Um bom começo, com algumas ressalvas, mas que não estragaram a qualidade do episódio e nem o potencial do anime. Não se “assuste” com as lolis fofinhas, pois a história pode render algo de bom!

Não gosto de começar a falar de um anime já o comparando a outro, mas se você procura uma obra que fala de shogi com boa verossimilhança, essa seria Sangatsu no Lion, pois Ryuuou no Oshigoto! começou bem divertido e bem escrito, mas já pedindo da suspensão de descrença do telespectador.

Começar com uma cena tensa foi incomum e vou achar bom caso role de novo

Digo isso por causa do protagonista que mesmo sendo tão jovem já é tão bom e ganhou uma posição tão importante nesse meio – por mais que se seja um gênio desde criança a gente vê no outro anime de shogi da temporada como chegar tão longe é bem mais difícil do que se parece –, dos visuais de alguns dos jogadores mais jovens – que são espalhafatosos demais e destonam um pouco desse meio – e por causa de alguns outros detalhes, como a garota invadir a casa dele e dormir lá sem vermos ele questionando ela por isso ou perguntando sobre sua família, etc. A verdade é que esse anime fala sério por baixo de uma camada de moe e coisas que não parecem possíveis na realidade – ainda não engulo como um jovem de 16 anos pode ter conseguido o maior título do mundo do shogi, é sério isso? – e por isso se você “aceitar” essas coisas “descabidas” vai acompanhar uma história que tem potencial para ser agradável, divertida e interessante no âmbito pessoal e como anime de esportes.

Ela copia logo o melhor na praça, essa garota não é besta não, hein!

O Yaichi – tirando a idade – me pareceu um personagem condizente com o universo do shogi e sem nenhum problema destacável; a Ai é um prodígio raro que se apaixonou pelo shogi por influência daquele que viria a ser seu mestre, e apesar de suas ações serem muito sem noção, se pensarmos que ela é uma garotinha de 9 anos que é um gênio no shogi, dá para aceitar ela ter fugido de casa, ter aprendido tanto sozinha em três meses e querer ser discípula somente da pessoa que a inspirou. O cara da capa branca me pareceu exagerado demais e a outra que é amiga dele mais crível, mas no geral isso não incomodou tanto e o trabalho em explicar certos detalhes que cercam o shogi de forma até expositiva, mas que se encaixou bem em meio aos diálogos e as situações, foi bem feito.

Não sei se ela é corajosa ou só mal-criada por ficar apontando o dedo para os outros!

Pela cena em que ele cai em cima dela pelada – é sério, por que todo anime cheio de lolis tem que ter uma cena assim? – você já pode esperar mais situações engraçadas e constrangedoras envolvendo garotas mais novas que o protagonista e ele e olha, acho isso desnecessário, mas longe de me fazer não querer ver um anime que começou bem – claro, se você der a ele o devido desconto da “forma”.

Ryuuou no Oshigoto! é para quem não tem problemas com lolis fazendo coisas que lolis geralmente não fariam. Okay, essa frase ficou estranha e meio deprecatória, então vou mudar meu argumento, o anime tem potencial para desenvolver bem esses personagens dentro do universo do shogi assim como explorar os dramas pessoais deles – mesmo não parecendo que haverá muito disso – em meio a boas doses de comédia e as situações “de praxe” que citei acima. Se você não tem problema com animes que usam dessa estrutura um tanto quanto questionável pode dar uma chance a esse daqui!

Nessa história eles dois são os protagonistas: os monstros do shogi!

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