Legend of the Galactic Heroes: Die Neue These Collision – ep 7 – Quando estamos vazios é que sabemos quem somos de verdade
Só na ficção mesmo para alguém se dar bem na área de humanas e na área de exatas/militar, como é o caso do Almirante que dá as caras para prestigiar o parente da Hilde. E sim, isso pode ter vindo do nada, mas acredito que há uma justificativa plausível para tal.
Na falta do Kircheis, que foi muito explorada nesse episódio, nada mais normal que a Hilde tente ocupar essa lacuna deixada pelo braço direito do atual chefe do Império. Hilde quer ser útil aquele que tanto admira e com o qual se preocupa, e com bastante razão.
Sendo assim, conhecê-la melhor, entender como ela pensa, age, do que gosta, etc etc, fez todo sentido se a ideia era torná-la mais íntima do público, não apenas um rostinho bonito em meio a burocracia e polidez do mais alto escalão militar, algo chato muitas vezes.
Hilde se mostrou interessante nesse episódio e mal posso esperar para vê-la brilhar mais, não como uma substituta do Kircheis, mas como ela mesma, até porque ficou claro que ninguém ocupará o lugar de um dos poucos motivos que faziam o Reinhard sorrir.
Para além disso, a conversa deles sobre a necessidade do “inimigo” para prosperar, e que no caso do Reinhard este era a Dinastia Goldenbaum, foi mais um dos inúmeros momentos capciosos tratando de política que a gente vê o tempo todo no anime.
Só que esse foi ainda pontual pelo peso da oposição, ainda que simbólica pela idade do herdeiro, pois o Reinhard não tem mais seu braço direito e melhor conselheiro ao seu lado, restando justamente a próxima Hilde preencher essa “lacuna” como possível.
Isso agiu muito bem para conectar os dois de maneira mais humana, menos pela admiração e reconhecimento e mais pela sensibilidade e preocupação. Isso, claro, principalmente da parte dela que é quem se preocupa em como pode ser de valia ao seu senhor.
Em meio a isso houve o teste de salto (que poderia ter acabado em tragédia), o qual trazia não só a pergunta de como o Kircheis aconselharia Reinhard nessa situação, mas também lembranças de seu fim, o que vimos muito bem na cena derradeira desse episódio.
Essa substituição das sisudas e inteligentíssimas decisões militares do “moleque loiro” por momentos de absurda fragilidade e desolação vieram para nos lembrar que ele é humano, que tem sentimentos, que também precisa de um apoio emocional ou pode ruir.
Não que tenhamos nos esquecido, mas não custava frisar, né? Ainda mais ante ao início de uma guerra de retomada de território, a superação do risco da vida de milhões e a certeza de que agora ele está sozinho, sem seu melhor amigo ou irmã ao seu lado.
A situação só não está mais feia para ele porque ele chegou aonde almejava, mas a que preço? O da companhia das pessoas que o motivaram a chegar a tal ponto? Percebe como é cruel o caminho solitário e espinhoso pelo qual o Reinhard tem que passar?
Por fim, se serve de alento, pelo menos ele têm subordinados que se preocupam com ele e dão bons conselhos, os quais ele não deixa de ouvir, ainda que essas opiniões não tenham o mesmo peso das daquele que o amaldiçoou a sua megalomaníaca promessa.
Até a próxima!
P.S.: Esse episódio foi sublime, nos proveu uma nova visão sobre a Hilde e humanizou bem o Reinhard, não tenho o que reclamar do anime (só pedir desculpas pelo meu atraso com os artigos) e prometo que em breve concluirei minha cobertura dele aqui.