Que episódio incrível! Usando de sua boa dinâmica, agilidade e planos B inesperados, o anime finalmente leva a disputa para sua reta final e coloca a Chika no destaque que ela merece, como a dona absoluta da força ofensiva mais monstruosa de toda a Border – ainda que a mesma não faça uso de tal poder. Vamos de World Trigger, minha gente?

Ok, começando da surpresa que tivemos no final do episódio anterior, o anime reavivou na nossa memória uma regrinha que eu já tinha esquecido de tanto tempo que não era utilizada nas batalhas.

Normalmente nas batalhas dificilmente alguém faz o “bail out” forçado, o natural é que eles acabem sendo destruídos em batalha mesmo e não por perda constante do trion. E das várias lutas até aqui, foram poucos os casos em que isso ocorreu, sendo a maioria deles na primeira temporada – que já tem bastante tempo.

De lá para cá o pessoal tem formado estratégias mais inteligentes para eliminar de vez os alvos, evitando dar pontos aos outros, o que é correto. Realmente nem me lembrava mais que a pessoa causadora do maior dano era a que ficava com os pontos, o que faz sentido se considerarmos que foi ela é a responsável por eliminar, independente de que em que momento isso se dá.

Dito isso, o Esquadrão Kageura fez o seu melhor e conseguiu pontos valiosos, mesmo fora de campo. Engraçado que embora o Suzunari-1 tenha feito um bom trabalho tático no geral, é impressionante como o anime não privilegia ninguém apenas pelas suas qualidades técnicas e sim pela sua capacidade adaptativa.

Embora tenham sido eliminados rapidamente, o pessoal do Kageura soube se adaptar a batalha e arrancar o que precisavam no timing certo. Murakami segurou bem as pontas, mas infelizmente não sobreviveu a poderosa dupla Hyuse e Kuga, apoiadas pelo Osamu que soube aproveitar bem o momento de distração.

Diria que o Yuzuru me surpreendeu ao roubar a vitória do Osamu e ainda achar tempo pra retribuir a “bondade” do rival, disparando nele logo em seguida e conseguindo seus pontinhos para garantir ao menos uma boa posição final. Seria muito irônico o time deles perder e ainda assim ganhar, mas como isso já aconteceu uma vez com a Tamakoma-2, não dá para dizer que é uma situação improvável.

Uma pena que com as coisas como ficaram, o Osamu mais uma vez não pode ser muito útil ao time, embora tenha feito o seu sem erro. Para quem implora pela mudança do personagem, bom, ele continua fraco. Mas sinceramente, eu gosto de como ele usa de outras armas para não ser inútil e de como isso deixa o anime mais imprevisível, já que equilibra os times e não prioriza os protagonistas apenas porque sim.

No fim, a batalha acabou ficando entre os times Azuma e Tamakoma-2, com os números equilibrados após a saída do Osamu. Aqui eu fiquei surpreso com o item que o capitão Azuma carregava, pois pensei se tratar de algum tipo de explosivo, considerando que ele é um sniper, e que no geral esses sempre ficam em desvantagens pelo tipo de arma que usam.

Na teoria uma bomba seria ótimo para manobras emergenciais contra attackers, mas qual não foi meu espanto ao ver que ele foi ainda mais longe na leitura dos adversários, trazendo consigo aquele dispositivo de clonagem, para causar alteração nos radares do pessoal. Assim como um dos personagens disse, é como se o rapaz tivesse lido a mente do Kuruma quando ele escolheu batalhar no shopping.

Azuma desde o princípio é conhecido por suas altas habilidades e por ser um ex-rank A – assim como o Kageura -, então não era uma surpresa que fosse eficiente, porém é curioso a influência que lutadores como ele e o colega são capazes de ter, se comparados aos outros que tem menos experiência e uma leitura de jogo mais limitada.

Falei bastante desse povo todo, mas não é esse meu objetivo, quero tocar na parte mais importante do episódio, a reviravolta da Chika. Nossa, como eu esperava pelo momento em que a menina de ouro da Border ia mostrar o que é uma explosão de verdade e sem se valer de seus truques anti-mortes.

Precisa e poderosa como sempre, a ação da menina foi cirúrgica e digo que a animação brilhou ao dar intensidade a sua movimentação e os estragos que causou. Admito que ri um pouco da cara de nervoso dela ao eliminar um inimigo e deixar o outro sem uma perna, quando não planejou infligir danos aos dois.

Algo que fica até engraçado é que existe uma inocência por parte da personagem, de pensar que iria explodir metade de um shopping e as pessoas sairiam sem um arranhão, quando estavam na exata direção para onde ela apontou sem piedade. A princípio penso que isso não terá impactos no resto da partida, até porque o time reforçou que era um acidente e deu a ela suporte emocional para não pirar de vez – quero saber é no pós batalha.

Por outro lado a manobra dela abre margem para uma outra situação que deve acabar forçando o Tamakoma a ir ainda mais longe, pois se as pessoas começam a entender que ela perdeu sua restrição de ataque, agora a moça se torna uma ameaça letal e portanto o time é ainda mais perigoso.

Alguns pegaram o feeling de que ela apenas deu um “tiro de sorte”, e podem levar isso adiante, então tudo vai depender de como cada time vai se comportar com a possibilidade da Chika disparar para matar ou não. Como eles sabem que a Tamakoma-2 quer ir a expedição com todas as forças, penso eu que vão se preparar para as surpresas dela.

Com um membro a menos, outro “capenga” e metade dos seus clones eliminados, tenho uma grande curiosidade para saber como o time Azuma vai se virar com os três membros ainda vivos do outro lado. Será que a inteligência e a experiência acima da média que ele tem, serão suficientes para parar Hyuse e Kuga? E a Chika, vai nos surpreender com outra grande explosão? Aguardemos.

TRIGGER ON!

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