The Saint’s Magic Power is Omnipotent – A heroína super poderosa e injustiçada – Primeiras impressões
A história de The Saint’s Magic Power is Omnipotent – ou Seijo no Maryoku wa Bannou Desu -, gira em torno de Sei, uma jovem que é transportada subitamente a um mundo de fantasia, para se tornar a santa protetora daquele lugar em tempos de perigo. Como ela vai se adaptar ao seu novo destino e o que podemos esperar das suas aventuras?
Bom, o episódio começa de uma forma curiosa, pois ao ser invocada a protagonista misteriosamente não chega sozinha e por alguma razão bizarra do universo, junto com ela é trazida uma outra garota que automaticamente foi intitulada como santa, papel esse que obviamente não lhe cabe – ou pelo menos parece que ainda não.
A Sei chama a atenção por ser uma mulher mais pé no chão, ou como eu João costumo dizer, ela é uma mulher “da terra”, realista e prática. A forma que encara toda a nova situação – mesmo com alguma estranheza -, deixa bem claro a sua firmeza de personalidade, assim como também as suas vulnerabilidades e é bom que isso nos seja entregue para que fique mais fácil entender o modo como ela reage e enxerga as coisas.
Nas poucas cenas em que vemos a moça antes de sua mudança, é perceptível que ela é uma pessoa simples, cuja beleza real se esconde por trás do seu jeito mais discreto e um tanto desleixado. Com isso, após a “calorosa” recepção do príncipe e parte dos seus súditos, a feição dela pontua as feridas que ela aparenta ter em relação a si mesma, sua aparência e qualidades, algo natural de uma pessoa que é frequentemente comparada a outras que são mais bonitas, falantes, bem arrumadas e etc.
Mesmo aborrecida inicialmente – e com razão – foi muito bom como ela rapidamente decidiu virar as coisas ao seu favor e se desfez de quem pouco se importou com sua presença ali. É engraçado pensar que justamente aquele que mais lhe devia educação, foi o que menos soube usar essa virtude, cabendo aos empregados do palácio mostrarem cortesia e amabilidade.
Por ter essa personalidade mais objetiva, a Sei é alguém interessante de se assistir, já que ela busca o caminho do que lhe agrada, pode lhe fazer crescer e lhe tornar útil naquele novo cenário. Observando esse comportamento, conseguimos enxergá-la muito próxima de figuras como a Shirayuki (Akagami no Shirayuki-hime), que não só na mentalidade centrada e focada, como também na questão da profissão de herbalista que ambas escolheram, acabam se tornando muito parecidas – exceto pelo poder extraordinário extra da Sei.
A turma do instituto de pesquisa é bem simpática e consequentemente, pessoas necessárias depois do desprezo que a protagonista era obrigada a engolir no palácio. É destacável aqui a posição do chefe, pois nas cenas finais, percebemos que ele se preocupou em preservar a real identidade da moça, como forma de protegê-la por conhecer bem os nobres gananciosos e convenientes daquele lugar – proteção particularmente necessária para alguém com os poderes mágicos dela.
Falando nos últimos momentos, ficou legal a forma como frustraram nossa previsão no instante em que a Sei salva o comandante do exército da morte certa. Normalmente quando acontece algo similar ao que aconteceu com o rapaz, é de se imaginar que talvez quisessem romantizar as coisas e ela fosse dar a poção a ele diretamente pela boca dela, mas a cena foi melhor do que esperávamos e ela praticamente só largou um: “bebe logo isso, pô!” – e provavelmente aqui ele “renasce”, se é que nos entendem.
No geral acreditamos que essa história tem muito potencial conforme for desenvolvendo esse novo mundo e o crescimento da Sei, o plot romântico também é um plus – como também foi na outra obra que citamos antes -, mas pessoalmente esperamos que não falhem com a base, que é a garota e esse lugar mágico.
Não dá para dizer se esse seria exatamente um ponto negativo, mas a estreia fez pequenos saltos de tempo para tornar a introdução mais dinâmica. Consideramos isso uma faca de dois gumes, pois ao passo em que isso não prejudica o ritmo e a compreensão geral – especialmente de quem não leu o original, como o Flávio e eu -, podem haver coisas que se não devidamente exploradas ficam rasas, ponto ainda tranquilo até aqui já que temos outros episódios para trabalhar.
A produção merece elogios pois está redonda e bem feita, a trilha sonora é boa, a animação belíssima para o que o estúdio Diomedéa costuma entregar, então só nos resta torcer para que eles tenham o controle sobre o material da obra e façam uma boa adaptação a partir de agora.
Esse é mais um dos animes que a dupla João e Flávio decidiu comprar, portanto a nossa expectativa é que seja gratificante acompanhar a evolução da Sei e seus companheiros, dentro dessa atmosfera mais serena que é proposta.
Obrigado a quem leu este artigo conjunto e nos vemos no próximo!