Apesar das ressalvas que farei ao longo do texto posso dizer que gostei desse episódio e acho que o anime segue bem. Vamos ao que interessa?

A queda de qualidade na animação foi perceptível nesse episódio, mas o bacana foi que não decaiu tanto em cenas específicas, é como se a perda tivesse sido repartida ao longo da meia-hora de duração.

E convenhamos, era um episódio em que a animação poderia ter sido menos exigida, até porque o que não falta em Re: Zero, ainda mais com episódios mais longos, é diálogo para facilitar o serviço. Não foi diferente dessa vez.

Começando os trabalhos, a ida a mansão para impedir o ataque já era esperada e foi apressada dada a necessidade. A abertura meio que entregou a luta do final desse episódio, né? E não vou mentir que gostei do que eu vi, até pelo lance do Garfiel poder sair de boa do Santuário.

Para a gente ver como ideias são mais fortes que tudo, o Garfiel poderia ter saído antes daquele lugar, não saiu pela mágoa que o prendia ali, mas com essa questão resolvida era de se esperar que agisse, ainda mais tendo a oportunidade de salvar sua irmã.

Depois da abertura (que eu adorei, vejo todo dia no youtube) a Ram recebe a Emilia, conversa com ela e faz um pedido em uma cena na qual talvez tenha sido a primeira vez que ela expôs sua fragilidade, que ela tenha abaixado a máscara.

A Ram não é uma empregada sem personalidade que apenas obedece ao seu mestre e acredito que isso se deva também a algo que é revelado mais a frente quando ela decide confrontá-lo, o que, ainda assim, não muda o fato de que ela gosta dele, se preocupa e quer seu melhor.

Mas antes de voltar aos dois, posso escrever que gostei da longa conversa entre a Emilia e o Roswaal, ela não foi inócua de forma alguma. Contudo, sinto que foi longa demais e, seguindo quase um “fetiche” da ficção japonesa, encheu muita linguiça em alguns momentos.

Aquela conversa poderia facilmente ter tido metade do tempo, tanto que a coisa que mais destaco dela foi a diferença entre o Subaru e o Roswaal defendida pela Emilia e o próprio questionamento do Conde sobre a garota, a força dela para fazer seus sonhos se tornarem realidade.

O interessante é que ele agiu como se soubesse que a Ram estava atuando para a Emilia, mas depois não se surpreendeu exatamente com a rebelião dela e, apesar de eu ter ficado confuso no momento, era o mais provável que aquele realmente fosse o desejo dela.

A Ram quer que o Roswaal se liberte do “encanto” que tem pela bruxa e da “ilusão de fracasso” que isso alimenta nele, mas para tanto a Emilia vai precisar mostrar que não é a fraca que todos eles pensavam que ela fosse, sendo que até o Subaru expôs esse lado da amada.

Ver ela fazendo tudo isso para mudá-lo depois de descobrirmos que foi ele quem destruiu a vila dela, e firmou aquele contrato de demônio para lá de interessante, foi muito interessante porque passa a ideia de um gostar genuíno da garota, apesar do mal que ele infligiu a ela antes.

Mal em teoria, as circunstâncias não foram esmiuçadas, né, e confesso que não lembro bem como era a vida dela e da Rem onde nasceram. De toda forma, o importante é que a Ram quer o bem do Roswaal e considera que isso é o oposto do que ele deseja.

A Ram não é mesmo uma empregada que apenas obedece seu mestre cegamente e não teria como ser de outra forma visto as circunstâncias que os uniram e o contrato que firmaram, o qual, até onde eu entendi, coloca a vida dele nas mãos dela como “pagamento” pelo acordo.

Mas ela, diferente até do que ele deveria pensar, não deseja matá-lo e sim libertá-lo desse carma que o persegue, dessa paixão tóxica que ele alimenta unilateralmente. A Echidna não está ligando para ele e nem teria como ser de outra forma, né, só o Roswaal que não “sabe” ainda.

E não poderia não falar do Pack, o espírito voltou de vez a história, já tinham dado pistas de que isso aconteceria, o que me faz pensar em como ele trollou a Emilia que sofreu por sua morte. Ele não morreu e espero que não só ajude a bater no Roswaal como volte para o lado da heroína.

Enfim, voltando a enrolação, em Re: Zero praticamente tudo ocorre por um processo, algo necessário para que o Roswaal seja convencido, e esse está em curso. Como imagino que a Emilia não assumirá o trono no fim da temporada acho que ele não dará o braço a torcer também.

Pelo menos não completamente, no máximo o Roswaal não se colocará mais no caminho do Subaru como está fazendo e dará abertura para que seja convencido pela convicção e atitudes do rapaz, o qual tranquilizou a Petra em uma cena digna de um herói que gosta de aparecer, mas…

Mas não é para dar porrada na hora que o bicho pega, afinal, o Subaru deixou o combate para quem poderia fazer alguma coisa e eu não poderia ter ficado mais satisfeito com isso. A reunião dos irmãos foi bem divertida e deu uma tranquilizada bacana na tensão trazida pela Elsa.

Por fim, o Subaru foi ao resgate da princesa presa na biblioteca e agora todas as peças estão se encaixando para dar um final bonito a esse arco e fazer com que o Subaru, a Emilia e os outros voltem a atenção a outras coisas também importantes, como a disputa ao trono, por exemplo.

O detalhe é, como as bruxas se encaixarão nesse contexto? Qual será o papel delas? Elas vão sumir um pouco depois desse arco? E o Roswaal, ele vai realmente mudar quando for “derrotado” pelo Subaru? Ele vai passar a apoiar verdadeiramente a sua candidata? Veremos!

Até a próxima!

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