Confesso que eu sentia falta desse lado político e organizacional de Log Horizon e bom, esse episódio foi bem explicativo nesse quesito, ao situar o cenário de toda a Yamato. Eins agora é duque, tem poderes digamos que “ilimitados” e o apoio da realeza vizinha, portanto tirou a sorte grande. Entre boas e más intenções, qual é de fato o objetivo do jogador com esse poder, e o dos nobres ao lhe conceder o mesmo nessa altura do campeonato?

Assistindo o que acontecia, entendi que ter um duque é praticamente algo necessário a qualquer zona habitável daquele mundo, porque a sua presença não só garante a ordem, como de alguma forma acaba promovendo qualidade de vida – ao menos levando em conta que essa figura cria mais oportunidades de trabalho para o Povo da Terra (vulgo NPCs).

O que me intriga é, se a família real de Westelande é uma rival direta de Eastal por conta do passado de guerras e perdas, que sentido faria eles tentarem uma aliança nesse momento, entregando poderes a um indivíduo que nem tão relevante é? – embora pareça ter alguma relação direta com esses nobres.

Como o próprio Eins disse, mesmo dentro da távola redonda ele pouco era ouvido, então se apagarmos o fator conexão direta, ele era a escolha menos indicada para se ter como voz de comando, por isso vou jogar aqui algumas das possibilidades nas quais estou apostando.

Ao meu ver o Eins está funcionando apenas como um “laranja” nessa junção, pois noto em seu discurso uma certa ingenuidade quanto ao seu papel dentro da política atual. Enquanto situa os ex-companheiros da távola sobre a importância de sua ascensão, ele pontua inúmeras vantagens ao Povo da Terra, mas é aqui que vejo o porém da coisa toda.

Meu primeiro ponto é que com muitas vantagens em mãos, os aventureiros de Eastal simplesmente se tornam prósperos e não vejo como isso favorece Westelande, principalmente porque esse progresso lhes concede ainda mais autonomia, então isso não seria um tiro no pé?

Se o caminho anterior representa problemas, meu segundo ponto é que o duque foi escolhido propositalmente, para levar Eastal a uma eventual ruína. Por ter ideias malucas, pouco carisma e com uma má administração dos recursos, inevitavelmente ele poderia fazer com que o sistema em Akiba entrasse em colapso, favorecendo assim os rivais, de modo que tomar posse completa de Eastal seria bem mais fácil.

Antes de chegar na minha terceira suposição, eu queria pontuar que tenho algumas dúvidas quanto ao Eins e sua ação antagônica. Embora seja ambicioso e um tantinho megalomaníaco, ele me parece legitimamente preocupado em tentar fazer o melhor pelos jogadores que estão presos naquele mundo, não a toa até os dias atuais ele segue fazendo pesquisas sobre os portais.

Pensando por esse prisma, acredito que ele aceitou tal papel justamente para seguir tirando do papel as suas ideias e projetos pró aventureiros, sem se dar conta de que foi escolhido a dedo apenas por ser uma ferramenta fácil de se usar. Percebo muito claramente que na sua cegueira, ele é um alvo fácil de manipular e engodar com qualquer palavrinha que possa alimentar sua ambição e planos.

Então gente a questão é, o Eins é um vilão real que apenas caiu na hora certa, para as mãos erradas? Ou esse homem é apenas um coitado que não passa de uma marionete na mão da Família Saiguu? Façam suas apostas, porque agora ele oficializou a racha da távola.

Falando nos Saiguu, o prometido da Rayneshia já deu as caras e confesso que estou curioso para saber que tipo de pessoa ele é, porque se estiver servindo aos seus próprios propósitos e esses não forem bons, vai ser bomba.

E como se de maldade Yamato já não estivesse cheia, o anime ainda traz uma outra antagonista na Indicus, que pelo pouco que vi, é só uma mulher ressentida por nada e que precisa de tratamento para ontem.

É sério mesmo que todo a discórdia que ela causa, se resume a um ódio do mundo porque ela é uma simples mulher comum que ninguém liga, cujo time precisou se desfazer porque tinham que cuidar das próprias vidas? Posso estar errado, mas pelo que fica subentendido até aqui, ela não tem nada que justifique sua raiva para além disso.

Apesar de eu achar infantil essa vingancinha primária dela, querendo pisar em todos os jogadores só para humilhar geral e pronto, eu até relevo essa motivação rasa, caso ela se torne uma vilã que use de inteligência para avançar, ou se me provarem que ela tem algum ponto nessa loucura.

Minha única preocupação é onde a Nureha entra nesse esquema, porque é uma personagem que eu gosto e essa sim tem uma história difícil, mas está se esforçando para mudar as coisas. Ela definitivamente não merece ficar a mercê de alguém desequilibrada como a Indicus, principalmente agora que está se tornando uma líder mais centrada.

Enfim, as tramas começam a correr e num grau de “tensidão” em que não sei quem parece mais perigoso. Seja como for, gosto da proatividade do Shiroe para resolver o que aparece, porque mesmo que sejam bons jogadores, nenhum dos outros líderes – exceto o Krusty – faz frente a inteligência dele para solucionar algo.

O episódio seguinte parece que será o ponto de virada para a Rayneshia também, o que me faz questionar o conteúdo da mensagem que a moça receberá, será que agora a Princesa Invernal vai se erguer contra seu triste destino? Espero que sim, então aguardemos.

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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