A Beatrice é uma pessoa que passou a vida em branco? Não exatamente, ao menos ela demonstra ânsia por sair do marasmo em que se encontra, mas é verdade que ela depositou o próprio destino nas mãos de outras pessoas.

E é em um misto de conformismo com pistas que dá de que deseja ser salva que ela recusa a ajuda do Subaru, mas a gente sabe que isso não vai durar. No final, a Beatrice vai se “render”.

Ele pode não ser a “pessoa especial” para ela, mas é o herói, né. Além disso, tenho outras coisas interessantes a comentar sobre esse episódio, diria até que a situação da Beatrice foi a menor delas. Enfim, vamos nessa!

Viver 400 anos sem passar por uma fase rebelde? Pode isso Arnaldo? Zoeiras a parte, fico me perguntando o que a Echidna desejava ao dar um livro em branco para a Beatrice.

Será que ela não fez isso com a intenção de que a Beatrice se rebelasse e escrevesse sua própria história com o livro em questão sendo apenas um símbolo? Ou melhor, não era essa a intenção dela, mas é o que a loli vai acabar fazendo?

Não sei, mas eu acho que a situação vai se encaminhar para algo assim, afinal, o Subaru não é a “pessoa especial” dela, então podemos esperar alguma proatividade do espírito.

A Beatrice também tem que querer também, né, não depende só do Subaru. Não sei como a situação vai se desenrolar, mas é certeza que antes o Subaru vai precisar lidar com o majuu.

Aliás, nem lembrava da Meili, a bruxinha que comanda os majuus, mas ela reapareceu e nem é sobre ela que queria falar aqui e sim sobre a Frederica, que em frente do perigo mudou de atitude depois de ter percebido o que era importante.

Ela reviu seu irmão, tem uma aprendiz e muitos outros nós a desatar, então é coerente que lute com a perspectiva de sobreviver, mas, claro, isso só aconteceu também porque o Subaru e os outros apareceram. Apenas ela não conseguiria contornar a situação.

No meio disso temos a Rem, que foi ceifada dessa segunda temporada como se a Emilia não pudesse se tornar uma personagem mais relevante com outra heroína importante por perto. Não é bem assim, mas ao mesmo tempo é um pouco disso.

Porque, por exemplo, o Reinhard e outros personagens somem em certos arcos de acordo com a situação e a conveniência para o roteiro. Mas, por outro lado, é inegável que a situação tomaria contornos bem diferentes com a maid de cabelo azul acordada.

Para mim o ideal seria juntar essas duas heroínas, já em um estágio mais avançado da construção de personagem delas, o quanto antes fosse possível. Não me parece que a Rem voltará logo, então com sorte veremos isso durante uma terceira temporada.

Acho que isso engrandeceria a história, mas também é inegável que a falta de alguns personagens pode tornar a resolução de algumas situações mais interessante, até mesmo explorando outros personagens, como o Otto e o Garfiel, que talvez não tivessem o mesmo espaço com mais gente no arco.

Enfim, deixando de lado o problema com o Quiltylowe, o Subaru deve dar um jeito ou contar com a sorte, o relevante a comentar é a Emilia e o segundo teste. Dessa vez encarado de forma mais rápida muito pela força que a garota adquiriu nos últimos tempos.

O presente perdido não ludibriou a Emilia a ficar ali e abraçar aquela mentira, mas certamente a tocou, afinal, se tratava do que ela imaginava ser o ideal para seu futuro quando criança. Na verdade, do que qualquer um que vê o anime poderia esperar como um desenrolar perfeitinho.

Mas se aquele piquenique feliz tivesse acontecido nem teríamos anime, né, então após tudo que passou não surpreende que a Emilia tenha total consciência de como deveria encarar aquela situação, de que seu ideal ficará apenas como uma doce lembrança de um desejo infantil.

E pode parecer estranho que a Fortuna e o Geuse tenham demorado tanto tempo para começar a se entender, mas não sei exatamente quantos anos se passaram até aquele presente hipotético, além dela ser uma elfa, né? O tempo passa diferente para um elfo de toda forma.

Em todo caso, isso não é o relevante a comentar, é mais legal falar do ódio que a Echidna reforçou sentir pela Emilia e a simbologia com o salto no espelho d’água no qual a própria Emilia enxerga uma aparência que pensava que seria outra, a diferença entre o real e o ideal simbolizada no detalhe.

Saindo do templo, aparece uma galera para receber a Emilia e isso deixa claro como há pessoas as quais ela não pode decepcionar e que as opiniões das pessoas sempre podem mudar, mas isso dependia da Emilia também, dela demonstrar vontade e, claro, força para ir superando os desafios.

Esse apoio popular mostrou a Emilia que ela estava no caminho certo e que suas ações não eram uma via de mão única, mas se tornaram uma vida de mão dupla em que ela age em prol do bem alheio, mas também recebe forças para isso e, claro, o apreço de que precisa.

Diferente do que o Roswaal quer, ela deseja assumir o trono e para isso a opinião de cada uma das pessoas que compõe Lugunica importa. Pode até ser que essas pessoas não votem, mas importa para a Emilia, né, para passá-la a confiança de que necessita para seguir em frente.

Por fim, não sei o que está por vir no terceiro teste, mas não deve ser algo fácil. Ainda assim, eu acredito que ela vai superar mais esse desafio, afinal, logo mais essa temporada acaba e tanto a Emilia quanto o Subaru já demonstraram maturidade suficiente para resolver seus problemas.

Até a próxima!

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