É Calígula no sentido de ser o diminutivo do que seria um calçado militar dos romanos e se tornou um apelido para o imperador Júlio César – aquele que é “super pop” e, se duvidar, é, ou vai ser, um servo na franquia Fate – ou Caligula no sentido de ser um gênero de mariposas? Deixando de lado o que significa o título do anime – provavelmente só deram esse nome porque o acharam bonito mesmo –, o que sei dessa animação é que ela vem de um jogo e, poxa vida, tem uma idol de nome μ? Isso é tudo um spin-off da franquia Love Live e ninguém sabia? Nem os produtores pelo visto. Será que é isso?

Não, não é. Por favor, a idol desse anime, nessa estreia, não demonstrou carisma algum, mesmo que, segundo a sinopse, ela seja apenas um programa. Vai me dizer que a Hatsune Miko não tem carisma? De toda forma, sou tão desligado que não tinha lido a sinopse direito antes de ver o episódio, mas fiz isso para poder escrever um artigo decente e pronto, ela disse tudo o que a gente tinha que saber, que vai ser um battle royale (?) de uma galera que não quer morar em Mobius, que prefere ir para casa! Nesse ponto se parecem comigo. É ruim que eu ficaria num lugar com coisa estranha rolando!

Essa rosa ficou bonita, mas meio estranha também…

Então, tem o protagonista que tem como hobby ler sobre psicologia e filosofia. Bem, conhecimento é sempre uma coisa boa; se a pessoa tem interesse, ela tem mesmo que ler e pesquisar sobre o assunto. Agora, sejamos honestos, nem sempre os exemplos teóricos usados na psicologia têm alguma eficácia com nós humanos, pelo simples fato de que nosso raciocínio é diferente do de um peixe em um aquário. Ao invés de ir com tudo atrás do ramen ou de peixes menores, eu iria com bastante calma para tocar um pouquinho da minha pele no vidro. Faria isso todo dia até o dia em que não houvesse mais vidro.

Viram? Problema resolvido! Porém, por mais que toda a explanação dele sobre psicologia ao longo do episódio tenha parecido inútil quando “as cortinas se abriram” e tudo virou um caos lá na escolinha, a “Janela de Johari”, por exemplo, pode ser algo que, se bem explorado ao longo do anime, renderia alguma coisa interessante. Por que acho isso? Porque se a décima μ’s – não consigo não zoar com isso – está levando essas pessoas insatisfeitas com suas vidas no mundo real, se elas realmente não querem habitar Mobius então suas janelas inevitavelmente vão ter que mudar – talvez até de forma drástica. Eles vão ter que expandir sua área aberta, assim diminuindo o tamanho das suas outras áreas. Acredito que a história possa caminha por aí, e seria idiota não aproveitar nada do que o protagonista tanto falou sobre psicologia nesse episódio. Não que Caligula seja complexo ou difícil de entender, nem é – e nem acredito que deva ser –, mas ser mais que apenas colegiais estilosos com armas e poderzinhos tentando se matar ou fugir enquanto uma idol canta umas músicas seria bom.

E aí, qual das quatro janelas têm mais espaço na sua vida?

Por hora foi só o que ele foi, mas ainda é cedo para crucificar ou exaltar o anime, cuja animação e trilha sonora foram boas para uma estreia – nada espetacular, mas é do estúdio Satelight, então não dava para esperar nada “uau” mesmo. Gostar da insert song ou da abertura é puramente questão de gosto pessoal – eu gostei, e vocês, também querem ouvir uns singles da μ? –, mas se foi a idol quem organizou o evento, cedeu o espaço e invocou os convidados então ela que tem que ser a anfitriã, né? Cantando para entreter os convidados enquanto eles lutam entre si e contra os tais monstros.

Foi uma boa estreia? Foi uma má estreia? Olha, acho que essa ficou no meio termo, pois o final – aquele final… – foi preocupante. A amiga do protagonista falar com a μ ou o outro carinha atirar em um bando de estudantes que viraram monstros nem foi exatamente o problema, mas todo o cenário construído deu a entender que a história vai cair nisso, que cada personagem vai ter alguma arma e poder, eles vão lutar e vai ser só isso. Sim, era isso o que indicava a sinopse, e, dependendo da forma como esses elementos sobrenaturais – ou sci-fi? – forem utilizados, eles até podem se integrar bem com o suposto “papo cabeça” que parecem querer vender. Contudo, não acho que foi esse o caso, pois, quando as armas extravagantes e os monstros apareceram, eu não consegui levar a sério – não achei que qualquer um daqueles elementos fez sentido com o resto. Como disse antes, é preciso tempo para julgar melhor, mas não se animem muito, pois a estreia, no máximo, ainda não pôs “tudo a perder”. Mas vai que faz sentido, né? Só acho que falar de psicologia, mas “aloprar” no final, não ajudou muito.

μ, se você cantar Snow Halation você ganha meu respeito!

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