Um nascimento misterioso. Corpo vivo, mas morto. Dupla personalidade. Uma missão de vigia. Uma ligação. Dupla personalidade. Risotto e metal. Rei Carmesim. Um epitáfio para meu querido Doppio!

Está preparado para o passado do Rei Carmesim e o choque entre ele e o farfalhar insano do metal?

No mundo de Jojo não existem apenas usuários de Stand ou de Hamon; existem vampiros, fantasmas e uma infinidade de bizarrices que se chocam com aquilo que é considerado real, senso comum. Uma dupla personalidade é de longe algo que sou capaz de considerar normal em comparação a tudo isso.

Uma mãe do nada ter um filho de um cara com o qual se relacionou dois anos antes, e o bebê nascer sem dar um pio e, ainda por cima, com olhos que mudam de cor é muito mais estranho.

Mas se você juntar todos esses detalhes bizarros a ocorrência de múltiplas personalidades tudo não faria sentido?

vendo que a mãe gosta de viver enterrada debaixo da terra.

Não exatamente, mas se somarmos isso a existência de Stands e o jeitinho do Araki de sacar detalhes bizarros sem maiores explicações o que temos é a história de Doppio. Garoto de recados de chefe – e também o próprio. Quando acho que Jojo não pode ser mais bizarro o Araki vai lá e… Isso que é Jojo!

Doppio é o chefe e o chefe é Doppio, não que isso não fosse fácil de imaginar pela abertura e o título desse episódio, mas, nada contra o anime deixar isso claro, e reforçar nas situações apresentadas no atual momento da história.

Doppio foi a saída que o chefe encontrou para limpar a sua barra quando não fosse possível confiar em mais ninguém. Nem nele mesmo, só em Doppio, o seu querido Doppio.

A máfia seria a esposa ou a amante? Dê o seu pitaco!

O vidente foi outra bizarrice aleatória que aconteceu simplesmente do nada e só serviu mesmo para deixar óbvio o que já estava ficando mais que isso. As circunstâncias perturbadoras do nascimento e o corpo da mãe naquele estado debaixo do piso deixaram claro que alguma coisa já estava errada há muito tempo.

Quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? Doppio ou o chefão? Eu acho que nós nunca teremos certeza, porém, antes de entrar para a máfia era Doppio a personalidade mais usada, só não a única.

O mecanismo de sobrevivência se tornou somente de defesa, porque a existência errante do chefe poderia dar vazão a sede de violência no seu coração, afinal, eu não sei se você percebeu, mas o chefe aparece quando Doppio está em perigo, é ferido ou passa por uma situação estressante.

Ele se personifica quando há violência, instabilidade; a explicação para Doppio ser alguém passivo, fraco.

Nada como ganhar uns músculos por ficar puto e matar como se não fosse nada, não é mesmo?

Creio que a personalidade do chefão da máfia nasceu para proteger a personalidade doce do garoto, mas, de toda forma, o que importa é a proteção do local que deve revelar a identidade dele.

Risotto, o ex-chefe do time de assassinato, parte para cima de Doppio e isso desencadeia a luta que, a priori, seria lutada pelo chefe com o King Crimson, mas dá brecha para que Doppio venha a usar seu Stand.

O lance do telefone humano foi algo completamente bizarro. Já tinha tomado spoiler disso, mas não fazia ideia que ele mesmo fazia o som e chegava até a dividir a personalidade por um momento para dar as novas ordens.

O chefe não se revela por completo em uma luta na qual não sabe se vai vencer, o que encaixa perfeitamente com seu jeito cauteloso de ser, e dá oportunidade a visão bizarra de ver alguém falado sozinho sem estar exatamente só.

Telefone sem fio é para os fracos. Em Jojo o lance é telefone humano!

Doppio não parece ter consciência do que é e talvez nem a personalidade do chefe tenha, mas isso não é importante agora, e sim que à face boa foi dada um Stand, ou poderes de um.

O que exatamente é aquilo que apareceu na cabeça dele não sabemos, mas você lembra do Sheer Heart Attack do Kira, vilão da parte 4? Ele era o sub-Stand do Killer Queen, acredito que seja o mesmo caso com o Stand do Doppio. Ele é o sub-Stand do perigoso King Crimson.

O que ele faz? Estou certo de que tem a ver com o tempo, mas é um poder de uma proporção menor em comparação ao do Stand original, certeza.

Ademais, o início da luta do Risotto contra o Doppio foi interessante, esclareceu que ele consegue manipular metal, provavelmente ele o produz do nada.

“Doppio, meu querido eu.”

Só assim para conseguir fazer alguém vomitar aquelas navalhas, né? Ou ele manipula no ambiente e daí insere nas pessoas? Não sei, mas o início violento, sem censura, da luta foi legal e estou ansioso para ver como ela vai se desenrolar. Se Doppio conseguirá proteger aquele lugar do time Bucciarati que se encontra a caminho.

Logo nossos protagonistas devem dar as caras de novo, mas até lá ficamos com os vilões dessa parte 5, e dessa vez vilões que estão se digladiando em circunstâncias no mínimo, no mínimo pitorescas, o que é normal para a obra que estatiza a bizarrice que é Jojo. Espero ver o que o Araki vai aprontar nessa luta e também como o lance da foto vai se resolver. Isso deve ser relevante!

Estava sentindo falta de uma pose divosa aleatória? Não está mais!

Não engulo o lance do chefe não saber o que o Stand do Risotto faz, é muito conveniente para tornar a luta mais difícil para o Doppio, mas não é como se isso fosse o fim do mundo. O importante é que a luta promete e nesse episódio a identidade do grande vilão da parte 5 começou a ser apurada. É isso.

Ou quase só isso. Só gostaria de comentar como acho interesse esse lance da dupla personalidade. O transtorno mental de um vilão é algo que podemos ver na parte anterior, de novo isso tem a ver com a revelação da identidade e há um grupo com nobres motivações que deseja deter o malfeitor; ainda que proteger a cidade de um serial killer seja diferente de tomar o lugar de um chefão da máfia.

Nem acho que isso seja falta de criatividade do Araki, só exploração de um conceito com o qual ele gostou de trabalhar. Claro, com alterações que dão uma pegada diferente a saga.

Enfim, a caracterização do vilão está ficando bem legal; estão guardando a personalidade agressiva mais para frente, né; eu não tenho o que reclamar dela – mas das conveniências desse roteiro –, só esperar pelo que está por vir!

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