Digimon Ghost Game – ep 5 – O deus dragão
Finalmente a última dupla que faltava teve o seu tão merecido episódio especial. E olha, tenho que admitir que fiquei impressionado com o potencial da dupla Kiyoshirou e Jellymon. Eles me surpreenderam, e não foi pouco.
A começar pelo Kiyoshirou que, ao menos por enquanto, me parece ter o “backstory” mais completo e interessante dos três escolhidos. Claro que o anime ainda deve se aprofundar nas histórias dos outros dois, tanto que chegou a dar dicas disso nos outros episódios. Mas o mesmo vale para o próprio Kiyoshirou, pois ele não apenas tem uma história interessante, como também tem um potencial ainda maior para ser aproveitado.
Por outro lado, temos a Jellymon que é de longe o digimon com a personagem mais interessante, divertida e inovadora. Eu diria que ela tem quase mais carisma do que os próprios escolhidos. E por fim até mesmo na relação desses dois personagens tem os seus bons momentos, embora admita desgostar de parte dela.
Não me desce esse tipo de relação onde o personagem masculino é alguém submisso enquanto a uma figura feminina é do tipo provocativa. Algo que por exemplo vemos em “Nagatoro”, um anime também recente. Mas o que destaco na relação deles não são esses momentos, mas o contraste de suas personalidades e como eles se saem na hora de lidar com problemas.
De todo modo, aqui tivemos um episódio bastante divertido e descontraído. Mas que nem por isso foi um episódio pequeno naquilo que mostrou, muito pelo contrário, na verdade este foi o maior episódio em proporções até agora.
Claro, me refiro a presença de um digimon que “apenas” representa uma divindade. E esse digimon foi o grande inimigo desse episódio. No episódio cinco! Dá para acreditar? O anime foi muito criativo nessa escolha, sabendo aproveitar do fato de que nesse anime os inimigos não precisam ser derrotados em batalha.
Sabendo disso o anime usou o Majiramon como inimigo de forma magistral. Pois ele realmente parece uma divindade, como se ele fosse uma personificação da natureza em um ser divino. Embora ele esteja relacionado com a economia, algo que é tudo menos “natural”.
Ainda assim o que ele busca é manter a ordem das coisas, finalidade esta que mantém a sua aura mística. E de fato a economia é algo de suma importância para o equilíbrio da ordem em nossa sociedade moderna. Fato é que o anime conseguiu transmitir certo ar místico, que foi levado até o final de forma bastante coerente.
Não chegamos a ter batalhas nesse episódio, mas ainda assim tenho que destacar as cenas do anime que conseguiram passar a imponência daqueles digimons sagrados. Eles estavam em um nível tão elevado que nem precisaram lutar, apenas dominaram os seus oponentes com a maior tranquilidade.
É como se não sentissem perigo real nas crianças e em seus digimons. E estamos falando dos mais fracos, o Majiramon então estava em outro nível. E se ele também não lutou, ao menos teve uma cena muito bonita e bem animada na sequência final do episódio.
Que no fim mostrou que o anime pode (e deve) ter momentos muito grandiosos ao longo do anime. Embora não acredite que apelar para coisas grandiosas seja o melhor que o anime possa nos dar, nem de perto. Ao meu ver é justamente na simplicidade que ele poderá alcançar o máximo de seu potencial.
A questão é que ele pode fazer os dois, o que destaco apenas é que ele deveria tender para a segunda opção e deixar a primeira apenas como algo especial e pouco frequente. De toda forma, aqui funcionou muito bem, e funcionar é o que importa no final das contas. Até mais.