Tenshi no 3P! – ep 11 – Batalha de Bandas
Na reta final Tenshi arruma uma batalha entre bandas para tentar agitar um pouco as coisas, o que é uma ideia boa, pois pode causar impacto e emoção razoavelmente suficientes para dar um bom desfecho ao anime. O problema em si reside no que levou a isso, uma ideia da Kiriyume com uma motivação boba e idiota. Bem, agora vamos falar do começo do fim!
Anteriormente lembro que tinha falado que achava a Kiriyume uma personagem madura e que poderia acrescentar coisas boas ao anime, não poderia estar mais enganado. Desde o episódio passado o que vemos é um loli irritante que quer forçar um romance sem noção com o protagonista enquanto enche o saco de todo mundo a sua volta.
Sei que o plano de sabotar a banda já demostrava como ela poderia ser imatura, mas não imaginei que fosse tanto. Falo isso porque até o episódio 9 ela não tinha agido de forma tão idiota, mas a partir do 10, e nesse também, ela quis forçar um “noivado” com o protagonista enquanto continuava tentando roubar a atenção que ele dá à banda e até à sua irmã.
Assim fica parecendo que ela não amadureceu nada desde aquele show, que continua com as mesmas ideias idiotas de ter o Nukui só para si nem que tenha que passar por cima dos outros para isso. O “passa fora” que ele deu nela veio em boa hora e foi muito bem dado – ele soube escolher as palavras certas para usar nessa situação –, o problema é que ao invés de fazê-la se acalmar e se dar conta do quanto estava sendo tola, fez foi tacar ainda mais lenha na fogueira.
Não posso deixar de culpar um pouco o protagonista por deixar a situação chegar a tal ponto, mas se formos pensar que ela não levava a sério as investidas da loli e queria evitar ser duro com ela para não magoar seus sentimentos, até que é um pouco compreensível. No final o Nukui tem todo o jeitão de personagem bundão e gentil que geralmente não faz nada por conta própria, a diferença é que em momentos pontuais ele toma uma atitude e faz ao menos o mínimo do que se poderia esperar de uma pessoa sensata naquela situação.
A ideia da batalha de bandas em si é boa e deve ser divertida, ainda mais por envolver a Yuzuha e a sua bela voz, e a irmã do protagonista tocando piano e ficando de olho na sua cunhada postiça e grande rival no amor – é sério, esse anime é muito errado, meu deus kkk. Como disse antes, o problema é o que motivou à competição, me passando a sensação de que haveria inúmeras formas melhores de encontrar algo que desse algum objetivo ao anime.
Para um anime que alcançou seu objetivo inicial em um terço da sua duração é normal que a cada novo arco novos objetivos sejam traçados, o problema é que se eles não forem bem trabalhados, e não tiverem boas motivações, isso pode facilmente causar uma sensação de indiferença do público. “Por que é que eu estou vendo isso mesmo?”, foi algo que acabei me perguntando nesses dois últimos episódios. Ao menos o que aconteceu de bom neste serviu para me lembrar porque gosto desse anime, porque vale a pena vê-lo apesar de seus erros.
Pensava que aquele encontro com a Jun episódio passado – que, aliás, não rendeu mais encontros com as outras garotas, chorem lolicons de plantão! – não serviria para nada, mas não foi bem assim, pois por ela precisar fazer seu projeto de tema livre ter sido algo que foi trabalhado antes – mesmo que daquela forma bem boba – não foi nada estranho ela perceber que não conseguiria fazer mais nada além de algo em que ela é certamente boa: música.
Tenshi no 3P! é um anime de música onde a música geralmente não é o foco e não é algo super bem trabalhado, mas que entrega ótimos momentos aqui e acolá, e movimenta o enredo de uma forma satisfatória, sendo assim, pôr a garota para compor uma música como desafio pessoal é bom para o desenvolvimento da personagem e melhor ainda por se conectar a batalha de bandas e, de certa forma, agir como uma razão complementar às vontades egoístas da Kiriyume – que foram o que motivaram essa competição. Confesso que quero ver as bandas se digladiando mais para ouvir a nova música do que pelos caprichos sem noção da “loli rosa”.
Um episódio mediano como esse não poderia deixar de ter ao menos uma “boa e velha” cena de duplo sentido já característica do anime e a Sakura aparecendo mais uma vez “de relance” só para não dizer que não estava ali. Isso é uma pena, pois o romance que imaginava que ela poderia ter com o protagonista – que o anime me fez acreditar que fosse possível – foi completamente por água abaixo – ao menos por hora – e a personagem perdeu relevância na trama, tempo de tela e o interesse do público – eu mesmo já estou indiferente quanto a ela, infelizmente.
Por fim, só posso dizer que espero que o último episódio seja bom; que quero que a Kiriyume cresça, apareça e amadureça; que torço para a música da Jun ser maravilhosa e desejo que o anime acabe sendo mesmo bom – como, mesmo aos trancos e barrancos, conseguiu ser até agora.
Até mais! Fiquem com uma melodia a ser cantarolada enquanto esperamos pelo final!