Quem diria que os irmãos Stuart tiveram tantos problemas na infância? Fosse por questões de saúde, por guerras políticas, os coitados sempre tiveram que enfrentar mais do que sua infância nobre sugeria, sem que as pessoas ao seu redor percebessem como eles se machucavam e por consequência os ajudassem.

Aliás, isso vale para quase todas elas, a exceção de um único ser chamado Jeffrey e uma outra que brotou em suas vidas, Catarina Claes.

Flávio: Não é exagero dizer que o Jeffrey é o pilar da família Stuart. Contudo, não foi só ele que contribuiu para que o Alan e o Geordo tivessem uma infância feliz.

JG: Eu confesso que o rapaz foi uma surpresa, porque assim como os irmãos disseram, ele é tão despreocupado e brincalhão, que fica difícil pensar nele como alguém que leva a família e o reino a sério, fazendo por eles todo o possível.

Porém assim como ele recebe créditos pela sua dedicação incondicional, não dá para negar que seus esforços só foram recompensados, graças ao apoio involuntário da Catarina, que sem perceber tornou a vida dos irmãos algo que eles passaram a aproveitar.

Posso dizer de boca cheia que se não fosse a intervenção dela, os irmãos continuariam se autodestruindo gradualmente, mesmo com o mais velho se empenhando em mantê-los de pé – o que eles detestavam e descontavam nele.

Flávio: O maior mérito foi da Catarina, mesmo sem querer. Mesmo assim os esforços do Jeffrey não são invalidados. Ele fez o que estava ao alcance dele.

JG: Engraçado que na primeira temporada tivemos uma noção de que as crianças tinham lá seus problemas, mas realmente não achei que eles fossem tão pesados a ponto de rachar a família inteira.

Eu fiquei sem saber de quem eu sentia mais pena, se era do Geordo isolado, do Alan frágil e vitima das más línguas, o Ian que era forçado a manter distância dos irmãos por competição de facções, ou o próprio Jeffrey que tinha que carregar tudo sozinho – inclusive o desprezo dos irmãos -, sempre com um sorriso no rosto para não piorar o dilema deles.

Eles são um dos exemplos de que nem sempre nascer na realeza é só luxo e conforto.

Flávio: A espontaneidade cativante e a felicidade da Catarina são coisas que tanto o Geordo e o Alan queriam ter. O Geordo não queria um tratamento de um príncipe, mas sim afeto e amor que toda criança precisa receber dos pais. Enquanto o Alan queria poder brincar como qualquer criança saudável.

JG: Um tinha o que o outro queria, não a toa os dois entraram em discórdia. A Catarina foi importante justamente por vê-los como iguais sem distinção, dando o mesmo calor humano aos dois e não se preocupando com detalhes.

Esse gesto simples os uniu novamente, porque fez eles perceberem que cada um tem suas peculiaridades e tudo bem, eles podem ser amados e felizes do mesmo jeito.

Flávio: Mudando de assunto, com a resolução do sequestro, por enquanto, a Catarina não corre risco de vida, mas ainda há, de acordo com a maioria dos pretendentes da Catarina, um outro tipo de perigo chamado Geordo.

JG: Ainda bem que você disse por enquanto, porque esse é o status real, uma vez que o mandante ainda está solto – junto com seu grupo de magia das trevas – e não foi devidamente punido.

Por sinal, achei legal a participação do Jeffrey e da Susanna no desmantelamento da conspiração, gosto de como os dois trabalham juntos pra resolver os problemas do reino nas sombras, um casal compativelmente interessante.

Flávio: A personalidade boba e despreocupada do Jeffrey é um excelente disfarce para ele poder agir nos bastidores, sejam em assuntos ligados a magia ou na sucessão real.

JG: Verdade, deixar em evidência seu lado mais bobo, ajuda e muito no trabalho de espionagem que ele faz com a noiva, já que ninguém desconfia dele.

Já voltando para o Geordo que foi mencionado antes, ele virou realmente uma ameaça considerável, porque agora que tornou notório o seu sentimento, nada lhe impede de fazer seu noivado dar certo. Os outros oito concorrentes vão ter que lutar muito, porque só agora que o príncipe conseguiu se fazer notar e ainda na base do avanço direto, sem rodeios.

Inclusive, vale comentar que a cena da Acchan parece ter essa função de simbolizar que com a confissão oficial recebida e “identificada”, a Catarina completou a primeira rota com sucesso – mesmo que já tenha completado todas no grosso.

Flávio: Nessa disputa, talvez o Nicol, por ser muito tímido, é o personagem que está mais em desvantagem. Como o Geordo mostrou, precisa ser assertivo para fazer a porta da protagonista notar os sentimentos dos pretendentes.

JG: Eu tenho uma curiosidade, porque a Catarina não tem vivência de romance, mas ela jogava jogos do gênero. Isso devia deixar ela um tantinho mais esperta, só que não acontece, porque será?

O que posso dizer é que diante dessa problemática, o approach do trio feminino é muito mais eficiente, eliminando a concorrência na violência. É como diz o ditado, “só parte para o diálogo, quem não se garante no braço” e esse não é o caso delas.

Agora que um tem consciência do outro, resta saber como a Catarina vai responder aos sentimentos de seu noivo e como isso vai afetar o relacionamento deles, porque isso não é mais um sonho.

Agradecemos a quem leu e até a próxima!

 

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