Slime Taoshite é um dos últimos lançamentos dessa nova temporada. Com um elenco respeitável de dubladoras e tendo sido feito por um estúdio pouco conhecido, a obra vem com uma proposta mais tranquila e divertida e provavelmente deve ser uma ótima opção para quem quer ver ocasionalmente sem ter que pensar muito. Enfim, vamos “falar” um pouco mais sobre essa estreia.

A obra é mais um isekai dessa temporada e segue a história de uma japonesa que morre de tanto trabalhar e reencarna num mundo de fantasia. Nesse novo mundo ela é imortal e após 300 anos matando slimes, se torna absurdamente forte. Apesar disso, ela só quer viver uma vida tranquila e sem grandes complicações, isso porque na vida anterior ela acabou morrendo pelo excesso de trabalho que tinha na empresa onde trabalhava.

Sendo bem sincero, eu devo confessar que foi difícil de terminar o episódio. Não sei se foi por conta do horário em que tentei assistir (antes de dormir) ou se o episódio em si não é tão movimentado. De qualquer forma, depois de 2 dias tentando e umas 5 tentativas de retomar o episódio pela metade, eu consegui terminar de ver o episódio e sim, foi divertido! Talvez menos do que imaginei e esperava, mas provavelmente esperei demais.

Eu realmente não tenho problemas com animes parados e Slime Taoshite nem é tão calmo assim. Logo no primeiro episódio tivemos algumas cenas onde a protagonista teve de enfrentar um dragão fêmea, por exemplo. Mas é óbvio que mesmo com cenas desse tipo não vai mudar muito, pois o fator da comédia fazer parte se fará presente constantemente e convenhamos: a obra tem espaço de sobra para desenvolver isso.

Algo que gostei bastante foi a ambientação da obra. Os cenários são bem bacanas e a obra conseguiu usá-los em cenas realmente belas. Além disso, apesar de não esbanjar de cortes mega animados, a obra se mostrou competente quando precisou, entregando algo no mínimo interessante.

Não posso dizer que vi muita graça no episódio, mas algumas situações podem sim tirar ao menos um sorriso amarelo de quem for assistir. Além disso, as personalidades dos personagens e até mesmo da protagonista casam bem com a proposta, o que facilita bem. Em especial eu gostei da atendente da guilda (após os 300 anos) pois a mesma pareceu ser uma personagem divertida e da dragoa, que desde o início veio com umas ideias malucas.

Como ponto negativo eu poderia citar dois fatores que envolvem diretamente a protagonista. A primeira delas é sobre a perspectiva de futuro. Considerando a proposta da obra e os personagens fica difícil saber o que vai acontecer daqui para frente. Digo, o episódio final vai ser ela derrotando algum dentre as específicas. Mas ok, isso não é muito interessante.

Porém, o negócio da deusa foi tosco, assim como o pedido da protagonista. Sério, ela não tem um motivo que acabe valendo a pena mesmo estando em outro mundo? Pior que além de ser imortal ela meio que vive sozinha durante esses 300 anos (fazendo sempre a mesma coisa todos os dias). Fora isso, achei estranho a conversa dela com a deusa que a protagonista sequer sabe o nome e que parece ter uma tara nela.

No final das contas aqui temos um anime divertido que traz uma proposta de comédia com uma pitada de slice of life. Vai concorrer com animes como o Slime Diaries e provavelmente vai se sair bem. Se por um lado eu esperava um pouco mais, por outro eu vejo que o anime apresenta bem a proposta que a obra traz e com isso, acho que já dá para ter uma ideia sobre o que esperar da obra daqui para frente.

De qualquer forma é uma recomendação sim, principalmente para quem curte animes de comédia e slice of life. Resta saber como o autor vai lidar sobre o que vem pela frente nesses próximos 11 episódios e se a obra vai conseguir se manter interessante para o público dela.