Sailor Moon Crystal 3, Twin Star Exorcists, Netgame no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta – Primeiras impressões
Sexto artigo de primeiras impressões da temporada de abril de 2016, mais três animes, totalizando dezoito animes sobre os quais já escrevi. Os artigos anteriores foram sobre:
- Mayoiga, Terra Formars Revenge, Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu
- Jojo’s Part 4: Diamond is Unbreakable, Kuma Miko, My Hero Academia
- Endride, Ushio to Tora, Gundam Unicorn RE:0096
- Bakuon!!, Joker Game, Seisen Cerberus
- Age 12, Bungou Stray Dogs, Unhappy
Nesse artigo compartilho minhas primeiras impressões sobre a segunda temporada do retorno do clássico anime de garotas mágicas, Sailor Moon Crystal 3, um anime de ação sobrenatural com personagens cativantes e uma dimensão paralela com arte de encher os olhos, Twin Star Exorcists, e uma comédia que eu não esperava que fosse mas é harém, Netgame no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta. E eu acabei de digitar tudo isso, juro que não copiei!
Sailor Moon Crystal 3, episódio 27 – Um bom recomeço, melhor ainda para os fãs
Houve muitas críticas sobre a primeira temporada (e a segunda também pela numeração oficial, embora tenham sido contíguas) de Sailor Moon Crystal, e virtualmente nenhum aspecto do anime saiu ileso. Alguns criticaram logo de cara o novo character design antes mesmo do anime estrear, muitos outros criticaram as sequências de transformação animadas em 3D, alguns criticaram por ainda não ser exatamente como o mangá apesar dessa ter sido a promessa, e outros que perderam essa promessa ou a ignoraram mesmo criticaram por não ser como o anime da década de 1990. Eu confesso que li o mangá já faz algum tempo, e como são meios diferentes com ritmos diferentes eu não sei dizer se realmente o problema foi ter ficado “diferente”, mas o que me incomodou foi a falta de ação no anime e a previsibilidade da pouca ação que teve. Depois de unir todas as sailors, basicamente cada novo arco seguia o modelo: aparece um vilão, inicialmente as sailors conseguem lutar contra ele ou não, o que importa é que eventualmente são derrotadas, todos choram muito, a Usagi é uma inútil, o vilão da vez é de alguma forma derrotado ou vai embora sozinho; na batalha final as sailors invadem a base inimiga (ou já estavam lá sequestradas em primeiro lugar), todas são inúteis e são derrotadas, a Usagi chora muito e de alguma forma vence no final. Não sei o quanto disso veio assim do mangá e o quanto é de mudança do anime, mas essa foi a minha crítica.
Essa terceira e derradeira temporada anima o melhor arco de Sailor Moon do mangá, e pelo menos no começo parece que acertaram em tudo: a arte está mais bonita, as transformações não são mais em 3D, e, bom, o roteiro está melhor porque no mangá é melhor mesmo, mas reconheça-se que a forma como ele é adaptado e dividido em episódios no anime é mérito da produção do mesmo, e esse primeiro episódio acertou em cheio. Ainda assim, pode soar bastante datado para quem nunca teve contato com a obra original e acha o formato de Sailor Moon superado hoje em dia, além de parecer infinitos os quatro minutos que duram as sequências de transformação de todas as sailors. Mas se isso pode ser incômodo para os novatos, para os velhos fãs é sem dúvida o ponto alto do anime. Eu gostei bastante.
Twin Star Exorcists, episódio 1 – Divertido e bonito
Assim que começou o episódio de Twin Star Exorcists eu já notei seu character design peculiar. Não é como se fosse algo completamente novo, mas foge um pouco da média e é muito interessante e bonito. Bom, eu gosto de animes que tentam se diferenciar já pelo traço, e sem dúvida é o caso em Twin Star Exorcists. Baseado em mangá do mesmo autor de Binbougami Ga, que tem um traço bastante padrão (mas competente), eu não esperava algo diferente assim. Surpresa positiva!
