Ore Monogatari – Ep 15 – Aos olhos do amor…
[sc:review nota=4]
Este foi um momento cheio de surpresas! Pro Takeo, pra Yamato, pro Suna, pra garota nova (eu já disse o que penso de personagens novos), e pra quem tá assistindo ao anime. Tá certo que seria meio improvável que Yamato e Ai fossem as duas únicas garotas em 15 anos que houvessem se interessado por ele, mas vamos admitir que uma rival no amor era uma das últimas coisas que esperávamos que rolasse nessa história, né? Ainda mais com o ritmo que ela andava seguindo. Mas ahh, qualquer coisa pode ser alterada para o rumo que o autor quiser, e em geral para isto é preciso apenas de um bom novo personagem. Seja bem vinda, Mariya, e já adianto minhas desculpas pelo que acontecerá com você.
Takeo não é desejável. Não estou sendo cruel, até porque se ele fosse um pouco mais esperto seria o meu tipo, a frase veio dele mesmo e de anos e anos de rejeição. Na verdade, essa afirmativa meio que é o bordão do episódio todo, já que a sua muy apaixonada chica ainda não se tocou de que concorrência não será um de seus maiores problemas. Já que para ela o cara é tão lindo e perfeito e forte e gostoso e sensual, então nada mais natural do que achar que o mundo inteiro concorda com você, né? Né não. Yamato já deveria ter percebido através de suas amigas que Takeo não é um cara lá muito atrativo para a maioria das garotas à primeira vista e, mesmo que seja o cara mais legal do mundo, isso não basta pra ser um bom partido. Ele precisa passar isso em sua cara diversas vezes pra que ela enfim entenda que não tem inimigas querendo roubá-lo por aí. E tava tudo lindo, tudo maravilhoso, até uma das melhores corredoras da classe do Takeo torcer o tornozelo pouco antes de um evento esportivo. E o que isso tem a ver? Tudo, oras!
Takeo é bom na maioria das atividades físicas, mas é tão natural pra ele que não percebe que as demais pessoas não são como ele. Daí ele se surpreender quando a namorada confessa não correr muito, e daí ele estranhar que a substituta de seu time seja tão devagar (ela me lembra a mim mesma no ensino médio). E é essa percepção que ativa seu lado gentil e causa o prelúdio da confusão: obviamente ele se dispõe a ajudar Mariya a treinar e ser mais rápida, e quem acha que um tempo a sós é o bastante pra qualquer um se afeiçoar a esse armário ganhou um sanduíche de sorvete. Ela não passa de uma garota comum que se sente um peso pros seus colegas, então ter um cara a apoiando e elogiando como ele faz é meio que irresistível. Se torna cômico quando o método de treinamento escolhido é que ele a persiga por toda a escola (mas heim?), deixando esse lado de medo misturado com paixão meio difícil de engolir quando se pensa bem, mas afinal, desde quando este é um anime pra se pensar?
Ok, ela está se apaixonando, e é claro que seu alvo não saberá disso a menos que ela diga na cara dele, o que é só questão de tempo. Saber que ele tem namorada parece intimidá-la um pouco, mas não a ponto de desistir. Suna já sentiu o clima no ar e tentou fazer a sua parte pra diminuir os danos, como fazer com que os dois passem menos tempo juntos, mas ela recusa – deve ser a primeira vez que uma garota recusa veementemente ser “mimada” por Suna pra ficar perto de Takeo, fico louca de curiosidade pra saber se a reação dele seria outra caso ele fosse solteiro. A coisa fica realmente divertida no fim do evento: Yamato, após muito pensar sobre como “estabelecer posse” sobre Takeo, resolveu optar pelos clássicos pingentes de celular combinando. Lindo, mas uma pena que minutos depois Mariya dê a ele uma toalha de rosto. Na frente dela. Sem nenhum pudor. E é a primeira toalha de rosto que o Takeo tem na vida. Isso meio que tirou totalmente o impacto do presente anterior. “Ah, mas ela não sabia que ele tinha namorada até aquele momento.”, sim, só que quando ele apresentou as duas o natural seria que ela desse uma desculpa qualquer e fosse embora, mas a garota seguiu com o plano original e nem ligou pra quem tava ao redor, o que sugere uma personalidade e determinação fortes. Mais do que eu previa, até. Inclusive quando se pensava que ela enfim iria de declarar, ela pede para ser sua discípula. Até daria para acreditar nisso, considerando o que acontecera e talz, mas a expressão de felicidade dela no finalzinho não é a de quem arranjou um mestre. Aí tem coisa, mas só saberemos mais à frente. Por agora, nos resta esperar pra ver de que forma (divertida) a nossa pequena garota irá marcar seu território em cima de seu homem. Finalmente veremos o tão esperado beijo? ~na expectativa~