Cavaleiros do Zodíaco – Saga do Santuário – Batalha das Doze Casas
Eis um dos melhores arcos de Cavaleiros do Zodíaco, se não for o melhor. A fama desse arco é tão grande que ganhou o seu próprio filme de qualidade duvidosa. Enfim, essa saga chegara no seu derradeiro clímax, nos trazendo épicas lutas contra oponentes formidáveis.
A revelação de que existiam várias armaduras além da de Sagitário é interessante, pois estimulou a mente daqueles que estavam vendo o anime pela primeira vez na década de 1990 a imaginar como seriam as outras armaduras e o quão fortes seriam os seus donos.
Antes desse célebre arco, houve um arco filler, intitulado “Os Cavaleiros de Ouro”. Nesse arco vemos o primeiro embate entre Aiolia e Seiya, sendo uma prévia do que aconteceria mais na frente. Outro destaque desse arco filler foi o confronto entre Máscara da Morte e Shiryu nos Cinco Picos Antigos, que também era uma prévia de um combate que aconteceria mais adiante.
De um ponto de vista geral, esse arco está repleto de várias lutas empolgantes que acabaram se tornando épicas, contribuindo ainda mais para o sucesso da série. No decorrer da jornada, Seiya e os outros vão amadurecendo e ficando mais fortes, além de enfrentarem inimigos cada vez mais fortes.
Eu irei dividir o artigo em tópicos para facilitar a explicação.
A chegada
A recepção por parte do Santuário não foi das melhores, e a flechada que Saori recebeu deu um objetivo aos personagens que tiveram que correr contra o tempo para evitar a morte da deusa Atena.
O ponto mais importante do encontro dos Cavaleiros de Bronze com o guardião da primeira casa (Mu de Áries), foi que esse mostrou a realidade para os protagonistas lhes dizendo que do jeito que estão eles estavam morreriam durante a jornada. Mu serviu de suporte aos personagens, pois além de consertar as armaduras, ele falou a respeito do famoso “sétimo sentido”.
Casa de Touro
Na casa de touro, os personagens enfrentaram seu primeiro desafio, que foi o Aldebaran de Touro. Seiya foi o primeiro a perceber as fraquezas do poderoso ataque de Aldebaran, mostrando que para derrotar um inimigo não basta somente força bruta, pois reparar em detalhes pode ajudar a montar uma estratégia para se contrapor a um ataque tão destrutivo como o do adversário. Vale mencionar que a arrogância do inimigo custou a perda de um de seus chifres.
Casa de Gêmeos
O fato mais relevante na terceira casa é a luta de Hyoga e Shun contra a Armadura de Gêmeos controlada por Ares. Shun resiste às investidas do inimigo, ao contrário de Hyoga, que é tragado pelo golpe “Outra Dimensão” . Nessa parte vale destacar a determinação de Shun e o fato dele não ter dependido do seu irmão para encarar uma adversidade.
Grande Encontro
O primeiro encontro de Camus de Aquário e Hyoga na Casa de Libra foi interessante, pois mostra a fragilidade emocional do até então equilibrado e sereno Cavaleiro de Bronze. O apego ao passado fez com que ele não pudesse prosseguir adiante. Camus tentou de várias formas ensinar uma lição para o pupilo de seu discípulo, mas o mesmo rejeitou.
Lugar Macabro
Máscara da Morte e Afrodite de Peixes se tornaram ao longo do tempo motivos de chacota. Mas será que eles são realmente fracos ou são apenas subestimados? Creio que a própria série dá motivos para a primeira opção, mas se analisarmos bem eles não são tão fracos quanto aparentam. Só para dar um exemplo de como a própria franquia colabora para que eles virem motivos de piada, eu cito o filme “A Lenda do Santuário”, onde temos o Máscara da Morte apresentando um número musical digno de filmes da Disney, enquanto o Afrodite é derrotado por um simples “Outra dimensão”. Claro que o filme tinha pouco tempo para abordar o arco, mas os outros Cavaleiros de Ouro foram melhor apresentados do que os citados.
Neste tópico irei falar apenas do Máscara da Morte, deixando o Cavaleiro de Peixes para um tópico mais adiante.
A casa de Câncer é a mais macabra de todas, tendo rostos de pessoas sofrendo nas paredes e no chão. Máscara da Morte deu trabalho para o Shiryu, que só conseguiu vencer porque a armadura abandonou o Cavaleiro de Câncer.
