O desenrolar da batalha não foi lá muito interessante, né? Ainda mais com sua animação meia boca. Sério, não tenho praticamente nada a comentar sobre a primeira parte do episódio, que só começou a ficar interessante mesmo a partir de sua segunda parte devido a erupção do vulcão, que desencadeou terremoto e tsunami, criando uma adversidade conveniente, mas não inconsistente e até interessante pelo que trouxe consigo.

Precisou um vulcão entrar em erupção para os moradores, principalmente as sacerdotisas, entrarem em uma espécie de crise de consciência tardia conveniente, mas, convenhamos, coerente. Faz muitos séculos que o povo chegou a ilha, é compreensível que tenha se descolado das tradições que os levaram a compor aquela bela música que ilustrou bem o trecho trágico e tenso da erupção, além do conflito com os orcs ter se metido no meio.

Repito, foi conveniente a erupção acontecer só agora, mas todo arco dessa história traz uma adversidade dessas e dessa vez seria um desperdício não aproveitar esse elemento natural para provocar uma ou duas reviravoltas, né? Até porque agora tem um dragão, mas que lado ele apoiará? Isso se for apoiar algum, talvez o ciffhanger tenha vindo só para recobrar o interesse pelo desfecho, que não perdi (ao menos eu não perdi), mas…

Confesso que não estava me instigando pelo desenrolar aparentemente linear (com poucas adversidades e surpresas) que estava tendo. Quero um final criativo como foram os das quests da primeira temporada (ainda que também tenha minhas ressalvas, principalmente quanto a segunda) e acho que o aparecimento desse dragão pode ajudar com isso. Certeza que ele é o ponto central do ritual e que a quest tem tudo a ver com ele.

Enfim, a música foi bonita, a exposição do orgulho dos moradores pelas sacerdotisas foi legal (ainda que um pouco chatinho) e eu poderia até lamentar a morte dos figurantes, mas, honestamente, não ligo. Prefiro falar do Yotsuya, que mais uma vez não teve muito tato na comunicação, mas também não saiu dos trilhos para o personagem, apesar de um ou outro elemento e circunstância ter me feito esperar por mais hesitação dele.

Ele deixou bem claro que para cumprir seu objetivo os fins justificam os meios e normalmente diria que ele está errado, mas, quer saber? Será que está mesmo? Descartar o processo me parece uma cilada, mas quando se trata de matar ou morrer (e eles vão morrer se não cumprirem a quest) não consigo julgar o Yotsuya por se focar e manter esse foco durante toda a missão. Sem ele, será que eles conseguiriam sobreviver?

Tudo bem, na ultima quest não foi ele quem resolveu, mas isso foi detalhe, para chegar até ali ele foi responsável pelas estratégias do grupo e fez os esforços mais notáveis para tanto. O Yotsuya é pintado assim e quando ele não está tratando pessoas como objetos não vejo problema em ele ser assim, diria até que alguém precisava ser assim. Não me entenda mal, reconheço a importância do castelo, mas ele não vale mais que a vida dos moradores, né?

Por fim, esse episódio acabou sendo até poético, teve espaço para música e reflexão com direito a um elemento novo interessante, mas que a gente não sabe se vai ser realmente bem aproveitado, apesar de já ter uma ideia de seu uso. Pelo menos dá para a gente pensar que esse episódio foi importante para encaminhar o arco narrativo da comunidade da ilha, que de alguma forma dialoga com o de nosso “herói” ou eu espero que seja essa a conclusão a qual consigamos chegar no final.

Até a próxima!

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