Mangá vs Anime – Grand Blue – O que acontece depois do anime e por onde começar
Seguindo outros artigos dessa coluna, a obra a ser tratada dessa vez é Grand Blue. Publicada desde 2014 na revista Good! Afternoon (Ajin, Hanebado!, etc), a obra conta com 12 volumes em japonês e uma adaptação para anime com 12 episódios do estúdio Zero-G (Tsugumomo) que foi transmitida no ano de 2018. Neste artigo eu irei comentar um pouco sobre a adaptação, alguns acontecimentos que se passam depois daqueles que ocorreram no anime e claro, sobre o ponto de onde se deve começar. Sim, terá spoilers, mas não ao ponto de estragar sua experiência ao ler.
Particularmente, eu imaginava que o anime havia adaptado boa parte do material original, e estava redondamente enganado. Grand Blue é um mangá mensal e obviamente a quantidade de material adaptado difere de uma obra semanal. Dito isto, o anime adaptou até o capítulo 21.5, ou seja, foram 5 volumes adaptados. Desde então a obra ganhou 7 novos volumes (talvez 8) e atualmente se encontra na casa dos 50 capítulos (em português), ou seja, o anime não adaptou nem metade do que a obra possui no momento.
E sim, não foi exatamente uma adaptação fiel, porém acabou sendo até melhor por conta de adições e alguns cortes mínimos. Uma dessas adições é bem fácil de identificar pois acaba sendo o último capítulo adaptado, o capítulo 21.5, que foi introduzido no episódio 8 junto do capítulo 14. No mais, a adaptação foi muito boa e, no geral, o anime foi bem legal pois conseguiu trazer o clima presente no mangá e todas as piadas que temos no original, tudo isso com adições pontuais e uma direção interessante e experiente no assunto, tudo o que poderíamos esperar de um diretor que trabalhou em ótimas comédias.
Mas e depois, o que aconteceu no mangá?
Pois bem. É triste informar isso, mas talvez o melhor arco da obra vem logo em seguida dos eventos do anime. O arco da infiltração na faculdade feminina é simplesmente sensacional e traz um amontoado de situações malucas, novos personagens relativamente importantes e um desenvolvimento interessante envolvendo os “figuras” principais da obra. Do começo ao fim ele é frenético com vários planos frustrados de Iori e cia para que no fim eles consigam uma pequena vitória, muito aquém daquilo que eles esperavam.
Após isso também começamos a ter conhecimento sobre a vida do Iori, sua irmã mais nova e a pousada que um dos dois terá que assumir. Mas como se não bastasse, algumas informações bem importantes foram jogadas também, como por exemplo a relação do Iori com a Nanaka e a Chisa não ser sanguínea (o pai dele é adotado). Essa parte acaba sendo bem interessante por conta dos novos personagens inseridos e sua importância no decorrer da história.
Isso tudo sem contar certos ocorridos que causam um certo impacto na relação de alguns personagens. E quando eu me refiro aos personagens, “falo” principalmente do Iori e da Chisa, que passam por poucas e boas. Ah, e um detalhe curioso é que nem todos os arcos são 100% só alegria por conta da iminente saída dos veteranos, afinal, eles estão na reta final da faculdade e precisam começar a se preparar para a vida fora da faculdade, isso sem contar as últimas obrigações da mesma. Essa parte fica situada perto dos capítulos finais e há uma boa dose de “drama” que, junto da comédia, acaba sendo uma boa adição.
No fim, eu realmente espero que a obra tenha uma sequência, pois ao menos material tem de sobra. Inclusive, eu diria que tudo o que vem depois do anime é melhor e gostaria muito que o mangá viesse para o Brasil.