O caso do Lenny é engraçado porque em nenhum momento ele deu a entender que estava fora da Sinfônica, mas sua própria jornada difere das ações dos outros Conductors que apareceram na trama, denotando intenções outras. Nesse caso, salvar o mundo de seu verdadeiro inimigo.

Em mais um episódio takt op.Destiny segue certeiro no tom e entrega uma sequência da história que se não e ótima, anima em comparação aos primeiros estágios do anime. Mal posso esperar para saber a verdade (ainda que já tenha meus palpites) e antes disso, vamos falar de New York!

Eu nem preciso escrever que os pais das meninas são irrelevantes, né? O importante de trazer eles e a irmã mais velha a trama nesse episódio foi pintar o cenário desesperador no qual os heróis se encontram e também ter um pezinho na Sinfônica, além de engrossar o caldo para o Takt.

Agora ele e a Destino têm mais pessoas a proteger, e a decisão de fugir ou seguir na luta é deles. O braço contaminado veio para isso, para dar gravidade a escolha do protagonista. Se Takt escolher lutar a morte o espera, e o mesmo vale para a Destino, que sempre está de olho nele.

Aliás, sobre a heroína, a reação chorosa da Lotte denuncia o que ainda não foi dito com todas as letras, que a Cosette morreu? Ou um cenário no qual seu retorno beira o impossível? Acho que o primeiro tornaria a trama mais corajosa, o segundo, da forma que for feito, pode ser ruim.

Em todo caso, o suspense foi mantido e não acho que teria como ser diferente. A explicação sobre a condição da dupla já foi suficiente para acrescentar peso dramático as suas escolhas, afinal, decidir lutar é praticamente um atestado de óbito para os dois, não lutar de covardia.

Uma coisa que já achei um pouco abrupta foi a quebra cômica, pois mesmo que ela tenha sido compreensível, não houve respiro entre a irmã mais velha pedindo desculpas a irmã mais nova (por que ela não pode fazer nada para salvá-la?) e o grupinho saindo para comer e se divertir.

Mas duas coisas boas que surgiram disso foi a reação positiva do Takt a esse passeio (o desgraçado até sorriu hahaha) e a sensibilidade da Anna para dar um tempo a sós aos dois. Por mais que ela goste dos dois e queira fazer parte de tudo, o entendimento entre eles não diz respeito a ela.

O Takt e a Destino precisavam desse tempo para observar coisas com as quais ainda não tinham tido contato e despertar sentimentos ligados a decisão de parar de ser um Conductor e uma Musicart, ou não, de seguir nessa luta sem perspectiva de sobrevivência. Algo já esperado por nós.

Como a Destino é hoje imagino que ela aceitaria parar caso o Takt quisesse mesmo que isso significasse lutar contra sua própria natureza, mas ao mesmo tempo desistir disso também iria contra a natureza dele, pois seria se omitir da luta por aquele que talvez seja seu maior objetivo.

Takt quer libertar a música da prisão a qual os D2s a confinaram e para isso vai arriscar a própria vida ao lado de alguém que está disposto a fazer o mesmo. Para ouvir uma orquestra de novo, para que todos possam fazê-lo. É um desejo digno pelo qual vale a pena arriscar a vida, né?

É a percepção que tenho, como percebi muito bem que a conversa das irmãs revisitou a jornada até aqui como se a denunciar que tudo seria diferente a partir de agora. Mais sério, mais grave, sem chance de parada para dar uma respirada. Vou estranhar se não for bem esse o caso.

Por fim, a expressão meio desconfortável que a Paraíso faz ao conversar com a Lotte foi só a cereja de um bolo que a gente já sabe o recheio. A Sinfônica está por trás de tudo de ruim que rola nesse ponto da história (e de tudo de ruim que já aconteceu?), agora só nos resta saber como.

E se o diapasão prenuncia o surgimento de uma horda de D2s vindos das profundezas, a ligação do Lenny para o Takt e seu tom de despedida prenuncia a tragédia advinda da luta que será travada entre a Sinfônica (e os D2s) contra a resistência a ela? Não estranharei se for esse o caso.

Sendo que ter a até então intocada New York como cenário da batalha simboliza a fragilidade de paz alcançada pela sociedade, mesmo que a confiança seja restabelecida com a derrota dos vilões, o que me faz esperar um final pulsante para uma trama que cresceu no momento certo.

Obviamente takt op.Destiny não foi só flores até aqui, houve ruído, mediocridade… mas é como falava com a galera do blog recentemente, é melhor ser razoável e melhorar no final que o contrário, né? Qual é a verdade por trás da tragédia de Boston e dos atos da Sinfônica? Vamos ver.

Até a próxima!

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