I’m Standing on a Million Lives 2 – ep 9 – O ataque que deixou todo mundo sem pai nem mãe
E não é que os heróis viraram o jogo? Mas também, eram quatro contra um, e quatro que usavam magia, seria ridículo demais se não tivessem dado um jeito no velho gaiato, que ainda tentou manipular a opinião pública na porta da mansão dele, mas, honestamente, sacrificar crianças por medo já era queimar filme demais. Menos mal que o herói apareceu, um herói sem pai nem mãe, como ficaram todos no final.
O Froc mandou bem ao defender a traumatizada Jesby, que em outras circunstâncias gostaria de ver tentando se defender sozinha, mas após perder o pai (ou padrasto, pai adotivo, sei lá) e a mãe, como exigir essa força da garota, né? Já ele não, o Froc se ergueu porque tinha quem proteger, e no processo perdeu a mãe, mas sem tempo para lágrimas, o tipo de pancada que nunca quero ver sendo tomada por uma criança.
Mas o pior nem foi isso e sim o ataque dos monstros e o extermínio da vila, o tipo de coisa que refutou meu elogio ao anime por não se apoiar tanto nos monstros poderosos, mas talvez não o tenha o refutado por completo se observarmos a impressão de que o ataque é coordenado, orquestrado por alguém nas sombras que tem interesse na destruição total da vila. Por qual motivo? Apenas para ferrar com os heróis?
Não acredito nisso, mas também não faço ideia, o caso é que não tinha jeito, o Yotsuya e a Glen escaparam da “masmorra” que o líder arrumou para eles, mas antes dali já estava claro quem tomaria as rédeas da situação, o que acabou sendo melhor para o líder se pensarmos que ele e a neta sobreviveram. E nessa até me peguei sensibilizado com ele, um velho teimoso com as mãos sujas de sangue, mas também uma vítima do medo, das circunstâncias.
Mas a que esse papel serviu, afinal? Para ajudar a provocar a destruição que se abateu sobre a vila? Ainda não sabemos. A única certeza que tivemos foi de que a segurança dos remanescentes representa o sucesso da missão, e não teria como ser de outra forma, óbvio. Vai dar tudo certo no final, a gente sabe, a questão é como? Além disso, no que o desfecho desse arco pode agregar a trama maior em desenvolvimento?
A cada arco somos agraciados com cada vez mais informações que desmistificam impressões sobre esse mundo e o “jogo” que conecta os viagjantens a ele, mas também somos acometidos com mais perguntas. O equilíbrio correto para manter o mínimo interesse do telespectador. Voltando a esse arco, faltam três episódios e não faço ideia de como será resolvido, mas duvido que mais morram, isso é quase óbvio.
Por que escrevo isso? Porque não vejo a vila sendo reconstruída apenas com as quatro crianças. Exceto se nem todos morreram e sobraram pessoas. Se não for o caso, o líder deve sobreviver e pagar por seus erros se remoendo pela dizimação ocorrida na vila administrada por ele. Além disso, o que posso escrever mais? Que as ações dos heróis, principalmente a Kusue e o Torii, não fugiram ao esperado dos personagens?
Sim, essa é uma leitura correta. Mas não quero destacar isso e sim a leve sensibilidade que o Yotsuya demonstrou ao observar as ações de seus companheiros. Talvez eu só esteja querendo encontrar muitos sinais de mudança no protagonista, mas acho que é nesses detalhes que ele tem mudado gradativamente. Vamos ver se essa sua nova faceta ajudará seu grupo a salvar a missão, aqueles que ficaram sem pai nem mãe.
Até a próxima!