu também fico e acho que ele vai tomar as ações corretas.

Assim como aconteceu com o Haku no episódio anterior, os flashbacks dele não disseram muito, apenas o grosso para nós teorizarmos os rumos da história, mas aqui acho que correram ainda mais, porque na história dele tem bem mais informações.

A Presidente se desarmou contra ele e sua gentileza a deixa até inocente demais, mas como ela não tem memórias de nada e ainda está lidando com uma das pessoas que mais tem apoiado o seu trabalho, eu dou um crédito ao fato da moça não agir com mais prudência e desconfiar de qualquer sinal diferente.

O que aperta meu gatilho em relação ao rapaz, é o quanto ele pretende desobedecer aqueles que lhe “salvaram a vida” quando precisou – embora a gente saiba que a Black Swan não tinha intenção de ser boazinha com ninguém -, pra salvar a vida dela. Obviamente ela transformou o mundo que ele conhecia, trazendo cores para um menino que vivia apenas como uma ferramenta sem sentimentos e desejos, mas mesmo assim, ele continua fazendo parte do time errado.

Me faço essa pergunta também, porque para mim ficou claro que tem um por menor relativo a sua saúde e que ele não controla – e não sei se outros fazem isso. Por hora eu acredito que esse efeito colateral é resultado do processo doloroso e incerto pelo qual ele passou, já que foi com o seu acidente que a organização mutante conseguiu a primeira cobaia de suas invenções.

Partindo do princípio de que seus poderes não são naturais, o uso contínuo e exagerado deles, provavelmente determina um limite que ele não pode avançar, sendo minha curiosidade a extensão disso e a possibilidade de que isso esteja deteriorando gradualmente a saúde do mesmo – até irreversivelmente quem sabe.

Um elemento interessante também introduzido aqui, foi esse “mundo dos sonhos” para o qual o cientista levou a Presidente. Toda a questão dele revelar o primeiro encontro com a protagonista e tudo mais – incluindo a morte da família, que foi um extra involuntário -, foi bom para entendermos de onde ele veio e tudo o que o liga a garota e a Black Swan, mas não foi o único destaque.

O que captou minha atenção para além disso, é que desde que apareceu, o Simon tem mostrado uma gama de poderes diferentes e eu confesso que já nem sei mais o que ele realmente faz – tem super visão, cria campos de força e controla sonhos. Que tipo de experiência bizarra fizeram com esse pobre coitado que foge de falar a verdade e cada vez exibe mais “evols”?

O chato de toda situação é que ele não conseguiu esclarecer muita coisa para a protagonista, que é quem interessa. Ficou um pouco estranho ela não ter feito mais deduções em cima do que pode ver, apenas achando que seu vizinho é uma vítima – embora ele seja mesmo. No fim eu só quero que ela finalmente entenda que tem poderes, porque está difícil vê-la no escuro mesmo que sua versão mini já tenha jogado a informação claramente.

Se por um lado o cientista foge, há alguém que se aproxima, o Haku. O policial recebeu uma visita inesperada de um velho amigo, esse que não parece ter qualquer alinhamento com o bem ou mal, sendo só um mercenário que gosta da discórdia – o que não sei dizer se é bom ou ruim.

Rapidamente pensei se tratar de alguém realmente problemático, mas por alguma razão acho que não e essa introdução é interessante para se entender que a Black Swan não age sozinha e nem é a única vilã da história, olha a justiça do lado errado? Muito provavelmente o Haku vinha sendo usado como disfarce desde o começo e só agora ele descobriu que está piorando a situação para todo mundo.

Pra onde será que levam todos os Evolvers capturados? O que as pessoas não “evoluídas” ganham, se aliando a essa organização que eu ainda acho ser anti humanos comuns? Não sei quem está usando quem, só que independente da razão para a parceria, eles deviam no mínimo pensar que podem ser traídos a qualquer momento – porque se o plano dos vilões for se livrar dos humanos, eles simplesmente estão alimentando as cobras na idiotice.

Seja como for, o aparente chefão do negócio está satisfeito com o andamento de seus esquemas e tudo parece seguir o curso normal, salve a inconsistência psicológica e física do Simon. Agora falta saber quem é o Zen e o que ele sabe desse mundo obscuro, afinal a nova investida bem sucedida da Presidente tem como alvo o CEO, que também esconde muita coisa.

Agradeço a quem leu esse artigo até o fim e nos vemos no próximo!

 

 

 

 

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