Uma vez inserida dentro de uma realidade completamente diferente e fantasiosa, a Sei começa a se habituar melhor e descobrir novas coisas sobre o mundo onde está, inclusive as possibilidades profissionais e amorosas que pode desenvolver. O que aguarda nossa simpática heroína com tantas novidades?

Os episódios no geral são bem interessantes ao construir a adaptação da protagonista de uma forma tranquila e até mais calorosa do que se esperava, considerando as circunstâncias pelas quais veio e a estrutura do mundo onde foi parar.

Algo que eu e o Flávio comentamos bastante é como a Sei é bem aceita nessa sociedade e nos locais onde trabalha, pois curiosamente ao não vermos muitas mulheres ativas por ali, logo pensamos que talvez ela pudesse encontrar alguma resistência ao se envolver no que acontecia ao seu redor e foi exatamente o contrário.

A Sei é uma mulher respeitada pelos seus talentos, a dedicação ao que faz e especialmente, pelo seu carisma natural, o que não só agrada lá, como só melhora nossa experiência ao acompanharmos as aventuras dela. Vale lembrar que salve alguns “gatos pingados” pertencentes ao palácio real, ninguém tem conhecimento do status de santa da moça, então não haveria o porque de ela ser bajulada ou engolida por isso.

Outro aspecto é que em um lugar tão arcaico e de costumes estranhamente “quadrados” – aquele de mostrar os pés por exemplo, é bem doido -, era de se esperar que no mínimo ainda houvesse algum tipo de incômodo por ela ser uma garota que desbanca seus colegas homens, o que mais uma vez cai por terra, já que todos ficam admirados e diria até que inspirados pelas capacidades da moça, que ainda os ensina, tornando sua presença ainda mais bem vinda.

A chegada dela também tem um papel importante por ela introduzir novas formas de fazer as coisas, uma vez que com o seu conhecimento moderno, tudo o que eles tem a mão ganha uma versatilidade maior. Plantas medicinais que apenas serviam para poções passam a ser usadas na alimentação, temperos que eram algo aparentemente desconhecido a eles, começam a ser usados, é perceptível que independente dos seus incríveis poderes, a atuação dela é bem mais vasta.

Como se seus conhecimentos sobre herbalística não fossem o suficiente, a Sei agora avança para o encantamento de jóias e com isso ela ganha ainda mais espaço, o que para seu crescimento é ótimo, mas para sua vida pacífica começa a complicar pela evidência que ganha. Se algo fica de positivo é que certamente ela ganhará outro aliado no mago avaliador e com isso mais alguém para lhe manter “escondida”.

Do outro lado da história, gostamos da forma como as pessoas vão se colocando na vida da Sei, cada uma tendo a sua importância. O Johann por exemplo é alguém que incentiva o crescimento da personagem, a protege de possíveis problemas com sua identidade e impulsiona a união entre seus dois amigos.

A chegada da divertida e gentil Liz, nos traz aquela que é a amiga necessária para dividir suas experiências, ao passo que ela instiga a outra a aprender mais daquilo que nunca se importou antes, que era ela mesma.

A Sei soa insegura de sua aparência e como a própria diz e mostra, ela nunca teve tanta atenção das pessoas – o príncipe que a invocou não nos deixa mentir -, nem se importou com muita coisa que não fosse o trabalho, então agora estava começando a viver mais para si, se dando de fato uma nova chance de conhecer e explorar sua beleza e virtudes.

Por último mas não menos importante, o Albert entra como o interesse dela e é curioso como o romance dos dois é conduzido. Como dois adultos que são, eles são mais tranquilos quanto a suas reações – ainda que mantenham alguns clichês -, porém a inocência genuína em ambos torna tudo mais bonitinho.

Como a moça era uma máquina trabalhadeira e não se concentrou no amor, ela tem pouca noção de como lidar com o interesse de alguém – incluindo o seu -, e ele parece navegar nas mesmas águas. No entanto, mesmo com a timidez e a falta de experiência no assunto, nenhum dos dois se isenta de deixar as coisas fluírem, ou desperdiçam chances de se aproximar aos poucos, deixando a conexão ganhar forma naturalmente.

O que é bem legal e visível nesse anime, é que mesmo ele tendo um foco no romance, esse elemento não é tudo na obra, a história se importa e se esforça em tornar a Sei incrível, mostrando suas qualidades, desejos, sua expressividade – que por sinal reforçamos ser um ótimo plus nela – e o que pode conquistar com sua inteligência e força de vontade.

Tendo em vista as novas oportunidades de aprender sobre a magia e o romance em curso, nossa pergunta é sobre quais serão os próximos passos da nossa protagonista. Ela vai virar uma faz tudo que domina as várias artes mágicas? Bom, é um caminho possível. Quanto ao sentimental, será que desenrola rápido? Talvez sim, mas vamos ver como isso tudo vai render.

Agradecemos a quem leu e nos vemos no próximo artigo!

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