A história é o que a sinopse já dizia, um garoto filho de uma família de exorcistas que não quer ser exorcista apesar do grande poder que possui, e uma garota igualmente de família de exorcistas que também possui um grande poder e que quer ser exorcista mesmo. Supostamente eles competirão por causa de seus níveis de poder, mas isso ainda está para ser visto, nesse episódio o garoto por muito pouco não passou sem fazer um exorcismozinho sequer. Claro que ele fez um no final, ajudando a garota, e isso me preocupa ligeiramente porque deu a entender que ele é mais poderoso do que ela, e aí ok, mas ele pode também ser muito mais poderoso do que ela e com isso acabaria salvando-a com mais frequência, o que tornaria a história desequilibrada e chata. Só primeiro episódio contudo, não dá para deduzir isso ainda. Ele pode ter parecido tão mais forte apenas por sorte: a garota já havia lutado bastante (contra o mesmo monstro que o garoto derrotou e com vários outros antes) e estava enfraquecida e cansada naquele momento. Enfim, o detalhe mesmo é que há uma explicação para o garoto não querer ser exorcista e não é apenas rebeldia adolescente: ele tem um trauma de uma ocasião em que foi o único que restou vivo. Suponho que isso possa ser mais detalhado no curso do anime.
Eu estou aqui escrevendo “garoto” e “garota” sem dizer os nomes deles, que desleixo, hehe. Ele se chama Rokurou, e ela Benio. E se falei do aspecto visual no começo, termino falando dele de novo: Rokurou, Benio e todos os exorcistas enfrentam os monstros chamados Kegare (“impureza” em japonês, acho) no espaço paralelo em que eles vivem chamado Magano. Os kegares sequestram pessoas e as levam para o Magano, onde, creio, as devoram ou algo pior. E no Magano o estilo artístico muda bastante, é um lugar mais sinistro, assustador, e a ação que ocorre nele certamente está recebendo o grosso dos recursos destinados à animação. Um dos melhores animes de ação da temporada.
Netgame no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta, episódio 1 – Nomes grandes escondem histórias pequenas
Ou história nenhuma, pelo menos por enquanto. Quero dizer, ok, o anime me “surpreendeu” porque eu não esperava que ele fosse ser um harém, mas aí está, é um harém. Surpresa negativa, mas certamente uma surpresa. O personagem mais verossímil (ou talvez seja mais preciso dizer menos inverossímil) é o protagonista, o que talvez seja bom. Digo, cansei de haréns com protagonistas que ou são bizarros ou não são nada. O Hideki pelo menos é alguma coisa, e tal coisa pode se passar por um estudante colegial normal.
Isso, claro, só serve para contrastar com as garotas. A principal, Ako, é uma garota grudenta que decidiu se “casar” dentro do jogo com o protagonista sabe-se lá por qual razão e continua grudada nele fora do jogo. Tudo bem, ela é super tímida e evita contato social com qualquer pessoa, mas ela não está indo rápido demais? Eu já fui administrador de um jogo online e, para quem não sabe, não acredita, nunca viu, devo dizer que é sim razoavelmente comum que casais se formem dentro do jogo e depois se tornem casais na vida real, mas nunca em tempo tão recorde, nunca sem que as partes tenham conversado ainda online mas já fora do ambiente do jogo, nunca sem que tenham pelo menos trocado fotos. Tudo bem, tudo isso pode entrar para a conta da conveniência do enredo e a Ako, nesse aspecto pelo menos, é quase aceitável. Ainda falta explicar como alguém normalmente tão anti-social consegue se agarrar com tanta paixão a um desconhecido. Bom, se me lembro bem, parece que essa era a peculiaridade dela, não é? Não conseguir distinguir mundo real de mundo virtual.
