Gate – ep 7 a 9 – Será!?
“Talvez o capitão já esteja morto.” Com aliados assim, quem precisa de oponentes? Bem, isso nada mais é que um alívio cômico inicial de um dos animes mais especializados nesse tipo de coisa (se você está aqui, obviamente sabe que estou falando de G.A.T.E., assim como deve estar ansioso pela análise dos próximos episódios). Então, Ikou!
Ao longo do sexto episódio um propósito muito claro se eleva diante dos meus olhos: zoar muito o protagonista. A mulher da equipe realmente não botava a mínima fé no cara (rsrs); as misturas de orelhinhas de gato (cobras e coelhos?!) com uniforme de empregada. O conde é realmente liberal e eclético.
O plano de incursão/resgate é um bom referencial do potencial da elfa, que convenhamos, estava servindo de mero fan service ou apoio. E tudo culmina com outro grande encontro representativo na obra: mostrar elementos moe cultuados pela cultura otaku como corriqueiros nesse novo mundo de descobertas e interações. Com muita comicidade, que fique claro. Então, envolto em muitos desentendimentos e fotos: a tapa! HAAAAAA!!! O orgulho da segunda filha da casa Palestea fica evidente na forma de cinco dedos.
Escolher a maga para encabeçar o diálogo sobre as diferenças militares foi uma escolha sábia: mantém a dicotomia ciência e magia ativa ao mesmo tempo em que permite que elas dialoguem livremente (a troca de conhecimentos e informações), numa espécie de miscigenação (mais ou menos saudável a depender do momento) que tem sido uma das principais propostas de intenção do autor.
Pouco depois, o esboço de vilão ensaia alguma coisa bem cafona. Confesso que poderia ter algo bem mais tangível e urgente para colocar nessa posição! Esse carinha não representa quase nada que um conflito digno deve trazer consigo.
Quantos papeis são necessários para que uma elfa, uma princesa e uma guerreira de um mundo paralelo, cuja comunicação com o nosso se deu por um portal aleatoriamente aberto no Japão e envolto em tanto sangue, consigam tirar um CPF do nosso lado? Bem, essa é a pergunta que fica em nossa mente quando decidem trazê-las para o lado de cá.
Mais alívio cômico. Está começando a ficar um pouco repetitivo e forçado. Mas logo a trama volta para seus propósitos e a incursão prossegue sem problemas, e muitos diálogos interessantes e representativos da interação mais factual agora entre os dois mundos.
A forma como conduziram a interação deixou bem clara a burocratização e normatização da situação. Foi interessante e revelador. Conseguiu trazer mais metassimilhança à obra de maneira natural. A intermediadora da reunião não poupou problematizações e expressões bizarras, e por um momento eu realmente me senti em algo próximo de How to Get Away With Murder.
E a progressão da cena é igualmente interessante. A loli gótica encabeça a argumentação em defesa do esquadrão e novamente a comédia retorna (dessa vez bem colocada e inovadora). As negociações (bilaterais) se encerram e os flashs começam a dar forma aos vultos e conjecturas sobre os seres do outro lado.
O descobrimento das coisas cotidianas do nosso lado se mistura com momentos de caracterização e desenvolvimento das personagens e de seus passados e medos, e só me aponta a qualidade e a maturidade do autor em conseguir realizar cenas aparentemente tão leves e simples, mas abrangendo funções tão complexas e bem desenvoltas. Eu não consigo me estressar por muito tempo com algo dessa qualidade! É muito bom!
Então: ele tem uma ex-esposa!!!???
Com o detetive (a provável fonte dos vazamentos) literalmente fora de ação, podemos entender um pouco mais a mulher que se casou com alguém como esse protagonista. Dessa forma, o anime adentra ainda mais em outro nível de profundidade temática abordável: a dinâmica de relacionamentos/casamentos e separação, algo bem estranho no Japão (sobretudo algumas décadas atrás).
Mais temas! A leveza momentânea da obra se confunde com momentos de pura reflexão.
Mais banhos termais (a forma oficial do anime de desenvolver personagens com diálogos e caricaturas). Do outro lado do espectro da trama (a geopolítica), a discrepância entre escândalos e interesses começa a esboçar um conflito que promete me atrair mais.
Pelo retorno do bom timing cômico e por um desfecho tão inesperado e repentino: 5 estrelas novamente. Enquanto tudo isso não se desenrola completamente o fan service volta a atuar, mas desta vez de uma maneira bem mais hardcore e com intenções mais reais e possíveis que nas outras ocasiões, fazendo com que qualquer um que chegou ao final do episódio 9 de G.A.T.E. só pudesse pensar em uma coisa: SERÁ!?
Renato Rodrigues
Eu gostei demais desse anime, o enredo e o desenvolvimento dos personagens, um protagonista que foge um pouco dos clichés e as intenções das heroínas, o movimento geopolítica das 3 grandes potências mundiais e de como eles podem fazerem de tudo para terem o que querem, sem medir as consequências, as guerras modernas totalmente diferentes de antigamente.
Eu não tenho palavras para esse anime, mas foi muito rushado com 24 ep, queria muito que as editoras trouxesse as Light Noveis e Mangás de GATE. E claro não deixar de admirar a Loli mais incrível desse anime, Rory Mercury uma semideusa linda e fofa, e ficou mais linda e fofa bêbada, eu ri muito nessa parte no ep 8.
Eu concordo com você continua com 5 estrela.