Dúvida sanada e princesa descoberta, o Keiki agora fica com a missão de escolher em que lado ficar, aceitar a não irmã como uma pretendente em potencial, ou ficar na mesma – e eu prefiro – como bons e amáveis irmãos unidos.

Apesar de esperar bem pouco, dada a situação atual, o encerramento foi bem divertido e trouxe alguns elementos bem legais para concluir de forma bacana, uma história que foi dada como “lixo” e pra mim acabou sendo um “luxo”.

Depois do que aconteceu, eu esperava que o episódio fosse bem mais chato no quesito “tempo de tela da Mizuha”, porém acabou sendo bem eficiente em trabalhar ela juntamente com as outros personagens, não deixando que eles ficassem sem utilidade no momento crucial do anime.

Acredito que talvez a falha mais fraquinha tenham sido os flashbacks do casal de irmãos, que tiveram uma certa repetição e esticamento desnecessário, mas no geral posso dizer que as coisas fluíram bem.

O início foi um “bait” muito safado, explorando um fato óbvio que eu venho cantando desde os primórdios: não importa o quão legais sejam as outras, o Keiki prefere descaradamente a Sayuki. Com isso só posso confirmar que ele tem bom gosto, uma pena que o sonho desandou – por causa “dela” e do lado racional dele.

O problema entre o protagonista e sua irmã até que teve um desenrolar interessante, pois o rapaz de fato leva a sério suas próprias convicções e acho que isso é legal, no sentido de que ele não é o tipo de cara que só vai sendo arrastado pela maré – o que o levou a fugir temporariamente de casa para pensar. Entendo e concordo bastante com as reflexões que ele faz, até porque essa questão do “incesto” movimenta bastante histórias do gênero.

Sempre me questionei por que todo romance que tem uma irmã, precisa sair com ela vitoriosa. É sério mesmo que nenhuma mulher é melhor do que aquela que cresceu com você como parte da sua família, com um amor fraternal, mesmo sem o seu sangue?

Ok, que a questão cultural dos relacionamentos lá é completamente diferente da nossa, e nesse sentido eu entendo o funcionamento das histórias, mas por que elas sempre precisam criar esse dilema e ainda ganharem?

Como o protagonista coloca, é difícil você traçar um elo familiar com a pessoa e de repente ela querer desfazer, apenas porque a ligação sanguínea não existe. E acho que o mais chato disso tudo, é que muitas vezes isso se resolve com uma atração que brota do além, apenas para que os sentimentos da dita cuja sejam correspondidos, e as outras que estavam indo bem fiquem chupando dedo.

Eu vejo da seguinte maneira: se antes a relação com sua irmã nunca te moveu, ou te fez se apaixonar genuinamente – como acontecem em histórias que trabalham incestos reais -, porque cargas d’água isso tem que mudar apenas com a coisa do “não somos irmãos de sangue, então a lei permite”? Sinceramente, é um argumento usado em muitas obras, que pessoalmente não engulo e acho tosco.

Enfim, voltando para o episódio, o Shoma ganhou pontos por estar cada vez mais próximo da fofa Koharu – a cena dos ciúmes foi nota 10 – , e perdeu por indiretamente incentivar o amigo a aceitar o amor da irmã boazinha numa boa.

Durante alguns flashbacks, a Mizuha ainda consegue arrancar compaixão  e afeto de mim, pela situação que vivenciou cedo, ao perder os pais biológicos num acidente que a levou até a família do Keiki.

Em suas reflexões, ela tenta justificar seus motivos para se apaixonar, e num plano geral eu consigo compreender o sentimento dela, mas estou do lado do Keiki justamente pelos motivos que coloquei antes ~~e pelo pessoal~~.

Ainda assim, esquecendo um pouco meu ranço com imoutos, acho ela bem chatinha pelo jeito insosso, sonso – como também já disse antes – e por ter se mostrado mais grudenta do que já era, faltando espaço pro Keiki.

Nisso ela perde para as outras, que mesmo com suas loucuras também tem suas ocupações e deixam ele respirar um pouco mais. Falando nas garotas, a Nanjou é uma das que mais cresceu no meu conceito, se tornando uma forte candidata ao posto de namorada.

As interações dela com o Keiki são bem equilibradas, normalmente eles se incentivam bastante e o senso de camaradagem entre eles ajuda ainda mais – foi bonitinho ver ela corar com o beijo indireto, enquanto ele não percebia e continuava contando seus problemas.

Esse último momento também usa um Keiki doente para reforçar uma característica do harém que eu apontei: a relação de amigas e rivais. É legal ver que todas, mesmo tendo a competição acirrada, sabem se comunicar bem, competindo de forma saudável e dando um up maior na qualidade do grupo enquanto pessoas boas de verdade – o que também é reconhecido pelo rapaz durante sua imersão em pensamentos sobre elas.

No mais só posso dizer que saí satisfeito com os resultados gerais, o trecho do encontro “forçado” foi “desnecessauro” bem verdade, mas gostei das lembranças infantis deles, em mais uma prova de que eles combinam perfeitamente como irmãos. Cabe agora a Mizuha, um dia aceitar a realidade e seguir adiante – o que não deve acontecer tão cedo, já que o jogo de sedução dela só se intensifica.

Felizmente o protagonista se manteve firme no propósito de manter a garota na sua condição de irmã, e para minha alegria, ela finalmente se mostrou a sonsa pervertida que sempre foi, ajudando na decisão dele – até porque estava na hora dela entrar em pé de igualdade com as demais e melhorar sua personalidade de mocinha novelesca padrão.

Bom, me despeço aqui dessa série tortamente divertida, torcendo para que o Keiki consiga escolher a melhor no meio das moicanas e quem sabe um dia, HenSuki ganhe uma nova temporada para me mostrar isso.

Agradeço a quem me acompanhou e até o próximo artigo!

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