Quando a vontade de querer estar juntas vira fixação é porque o amor só cresce, e se é assim com a Adachi, não teria como ela não chamar a Shimamura para sair no Natal, uma data romântica no Japão. É hora de Adachi to Shimamura no Anime21!

“Ao invés de namorar no Natal, vamos estudar?”, foi quase isso o que aconteceu quando a Adachi amarelou pela primeira vez nesse episódio.

Ainda assim, o que se sucedeu foi ótimo e tenho um bocadinho a comentar sobre, mas antes, preciso elogiar a nova cena curta das amigas da Shimamura.

O quase beijo das duas pareceu assim mais pela direção em sua tentativa de ludibriar a nós, telespectadores, que aconteceria mesmo algo ali além de um singelo beijinho na testa.

Será que no fundo as duas se gostam e o beijinho na testa; tanto o dar, quando o receber; é uma forma prematura de externar esse sentimento? Olha, eu não duvidaria…

De toda forma, isso não é o mais importante aqui e sim a ceninha na sala de estudos, a qual teve vários pontos que quero abordar.

Primeiro, a Adachi deu uma escorregada e quase se denunciou com o lance de pegar na mão, já que ela disse que não fazia isso com qualquer pessoa. Contudo, ainda era pouco para fazer a Shimamura ter certeza de alguma coisa, né, no máximo rendeu outro momento envergonhado.

Segundo, outro desses momentos foi o quase beijo e esse já foi ao menos desejado, não houve indução da direção, afinal, a Adachi queria beijar a Shimamura, mas não o fez porque sabia da ruptura que tal ato provavelmente provocaria na relação das duas.

Terceiro, uma dormir no colo da outra já é costume e rolou mais uma vez, agoda trazendo a ambas um conforto tremendo, ainda que fossem sensações e posições diferentes as delas.

Quarto, elas conversaram e a Adachi mais uma vez perdeu a oportunidade de fazer a pergunta, porém, ganhou mais um momento com a amiga, o qual ela guarda em seu coração como algo precioso, que foi a cena mais fofinha do episódio. Todo o trecho foi bem divertido e mesmo não avançando no que era o objetivo da Adachi, agregou ao convívio das duas.

A cada episódio uma conhece melhor a outra, em locais e situações diferentes as interações delas são o que estimulam a Adachi a tentar ir além.

Enfim, a Shimamura percebeu que a Adachi estava estranha e nada pode me convencer de que a cada episódio a Shimamura se deixa envolver mais pela menina.

E é assim como a amiga por ela, sem querer, mas se a cada dia a Shimamura passar a ligar mais e mais para a Adachi, por que um dia ela não pode se pegar amando a amiga? Ela mesma já demonstrou alguma consciênca sobre essa possibilidade. Inclusive, vimos isso nesse episódio.

Como também vimos mais uma cabeçada e mais uma amarelada, novamente da Adachi, porque ela sofre com uma dificuldade enorme de dizer o que quer e o que sente.

Contudo, ainda assim ela age na direção de seus desejos, não à toa foge da cobertura num dia, mas vai a casa da amiga no outro. Aliás, eu estou gostando desse medo com uma pitadinha de ousadia que a Adachi vem demonstrando.

E aí vem a perigosa, mas ao mesmo tempo encantadora, cena em que a Adachi chama a Shimamura para sair no Natal. E por que esse tipo de convite é tão óbvio?

Porque, repito, no Japão o natal tem uma conotação completamente diferente do que tem aqui. Sendo assim, mesmo para duas amigas próximas chamar para sair no Natal pode significar outra coisa. Aliás, a Adachi quis dar a entender que não era nada disso, mas a gente sabe que era sim.

Até por isso a Adachi teve tanta dificuldade em fazer a pergunta para a Shimamura, porque dependendo de como ela fosse interpretar o convite isso poderia causar uma cissão no relacionamento das duas.

E aí nem acho que se trate da Shimamura ser aversa a possibilidade de se relacionar romanticamente com uma garota, mas com o que de diferente e pesado esse tipo de sentimento implica.

As expectativas de uma pessoa para com a outra mudam, assim como a intimidade e, principalmente, a responsabilidade. Fazer essa transição entre amizade e namoro costuma ser algo delicado para qualquer um, ainda mais quando as envolvidas são tão “peculiares”.

E é até por isso que a Shimamura achou melhor não insistir em saber o motivo do convite, porque isso muito provavelmente acuaria a Adachi ou quem sabe até a fizesse dizer as palavrinhas mágicas que ela não quer ouvir, ou ao menos não está preparada para isso, tanto é que ela faz um esforço fenomenal para se convencer de que não era nada daquilo que ela estava pensando.

Outra coisa, a Shumamura ainda não me parece pronta para isso, até por ainda não encarar essa possibilidade com a mesma consciência que a Adachi.

Sendo assim, eu entendo ela se induzir a pensar em outra coisa, até porque ela está feliz em ser amiga da Adachi e não é incomum que em uma relação amorosa (como eu imagino que se torne a das duas) as pessoas despertem para os sentimentos em um tempo diferente, sintam ou se deem conta do que sentem em velocidades distintas.

Enfim, o que mais posso comentar sobre esse episódio? Que o achei ótimo? Sim, só senti falta da Yashiro no primeiro plano, mas acho que se a intenção era deixar a Adachi mais a vontade para dar um grande passo (um grande passo para ela) foi melhor focar nas duas e no tempo passado só entre elas.

Tem o breve trecho em que a Shimamura fala sobre uma relação de certa dependência que tinha na infância e a relaciona com a que tem com a Adachi, mas não vai além.

Talvez venha daí o temor dela de acabar machucando a amiga? Não duvido, ainda que uma experiência tão jovem talvez não seja a melhor forma de estabelecer um trauma.

Pode ser só uma característica da personalidade da Shimamura, a qual ela teme por imaginar que vá magoar a Adachi. Duvido muito que ela seja aversa a ideia de namorar uma garota, isso seria surpreendente para mim.

Por fim, mal posso esperar pelo encontro natalino das duas, suspeito que não vamos precisar de Papai Noel para ver alguém ganhando presente, nem que esse alguém sejamos nós.

Até a próxima!

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