Dungeon – ep 2 – A Faca de Héstia
[sc:review nota=3]
Acho que meio por maioria de votos eu vou cobrir Dungeon nessa temporada. Dei uma avaliação baixa para o primeiro episódio (e somente mediana nesse) mas bom, apesar dos defeitos, acho que ele é divertido, né? O sucesso dele nesse blog foi acima do esperado, e na internet como um todo então… bom, você já deve ter visto. Qual o segredo? Garotas bonitinhas e o laço azul da protagonista, é esse o segredo. Ou melhor, não é segredo nenhum. A Lidy gostou da determinação do protagonista. Eu que esperava uma comédia achei isso muito fora de lugar. Mas fora de lugar estava a minha expectativa: Dungeon pode não vir a ser, e não será, um battle shonen clássico, mas sem dúvida não é apenas uma comédia. Quem sabe eu não acabe até gostando, né?
Nesse segundo episódio, Héstia continua impressionada com a evolução de seu único seguidor. Ela tem certeza que é por causa da habilidade incomum que ele possui (e eu tenho certeza que é cheat), que permite a ele evoluir rapidamente enquanto estiver focado em algum tipo de sentimento, se entendi. Isso deixa Héstia com ciúmes, afinal isso é resultado dos sentimentos do Bell pela Aizu, a poderosa espadachim da família Lóki, mas mesmo assim ela está determinada a ajudar Bell até o fim. No primeiro episódio ela foi tão atirada que ficou óbvio que a Héstia nutre sentimentos românticos pelo Bell, mas nesse episódio o cuidado e o carinho dela poderiam muito bem passar por amor materno. Faz sentido, como deusa grega do lar. No episódio anterior ela parecia uma amante ciumenta, já nesse ela parece mais uma mãe superprotetora que está preocupada com seu filho conforme ele começa a se afastar de casa. Ela está até mesmo preocupada (provavelmente com razão) que outros deuses tentem recrutar Bell em virtude de sua habilidade e rápido crescimento. Por isso ela continua guardando apenas para si a habilidade rara que permite a ele crescer assim.
O Bell em si não fez muito nesse episódio, que foi dedicado aos esforços da Héstia para conseguir uma arma poderosa para ele. Bell passou boa parte do episódio vagando pelo mercado babando em cima de equipamentos que não pode comprar pois é pobre demais. Mais razão ainda para Héstia buscar conseguir uma arma para ele. E por isso (e para levar comida para casa em uma marmita, acredito) Héstia comparece a uma festa só para deuses. Lá, ela queria encontrar a deusa Hefesto (sim, o deus grego do fogo e da metalurgia virou uma deusa caolha, em comparação ao manco original; acho que animar um personagem manco dá mais trabalho e ela não pareceria tão bonita). Antes de morar em escombros com Bell, Héstia morava de arrimo na casa da Hefesto, até que foi expulsa de lá. Parece já ter pedido dinheiro emprestado também. Hefesto desconfia de Héstia assim que ela diz querer pedir um favor, e se mostra relutante em ceder, mas no final acaba aceitando ajudar.
Mas antes, mais detalhes sobre a festa. Lóki apareceu por lá, e é mais alta que Héstia (bom, todos os deuses que apareceram até agora são mais altos que Héstia) mas quase sem peitos. Por algum motivo, Lóki não vai com a cara da Héstia e, diz ela, foi à festa bem vestida só para zombar da pobre (literalmente) Héstia, que não ficou atrás e zombou Lóki pelos peitos pequenos, e as duas brigaram, para a alegria de Freia (a deusa nórdica da beleza e da fertilidade) que aparentemente foi lá entre outras coisas só para assisti-las. A caracterização de Freia como uma deusa maligna me incomoda, pois deuses malignos ou rígidos não faltam, muito menos entre os nórdicos, mas a Freia é normalmente retratada como uma deusa boa. Enfim, causa estranhamento. Não estou dizendo que Freia seja maligna apenas por ter ido assistir duas antigas rivais brigarem. Quero dizer, não é todo mundo que se diverte com isso, mas apenas gostar de ver pessoas brigando não define o caráter de ninguém (pagamos para assistir pessoas se baterem em arenas, não é?). No final do episódio uma deusa encapuzada que não ficou claro a primeira vista mas que já era óbvio que era a Freia conversa com Lóki sobre roubar o herói de outra deusa, e sabemos que ela está falando de Bell, e depois ela solta um monstro poderoso na cidade para derrotar Héstia. Podemos concordar agora que ela é maligna?
Enfim, Héstia se prostrou durante muito tempo na festa e no escritório da Hefesto, que não entendia o que era aquilo porque afinal prostrar-se para implorar algo é um costume japonês, não ocidental, mas o contexto e a explicação de Héstia, dizendo que aprendeu aquilo com uma divindade japonesa, foram suficientes para Hefesto entender. E no final ela aceitou fazer uma arma personalizada para Bell, Héstia ajudou e ficou devendo sei lá quanto para a ferreira. Aproveitando o gancho da prostração, acho divertido como o anime não exatamente quebra a quarta parede, mas dá explicações meta para coisas aparentemente sem sentido na história. Héstia, uma divindade grega, se prostrou? É porque ela aprendeu isso com um japonês. Nesse mesmo episódio … o Bell fez alguma coisa que eu me esqueci completamente. Estou há mais de uma hora tentando lembrar, assisti o episódio inteiro de novo, li sobre Dungeon na internet, fui assistir outra coisa pra aliviar a cabeça, mas não teve jeito, não me lembro. Me desculpe, por favor.
Enfim, para libertar o monstro, um tipo de gorila gigante feroz com uns equipamentos legais na cabeça, Freia parece definitivamente ter usado poderes especiais. Ela desacordou todo mundo pelo caminho, e depois colocou na cabeça do monstro a ordem de atacar Héstia. Não duvido que ela tenha usado seu poder divino para isso. No final do episódio Bell tranca Héstia para tentar salvá-la, mas ele já está desarmado contra um oponente muito mais forte. Me pergunto se Héstia também usará seu poder divino para ajudá-lo. Bom, ela tem a faca né? Adequadamente chamada de Faca de Héstia (e parece que esse é também o nome do próximo episódio). No geral, Dungeon tem sido mais um anime da Héstia do que do Bell. É ela quem vemos se esforçar, é ela que tem um objetivo bem definido (conquistar o Bell). O Bell aparece pouco, sabemos que ele se esforça mas sequer vemos isso na maior parte do tempo (e ele ainda tem uma habilidade roubada que faz ele evoluir mais rapidamente, tornando seu esforço menos valioso), e os objetivos dele são meio nublados também. É conquistar a Aizu, que ele só viu poucas vezes e não conhece direito? É ficar mais forte? É proteger sua família (a Héstia)? Mas não me importo, gosto da Héstia. Por mim pode continuar sendo um anime dela até o fim que está tudo bem comigo. Vou sempre torcer por ela, de todo modo.