Não estou conseguindo mais levar a deusa a sério já que a cada episódio ela falha mais e mais miseravelmente em sua busca incansável por alguém que mate o herói. Isso é bom? Acho que tanto faz, o importante é que ela se torna cada vez mais simpática e o anime banal, mas até que bom.

Os Tuatha Dé sabem governar e dou o mérito por isso a casa principal do clã, afinal, por mais que o Lugh ajude, não é como se tivesse radicalizado com a forma do pai fazer as coisas. No máximo dá para dizer que ele é o pai melhorado, o que, aliás, vimos bem nesse episódio.

Enquanto o pai vinha com a farinha o Lugh já voltava com a farofa, afinal, investiga diligentemente a Tarte para ter certeza de sua lealdade e faz tudo que o pai o manda fazer com excelência. É difícil ver graça em tamanha perfeição, mas é difícil não compreender também.

O protagonista realmente está fazendo PhD, eu só não sei se PhD tem estágio de dois anos longe de casa com direito a serva pessoal e tudo. De toda forma, é mais interessante comentar a luta dele com o pai, que levou tudo muito a sério e propiciou um embate satisfatório.

Inclusive, foi bom que ele tenha superado o pai, mas que isso não tenha se dado com magia ou facilidade. Lugh ralou para derrotar seu velho, mas no fim venceu o preparo, não de uma vida, mas de duas. A gente deve considerar errado ele ter mente de 60 para lá e uma “novinha” a tiracolo?

Acho que sim. Eu sei, a pergunta surgiu meio que do nada, mas é que falava de duas vidas, né, sendo que a segunda ainda tem muito o que dar. Lugh pode não ter experiência como assassino em todos os aspectos nesse mundo de magia, mas foi sua experiência que o fez crescer tão forte.

Ter sido assassino a vida toda treinou sua mente para processar mais fácil tudo que aprendeu com o pai, se tornando capaz de atuar com ele sem maiores problemas e até ler o clima de um jantar importante ou valorizar as conexões e meandros outros do ofício.

Sendo assim, por que eu digo que o anime me diverte e é bom quando acontece tudo muito perfeitinho, do jeito que no isekai de hoje em dia costuma ser? Porque essa fórmula não é de todo ruim, ao menos não se há pistas de algo mais e aceitarmos que ainda estamos no “começo”.

Digo, no começo da jornada, pois ainda falta uma heroína a ser apresentada, assim como o protagonista chegar ao estado em que inicia o anime. E sobre os acertos, ver um Lugh cada vez mais político, e preparado, anima pela construção dos vários aspectos da natureza do herói.

O herói do anime, não o herói no anime. É claro que isso não servirá de nada se na história a coisa continuar parecendo molezinha para ele. espero mais de Sekai no Ansatsusha, ainda que esteja satisfeito com o que tenho visto até agora. Mas não muito, ele segue sendo um isekai padrão, afinal.

Até a próxima!

Extras da Deusa

Comentários