Depois de uma primeira temporada bacana de assistir em 2016, Tsukiuta volta 4 anos depois para continuar contando a história de seus simpáticos idols, dessa vez mais maduros que antes. Como será que cada grupo vai lidar com as mudanças trazidas por essa nova fase?

Essa estreia me deixou com uma pulga atrás da orelha e espero de coração que até o final da temporada, o anime me prove que minha imaginação é fértil demais, principalmente quando se trata de pensar o pior – dado meu positivismo natural para tudo.

Como eu destaquei na resenha do original, uma das magias de Tsukiuta estava em tornar o dia a dia de seus idols, algo interessante, independente da complexidade da situação. Os rapazes exalavam um carisma que faziam qualquer situação minimamente divertida, indo do lado profissional, a interação comum entre eles próprios, já que são vários grupos diferentes e que convivem juntos, partilhando do mesmo esforço e sucesso.

Nesse episódio fica bem nítido que não há uma intenção da direção em arrastar a história, reapresentando todo o elenco novamente, eles partem do princípio de que quem está vendo, já sabe de onde esse povo todo veio e pronto – diferente do que acontece na maioria dos outros animes.

Por um lado isso é bom, porque essa “pressa” indica que aparentemente tem conteúdo a ser trabalhado, portanto o tempo é ouro. Em compensação isso dificulta a vida de quem chegar na doida, para conhecer a obra desse ponto, ainda mais com a passagem de tempo feita.

Uma vez mais velhos e legalmente adultos, os idols tem a missão de encontrarem os seus novos “eus”. Achei interessante essa mudança, porque de fato cria uma dificuldade real para eles, quase que como uma nova jornada, já que quem é do ramo da arte precisa estar sempre se reinventando conforme o tempo avança.

Ao menos nesse começo se percebe que a angústia é maior para os dois mais novos, Kakeru e Koi do Six Gravity. Dentre todos, esses dois são aqueles que ainda não sabem que tipo de idol querem ser, como agir corretamente com as novas responsabilidades, enfim, coisas que qualquer jovem profissional tem que lidar.

Durante o episódio inteiro acompanhamos a luta dos dois para se mostrarem capazes, enquanto seus companheiros de grupo vão dando suporte aos dois por debaixo dos panos, para que assim eles vençam seu primeiro obstáculo e ganhem confiança.

Embora eu goste muito dessa turma, preciso dizer que essa estreia foi bem “meeira”, não pela temática, pois como eu disse o avanço temporal é interessante, mas o porém aqui está no ritmo da obra – o que eu penso estar ligado a outra transição.

Saindo das mãos do Studio Pierrot para uma staff completamente diferente no Children’s Playground Entertainment (Hatena Illusion), Tsukiuta sofre algumas perdas, sendo a mais visível na animação.

O design teve certas alterações, contudo a animação é que está notoriamente mais grosseira e limitada, com todo o episódio se reduzindo a inúmeras cenas estáticas – faciais em sua maioria – e pouquíssimo movimento, salvando apenas a hora do show, onde o CG ironicamente se mostra a parte mais competente do conjunto.

A direção me parece fazer o mínimo, mas apoiada numa parte técnica capenga, o resultado infelizmente sai prejudicado. Confesso que tive um pouco de dificuldade para assistir, já que a monotonia tomou conta de tudo – sendo salvo por gostar da série.

Na primeira temporada embora a essência fosse a mesma, o ritmo era mais dinâmico e as personalidades brilhantes de cada um saltavam aos olhos, sendo utilizadas em cena para gerar a graça da obra. Aqui até o presente momento, vi apenas um bando de rapazes juntos conversando horrores e com pouquíssima empolgação – se isso vem da maturidade adquirida, que voltem a ser “infantis”.

Seja como for, quero que essa impressão ruim se desfaça e que assim como os idols recém adultos, o anime também se encontre e me mostre novamente o porque eu e tantos outros gostamos dele, com seus personagens carismáticos e um enredo que é simples, mas divertido.

Agradeço a quem leu esse artigo e até a próxima!

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