Finalmente depois de tantos episódios o Yamato faz o seu retorno triunfal. Ou nem tão triunfal assim, já que ele e o Gabumon estavam numa grande de uma enrascada…

Uma das coisas que logo de cara captou a minha curiosidade foi o possível clima que esse episódio teria. Na verdade foi apenas uma dúvida que rapidamente foi respondida. A própria escolha do seu inimigo permitia ao episódio optar por um clima sombrio, ou ao menos muito mais sombrio que o costumeiro. Porém esse não foi o caso, não chegou nem perto de ser o caso. Confesso que fiquei curioso, mas foi uma excelente decisão não ir por esse caminho.

Ainda assim esse episódio não foi nenhuma maravilha e no fim mais serviu para reinserir os últimos personagens que faltavam ao grupo principal do que qualquer outra coisa. E com ele ficou claro como foi uma péssima decisão separa-los para início de conversa. Porém diferente do último episódio acredito que esse ao menos tenha mais ligação com a história principal. A simples presença do cristal negro do Millenniumon já nos conecta à trama principal.

Mas vamos logo ao episódio, não tem porquê perder tempo falando sobre nada quando o próprio episódio tão pouco nos mostrou. Logo em seu início por mera questão do acaso o Joe e o Yamato se reencontram. Sim, esse pode ter sido a primeira mas não foi a última conveniência de roteiro envolvendo o Joe.

Logo de cara uma coisa me incomodou, que foi o fato do Yamato estar bastante tranquilo. O seu rosto não transparecia desespero, angústia, medo ou tristeza, era uma face bastante tranquila e até pouco expressiva. Tudo bem, acompanhando os seus pensamentos e as suas memórias ao longo do episódio ficou claro suas reais emoções. Mas mesmo nesse caso acho que o anime falhou em transmitir as emoções do personagem com eficácia.

E todos esses sentimentos mal transmitidos eram focados na amizade entre o Yamato e o Gabumon. Entretanto, nesse sentido duas coisas me agradaram bastante. A primeira delas é o foco na relação entre o escolhido e os seus digimon, coisa que realmente o anime precisa fazer mais. Focar na relação com os seus digimons, entre os membros do grupo e até consigo mesmos são todos pontos igualmente importantes.

Já a segunda coisa que me agradou, e que achei bem curioso, foi o fato desse episódio não ter uma nova evolução. Não pela ausência de uma transformação mas no fato de que mesmo sem uma nova forma ainda assim o anime focou na relação entre os personagens e no fortalecimento de suas virtudes. Nesse caso, a amizade. Aqui ela talvez tenha sido mais aprofundada do que nos próprios episódios em que houveram evoluções. Ainda que novamente, não acho que o anime tenha consigo transmitir as emoções que tentou transmitir.

E novamente sobre o roteiro, nem mesmo com a justificativa do “personagem cômico” eu consigo justificar a preguiça do roteirista ao fazer o Joe – absolutamente sem motivo algum – começar a recitar um monte de palavras aleatórias sobre ciências e elas serem capazes de controlar os digimons inimigos. Não apenas isso, como essas palavras foram capazes de transmitir comandos que foram logo acatados pelos novos membros do exército pessoal do Joe. Que assim como os personagens vistos no episódio da Mimi devem logo ser completamente esquecidos.

Enfim, foi um episódio que mais serviu para o reencontro dos personagens do que para qualquer outra coisa. Se nos lembrarmos da transformação do Taichi podemos perceber que a evolução para o nível mega demorou alguns episódios. Então o anime tentou fazer aqui a mesma coisa, evitando assim uma evolução repentina. O que não seria nenhum problema para dizer bem a verdade.

Bem, a conclusão é que foi um episódio bem abaixo do esperado. Mas não o suficiente para nos preocuparmos, ainda não pelo menos. Daqui a alguns episódios o anime já deve nos surpreender como tantas outras vezes foi capaz. É isso, até mais.

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