Como contar uma história legal usando apenas cinco minutos? Acho que dá para responder essa fácil.

Coloque um clube de hula falido com personagens insanas e sem muita força de vontade, que tentam fazer ele funcionar enquanto aprendem alguma coisa sobre a dança a qual supostamente já deveriam ter o minimo conhecimento. Muito bem minha gente, tudo isso é Hulaing Babies!

A premissa espalhada nos sites por aí e a imagem promocional, apenas dão um ar de que a série mostra garotas fofas fazendo fofices no seu básico, mas a descrição que dei no começo do artigo fala o que vamos vendo no decorrer dessa inusitada e divertida série – onde a fofura fica mais contida no meio de tanta loucura.

Suzu e Fumi fazem parte do clube de hula, são seus unicos membros atuais – acho que também as únicas interessadas em tal dança no colégio – e com o ócio imperando, elas decidem se mover e fazer o clube funcionar de alguma forma recrutando as almas necessárias para tal.

Em si as duas meninas não são bem duas pessoas tão acertadas porque uma é preguiçosa e a outra embora responsável, é quieta demais para assumir as coisas – mas é essa diferença que complementa bem a dupla no começo da jornada.

Quando conhecem a energética e doida Mona – que é a minha favorita sem recontagem de votos – é que a coisa começa a engrenar, pois a maluquinha é o impulso que as duas precisavam para fazer a coisa andar, já que ela está em constante movimento e empurrando as meninas na tentativa de algo novo.

Com o tempo a bela Shina e sua amiga esportista Nagisa, complementam o grupo e mudam o rumo de toda a história. Shina é filha de uma famosa dona de pousada e dançarina de hula, que ao se acidentar pede apoio a filha com as suas apresentações de dança – arrastando as outras no processo.

Essa necessidade surge como o outro motor que acaba levando as meninas a ter uma motivação clara e objetivo pelo qual se erguer, chegando na Chizuru-sensei – que é a líder implacável do grupo e tão desajustada quanto suas pupilas – e nas comediantes Moe e Miku.

A interação entre todas elas ao longo das tentativas em aprender a hula é bem cômica e funcional, porque na maior parte do tempo elas primeiro precisam parar com seu descanso e tolices, para então sair do lugar e começar a aprender algo com a professora a cada aula – daí o fato dela arrancar o couro de todas no treinamento.

Um dos pontos que achei interessante no desenvolvimento das personagens é como se explora a valorização do que elas são em prol de sua dança e desejos pessoais. As meninas aprendem a serem mais humanas e positivas com os pequenos passos que dão e com as falhas cometidas – ainda que no final, tudo tenha o objetivo de ser engraçado mesmo.

Chizuru também tem as suas regras e conhecimentos, mas ela incentiva suas alunas utilizando o que elas tem a seu favor, até para que os treinamentos funcionem melhor – o que no resultado final da apresentação do time, causa uma sensação melhor pelo aproveitamento desses elementos numa série tão simples.

Pode não parecer, mas Hulaing Babies é tão fechadinho e pensado, que mesmo as rivais de dança que são rapidamente introduzidas, tem um background bacana e um aproveitamento próprio na história, que acompanha e finaliza bem o que é trabalhado com as protagonistas.

A parte técnica é um charme a parte, pois embora a animação seja bem infantilizada e simplória – e ainda assim original -, Hulaing consegue se tornar dinâmico com o uso das cores vibrantes e da movimentação constante, que casa perfeitamente com o anime e ajuda no ritmo da história.

Hulaing Babies é uma jóia pequena que vale a pena ser apreciada e recomendo a todos que deem uma chance, porque além de tomar pouco do tempo de cada um, sabe usar seus elementos cômicos, se tornando cativante e divertida na medida certa. Obrigado a quem leu e até a próxima!

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