O sonho enigmático foi o quê? Um sonho enigmático, não tenho muito o que falar sobre ele. Prefiro falar do casalzinho, Fena e Yukimaru, do mistério que foi jogado na nossa cara de forma até surpreendente e do quão bacana é a heroína querer se mostrar útil para seus companheiros de viagem e principalmente para seu amado, Yukimaru. Será um mistério como esse anime consegue ser tão clichê, mas tão bom?

Não sou o maior fã de personagens que são o interesse amoroso um do outro, mas pouco ou nada interagem para justificar ou dar vazão a esse sentimento, mas não nego que tenho gostado da Fena e do Yukimaru, de como eles entram em atrito com frequência, mas alternam isso com gentilezas trocadas praticamente em silêncio (muito cara de japonês). Quem briga ser quem se dá bem é tão clichê que dói, mas é verdade, né?

Tiro isso pelas relações com maior intimidade que tenho e já tive na vida e, claro, os exemplos que vejo. Enfim, o caso é, a escolha de trabalhar esse potencial casal não é a que mais me agrada, mas talvez seja a mais compatível com o que são esses personagens de acordo com os estereótipos que eles representam. Além disso, gostei de como a direção trouxe o elemento externo de maneira incisiva a essa relação, por meio dos ciúmes.

Mas antes, preciso sim elogiar a boa vontade da Fena em buscar ser útil. Não que fosse algo imprevisto, mas aproveitar isso para gerar momentos de comédia, e com isso também dar um tempinho a mais para os coadjuvantes (deu para conhecer melhor e simpatizar mais com o Shitan nesse episódio), foi algo bacana e que combina com a pegada do anime. Fena: Pirate Princess funciona bem com essas “amenidades”.

Enfim, eles chegam ao destino e quem aparece para levá-los a “luz”? Sim, uma loirona gata que dá em cima do Yukimaru com certa sutileza para quem é mais tapado como a Fena e o próprio Yukimaru, mas muita firmeza para quem é mais entendido do assunto como o Shitan. Aliás, também gostei da aproximação da Fena com o Shitan ter provocado uma pontinha de ciúmes no Yukimaru. Só assim para as coisas entre eles andarem…

Isso se andarem, mas o fato é que a Fena ficou morrendo de ciúmes e que essa interação deles com outras pessoas pode ajudar os dois patetas a avançarem ao menos um pouco. É um processo lento, assim como é lento o desenvolvimento da capitã enquanto alguém útil para a própria tripulação. Ainda temos pelo menos mais oito episódios para ver onde isso vai parar e, claro, um norte para o qual rumar agora que…

Agora que parece que a Fena é filha da Joana d’Arc? O anime se passa em que ano mesmo? Porque, sério, é a suposição mais fácil de fazer depois de ser revelado que foi a santa francesa que mandou fazer a pedra. Além disso, em algum momento a mãe da Fena sequer é citada? Outro detalhe que pode ser só viagem minha é o próprio sonho da heroína. Não era a Joana d’Arc que tinha visões sobre ingressar na luta contra os ingleses?

Por fim, pensar na relação delas como de mãe e filha é o mais óbvio (se as datas baterem, claro). Além disso, ela conhecia o nome que a Joana usou, portanto, já teve algum contato, ainda que indireto, com ela. Além disso, o Abel conhece a treta e ele é inglês ou eu estou enganado? Será que esse tom de mistério que cerca a pedra, Joana d’Arc, Fena e seu pai tem a ver com a desavença histórica entre a França e a terra da rainha? Veremos!

Até a próxima!

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