Platinum End – ep 11 – Em rinha de candidatos a deus eu torço pelo vírus
O monólogo do Hajime falando sobre seu amor pela Saki só rolou porque ele queria ir ao banheiro e o vilão não deixou, então o personagem defecou pela boca mesmo, como, aliás, já faz desde sempre. Sem mais delongas, vamos falar do anime mais cringe dessa temporada?
A tentativa de convencimento da Saki obviamente deu certo, demorou até demais, como quase toda situação nesse anime. O que dei risada foi da idiotice do Hajime, que poderia muito bem ter atacado a porta e não o teto, demorando o suficiente para o vilão chegar com seus bluecaps.
Amor não vem acompanhado de inteligência, assim como o Poliman-senpai não poderia vir acompanhado de personagens bons, né? São todos toscos. O musculoso otaku de armas, a cientista exibicionista maluca e o moleque que esconde o rosto porque é um show para maiores.
Pelo menos no caso da Saki conseguir as asas isso vinha sendo trabalhado há um bom tempo na trama, o que não poderia acontecer se a intenção era surpreender minimamente, mas apresentar de forma tão abrupta personagens novos também não costuma prestar, ainda mais quando são ruins.
Então sim, Platinum End mandou muito mal na condução da situação que o Hajime arranjou, mas sabe a coisa mais engraçada disso tudo? No mangá o moleque usa a cabeça do Donald Trump (ou uma figura muito parecida com o ex-presidente americano), no anime parece menos.
O estúdio deve ter percebido que seria tosco demais (além de poder dar problema judicial mais fácil), então ficou menos parecido. Sim, foi uma ideia de jerico, mas o que é esse anime senão isso? Para piorar, faz algum sentido o Metropoliman esperar os inimigos para ter uma luta “justa”?
Enfim, sabe o que mais não faz sentido? Usar armas quando os alvos têm asas que são mais rápidas até que as flechas dos candidatos. Aliás, isso também não é um tiro no pé do roteiro, pela dificuldade que traz a ação de flecharem uns aos outros? Não é fácil demais não ser acertado?
É claro que ainda existem formas de lidar com o problema, mas a criatividade do roteiro não me anima para ver como os candidatos serão mortos. Assim como não me animei com o drama da Saki ou a ideia boba do Metropoliman de que humanos são melhores matando uns aos outros.
Foi algo idiota de dizer, mas não surpreende vindo da boca de um vilão que poderia muito bom ter matado os candidatos que aprisionou por tanto tempo com, por exemplo, um bomba? Tudo bem, sei que a história dá a entender que é preferível matar candidatos usando flechas, mas é obrigatório?
Voltando aos personagens, acho um tanto questionável o Mirai e a Saki não quererem matar, mas pedirem ao Hajime para fazer isso, além de terem criado a situação para o Hajime cortar o braço do não candidato lacaio do Metropoliman. Eles não arriscaram a vida dele desse jeito?
Mas quer saber de uma coisa? O que eu desprezo mesmo é personagem com convicção mal construída, que é o caso do Mirai. Ao invés dele tomar as rédeas da situação e ceder ou se imor, o que ele faz? Insiste em não matar, mas não é hipocrisia delegar a “culpa” a outra pessoa? Não é ridículo?
Por fim, e para piorar um episódio que já estava péssimo, ainda teve fanservice barato com a maluca edgy de tapa olho e nenhum nexo, afinal, por mais que eu entenda a tentativa de colocar o Mirai e seu grupo em cheque, se o vírus vaza e mata o Metropoliman? Espero que não leve só ele…
Até a próxima!
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