As outras garotas são piores. Tem a colega de classe tsundere (apenas tsun, segundo o protagonista, mas todo mundo sabe onde isso vai dar, né?), que é uma hipócrita que vive criticando o Hideki por se gabar de ser um otaku sendo que ela própria também é uma, pelo menos de games. Ela rejeitou o pedido de namoro de um garoto bonito e popular apenas porque namorando teria menos tempo para jogar, afinal. Ou então ela critica ele porque se envergonha de si mesma? Ou então ela critica ele porque (que reviravolta!) gosta dele? Isso também explicaria porque ela rejeitou o outro garotão. E tem a presidente do Conselho Estudantil, que segundo ela própria também é anti-social. Como ela chegou a presidente do Conselho Estudantil sendo anti-social em primeiro lugar? Por que ela não parece agir como anti-social em momento algum, exceto quando faz coro à Ako e as duas criticam a tsundere porque ela é “normal”? Enfim, Netgame não me parece especialmente engraçado, especialmente inovador, especialmente nada. É bem mediano em tudo. Assista por sua própria conta a risco.
Kondou-san
Excelente matéria Fábio, quanto à nova série de Sailor Moon Crystal 3 não tenho grande coisa a dizer (ainda sou daqueles que prefere a versão antiga, fazer o quê) a série antecessora desta não me agradou, chegou a passar na tv aqui em Portugal, e sinceramente não foi grande coisa, podiam ter dobrado (dublado) para português tanto as falas como as músicas como fizeram com a série antiga que teria feito mais sucesso.
Quanto a Twin Star Exorcists, foi uma boa surpresa, nunca esperei de uma qualidade minimamente decente do estúdio Pierrot, mas como tudo na vida, à sempre uma primeira vez. Gostei bastante da arte e dos personagens principalmente da heroína, que fala pouco mas tem uma grande presença, quanto ao herói é mais ao menos o protagonista padrão que deixa de fazer determinada coisa e passa a odiar essa coisa, por algum acontecimento traumatizante do seu passado.
Já Netgame, o que dizer gostei bastante (principalmente a primeira parte), eu como gamer que sou já passei por algumas situações demonstradas neste anime, um dos melhores momentos é a parte do Master da guilda gabar-se do seu equipamento premium (não à nada pior que numa partida online e calhar-nos um tipo destes na partida) e por experiência própria neste tipo de games há muitas traps (principalmente tipos que põem nicknames com nomes de personagens femininos e que se põem com conversas sem jeito nenhum no chat). Em dez anos de vida de gamer, só joguei 4 partidas com garotas gamers (são raras mas existem). Gostei bastante da Ako, acho-a um personagem bem interessante, O Rusian fez-me lembrar quando eu escolhia a class tank nos mmorpgs, quem se lixava sempre era o player da classe tank, quantas vezes não morri ao jogar com noobs na equipa.
Boa continuação na escrita de novas matérias, ansioso pela matéria de Kanbaneri.
Fábio "Mexicano" Godoy
Achei a primeira temporada de Sailor Moon Crystal bem chata também. Essa começou com uma arte melhor, o que já é alguma coisa, a história ainda vamos ver, mas o último arco do mangá é o melhor, então potencial tem.
Twin Star Exorcists pareceu um bom anime de ação padrão, com personagens divertidos e uma arte um pouco diferenciada. Quero mais =)
E acho que a parte game de Netgame ficou bastante fiel mesmo. Bom, uma caricatura, mas uma caricatura fiel. Não me interessei tanto assim, contudo, e a parte fora do game não me agradou até agora.
Obrigado pela visita e pelo comentário, volte sempre =)
Ponkan
unica coisa que gostei no netgame foi a Ako, Twin Star Exorcists tá com cara de anime clichê porem legal, to acompanhando ,e sailor moon…. dispenso
Fábio "Mexicano" Godoy
Eu não gostei nem da Ako =D
Twin Star é um clichê bonito e, até agora, bem executado.