Peach Boy Riverside – ep 11 – Tratado de paz pode ser doce, mas não é mole não
Winnie é uma daquelas BBBs que estavam no povão quando o reality começou, entrou naquele evento para selecionar novos brothers e sisters e depois adentrou a casa?
Porque a forma como ela fala que observava eles faz tempo, como se fosse assinante do pay-per-view, só me fez pensar nisso. Zoeiras a parte, foi um episódio interessante para conhecer a bruxa e preencher lacunas ante o final do anime, não da história, que já “acabou”.
Winnie não é shotacon e sim mercenária? Agora é sério. Okay, nem tanto. Imagino que a falta de clientes e a aparente preguiça dela em arranjar trabalhos a leve a cobrar um milhão para ensinar a Sally.
Mas sei que ela não revelou a heroína sobre seus poderes não para que a Sally ficasse em dívida com ela, interpretei mais como uma intenção de ponderar, de medir o perigo que a garota representa, não à toa ela revela isso ao Hawthorn.
E pegando o gancho, a gente já sabia de antes que a bruxa foi companheira da Frau no passado, mas não que a Frau não é coelhana coisa nenhuma, que ela está em seu experimento “particular”, e que o avô do Hawthorn, Maruyo, foi um dos companheiros das duas.
Eles derrotaram o Rei Demônio? Ao que parece sim, mas o Maruyo não é o Ban de Nanatsu no Tanzai então deve ter morrido em batalha ou de velhice. Seres humanos são frágeis, afinal.
O caso é que esse episódio revelou uns detalhes interessantes, mas nada surpreendentes, afinal, não é até comum na ficção que hajam ligações entre personagens que até então não tinham ligação alguma?
Eu acho isso meio bobo, mais legal seria se não houvesse nenhuma ligação e que o laço fosse naturalmente criado a partir do pontapé inicial da história, apesar de ser meio que isso para os protagonistas e de eu não ter desgostado da cena da Winnie lembrando de seu “cavaleiro”.
O Hawthorn é o sucessor do avô, mas dessa vez a proteção que o cavaleiro pode ofertar é menos de força e mais de inteligência para lidar com as situações que se apresentam, coisa que a Sally não tem ainda, mas deve conquistar com a experiência.
E isso é algo que acompanhamos de maneira bem bacana através dos olhos da Carrot, que perseguem a Sally a todo tempo um tanto para medir seu valor, outro tanto para ver se pode confiar na humana.
Acho que no próximo episódio isso pode ter um pequeno avanço ainda que, honestamente, não goste da Sally sempre se tocar das coisas aos 45 do segundo tempo, como se ela tivesse ideias antes mesmo de entendê-las.
Contudo, apesar disso me incomodar na personagem entendo que ela seja assim, pois, repito, ela é inexperiente, até inocente muitas vezes, além de ainda não ter a dimensão de que ela mesma é agente daquilo que quer evitar a todo custo.
Enfim, nem sei se dá para chamar o rápido treinamento da Sally de arco de treinamento, mas a verdade é que tudo pareceu uma desculpa para trazer a Millia à tona e com isso o ogro da árvore e com isso dinamizar o arco. Ficou tudo um pouco apressado? Ficou.
Ao mesmo tempo, isso não é uma coisa ruim se pensarmos que a direção conseguiu trazer de maneira natural os mesmos temas que sempre dão uma cutucada na heroína.
Em meio a isso, em detalhes as coisas vão se conectando, ainda mais após o aparecimento da Millia e a tentativa de tratado de paz da Sally, coisa que vem após um choque de realidade, mas ainda me parece uma ideia imatura.
O que, repito, é compreensível pelas circunstâncias que envolvem a Sally, ainda mais lembrando que esse arco antecede o último da trama, ele é mais um degrau de crescimento para ela.
Espero que em uma eventual segunda temporada ela amadureça suas ideias e as sincronize as suas ações, mas isso não para provar algo a Carrot, o que pelos episódios anteriores nem parece mais assim tão necessário, e sim para se fortalecer enquanto personagens.
O que, se formos analisar com atenção, não ocorre com o Mikoto, e se dá para dizer que ocorre, é no sentido inversamente proporcional, afinal, suas ideias vão se enfraquecendo.
Não que isso o impeça de cortar a cabeça de um ogro poderoso que se aproxima, mas lembremos que isso aconteceu antes dos últimos arcos e que o ogro que ele matou era tudo menos uma garota fofa com forma humanoide.
Aliás, foi legal essa cena, pois ela não tem muita relevância, mas justifica aquele ogro ter sumido e a ogra loli ter mudado de “segurança”. E o Mikoto vai aparecer na batalha? Acho que não, mas vai saber, né…
É porque a Millia perde o chifre para a Sally nessa luta e ele não conhecia a ogra até topar com a garota, além disso, ele mataria o ogro árvore em dois tempos, não justificando os esforços do Hawthorn em comandar as tropas de lagartanos e elfos.
E essa foi uma inversão de paradigma muito da interessante se pensarmos que em um primeiro momento os clãs se reuniram com reservas, mas depois se expuseram em prol de um bem maior para todos.
Quase todos, os ogros sempre têm que se ferrar nessa história… Apesar de alguns deles conseguirem superar isso, como a Carrot e a Millia. Em todo caso, o importante é que o anime segue trabalhando com as ideias certas de maneiras minimamente interessantes.
Pois se não saem completamente do lugar comum, pelo menos não brincam com a inteligência do telespectador. E se brincam é só um pouquinho. Vamos ver como a Sally vai tomar ciência de sua monstruosidade e resolver a questão? Veremos!
Até a próxima!