Um ponto a ser destacado, é a visão de justiça distorcida do Cavaleiro de Câncer. Para ele não importa quantos sacrifícios são feitos em nome da paz e da justiça. Creio que ele já tenha visto tanta injustiça no mundo que se tornou insensível e passou a pensar dessa maneira.
Casa de Leão
O grande destaque dessa parte é o amor de Cassius por Shina de Cobra (Shaina de Ofíuco), no qual ele acaba se sacrificando para salvar Seiya, que era o amado dela. Nessa luta, Pégasus precisou despertar o sétimo sentido para poder enfrentar Aiolia, que estava sendo controlado por Ares.
O homem mais próximo de Deus
Diferentemente da Casa de Câncer, a sexta casa é a que mais transmite serenidade e paz. É nessa parte que tem uma das lutas que mais gosto, entre Shaka de Virgem e Ikki de Fênix. Foi uma luta difícil e tensa, pois quando o Cavaleiro de Bronze achava que podia rivalizar com Shaka (que possui o título de ser o homem mais próximo de Deus), o mesmo mostrava que era ainda mais forte do que Ikki. Entretanto, Ikki usou um artifício usado pelo próprio Cavaleiro de Virgem, que é privar os sentidos para aumentar o cosmos contra ele. No fim a luta termina empatada, e com os dois parando numa outra dimensão.
Casa de Libra
A cena mais marcante que ocorreu na Casa de Libra, foi aquela onde Shun aquece o Hyoga, tal cena é motivo de piada até hoje. O fato é que Shun resolveu se sacrificar, igual a figura que representa sua constelação, para salvar o amigo que estava congelado.
Um cavaleiro orgulhoso
Miro (Milo) é um Cavaleiro de Ouro que se orgulha de seu poder, tanto que para ele é uma ofensa perder para um simples Cavaleiro de Bronze. O fato é que a determinação de Hyoga era maior que o risco em perder para um adversário mais poderoso. Interessante é que a derrota de Miro não foi física, e sim moral, pois se não fosse sua armadura ele seria derrotado. Outro ponto a ser destacado é a relação de intimidade que ele tem com o Camus, que apesar da história não revelar mais detalhes, pelas suas falas dá para identificar tal intimidade.
O Legado de Aiolos
Mesmo sendo considerado um traidor pelo Santuário, Aiolos fez a decisão correta e seu sacrifício não foi em vão. O Cavaleiro de Sagitário deixa como legado a sua coragem e senso de justiça ao proteger uma criança inocente que viria a ser a reencarnação da deusa Atena. Agora cabe aos Cavaleiros de Bronze dar continuidade ao que Aiolos fez no passado.
Shura vs Shiryu
O confronto entre Shiryu e Shura marcou o destino deles para sempre, pois apesar da difícil batalha, o Dragão, através de sua coragem e determinação, convenceu o Cavaleiro de Capricórnio que seus ideias eram justos e que por eles até sacrificar a vida era válido.
Discípulo vs Mestre
A última lição de Camus para o Cisne foi um dos momentos mais marcantes desse arco. Hyoga finalmente conseguiu alcançar o zero absoluto, e por consequência, o sétimo sentido, mesmo que tenha custado sua vida e o sacrifício do seu amado mestre.
Peixes vs Andrômeda
Embora Shun seja pacifista, ele ganhou motivos para lutar ao saber que seu mestre tinha sido morto pelo Cavaleiro de Peixes. Afrodite, juntamente com o Máscara da Morte, sabia que o Grande Mestre era maligno, e concordavam com as suas atitudes.
A Batalha Final
Nessa parte os personagens descobrem quem foi que orquestrou a morte de Atena (Saori). Saga, um cavaleiro com dupla personalidade manipulou quase todos a sua volta, a fim de realizar sua ambição. Depois de uma difícil luta, ele se arrepende, apesar de ser tarde demais. Ele cumpriu bem o seu papel de grande vilão dessa saga (me desculpem o trocadilho não intencional), sendo perverso e manipulador. Sua outra face poderia até ser melhor trabalhada para dar uma complexidade maior ao personagem que passou a maior parte do tempo apenas sendo a personificação da maldade.
O artigo fica por aqui, até o próximo!