Para uma história de ação (quer seja anime, mangá ou filme) se sustentar ela precisa de impacto, boas lutas/batalhas, e acima de tudo senso de urgência.

Se pararmos para pensar, esse anime não tem um senso de perigo, pois sabemos que os personagens estão travando uma batalha dentro de um jogo, e se eles morrerem, uma nova partida pode ser iniciada. Enfim, derrotas e vitórias não impacta diretamente a vida de cada jogador, pois tudo não passa de entretenimento. Qual o motivo de ver vários personagens jogando, se eu mesmo posso jogar? Parece uma opção mais divertida, não é?

Cena de impacto 1

Entretanto, Sword Art Online Alternative: Gun Gale Online consegue muito bem transportar o espectador para dentro de um jogo do estilo FPS. Desde o cenário até a mecânica do jogo é semelhante aos jogos que conhecemos de verdade, só que tem um pequeno detalhe que faz  toda a diferença, é que o que está sendo mostrado no anime é um jogo de realidade virtual.

O maior mérito desse anime, é que mesmo que os personagens não corram risco real de vida, a história consegue passar toda tensão necessária ao espectador nas cenas de ação.

Depois de dar desenvolvimento à protagonista, voltamos à batalha iniciada no episódio de estreia. Mesmo que LLENN tenha sua supervelocidade e esteja ao lado de um excelente sniper estrategista, eles não estão em ampla vantagem contra os demais concorrentes, e isso é muito bom, pois não passa a sensação que eles vão vencer de forma muito fácil, o que seria completamente sem graça.

Cena de impacto 2

Na batalha do episódio quatro, eles (LLENN e M) estão na mais absoluta desvantagem, tanto numérica, quanto de posicionamento. Se não fosse o M ter suas próprias habilidades pessoais, o time de nossa heroína tinha perdido. Um fato curioso, algo que já havia sido explanado no episódio de estreia, é que habilidades da vida real podem ser úteis em em jogos, o que significa um avanço e tanto para os jogos de realidade virtual. Naturalmente isso deve valer para quaisquer tipos de jogos, presumo eu.

A animação e a direção continuam competentes, e a trilha sonora não decepciona, pois continua bastante funcional nas cenas que ela é encaixada. As partes estratégicas também continuam boas, afinal um dos focos do anime é justamente esse, pois as batalhas nem sempre se dão de forma direta como em outros animes de ação.

A parte final certamente é o melhor momento do episódio. Quando tudo parecia fácil, eis que vem o roteiro para nos surpreender e causar um pouco de tensão. O plot twist nos minutos finais foi outro fator importante para tirar a protagonista da sua zona de conforto, pois ela estava confiante achando que o time dela era imbatível só por ter chegado longe e terem chances reais de vitória, graças a habilidade do M e da sua velocidade, no qual poderia ser um fator surpresa, como foi na vitória contra uma equipe fortíssima no episódio um. Outro ponto positivo do plot twist do final é o fator surpresa que pega o espectador desprevenido e o instiga a continuar a assistindo o anime para saber o qual foi o motivo da reviravolta e o que irá acontecer daqui pra frente.

Cena de Impacto 3

Obrigado a todos que leram até o final, e até o próximo artigo.

  1. Este episódio de SAO GGO foi mediano (no máximo).
    Mesmo gostando das estratégias utilizadas pelas equipas, os uniformes e armamento, já não consigo desviar o olhar do plot armor da protagonista e mesmo do M. Começando pela Llenn, ela teria morrido na hora que levou o tiro, em qualquer jogo FPS, seja ele online ou single-player, se a dificuldade for média ou alta, a personagem que for atingida na cabeça ou tronco, por uma bala de um rifle de franco-atirador, é game over na hora. Passando ao M, aquele escudo dele, é nada mais que uma improvisação de um escudo de metralhadora pesada montada, usado em veículos de transporte de tropas ou até mesmo tanques de guerra leves. E esse mesmo escudo, só suporta tiros de armas pouco potentes, imagine-se lá de balas de calibre 7×62 (aquelas usadas nos rifles dos caras dos hovercraft´s) ou de calibre 50.
    A parte em que a Llenn descarrega um pente nos inimigos vindos dos hovercraft´s foi tão manjada, como ela dispara tanto, se cada carregador de uma FN P-90 só leva no máximo 30 a 40 balas (numa versão personalizada), sem recarregar. A parte em que a Llenn descarrega um pente num inimigo que já estava caído, pareceu-me exagerado e um pouco psicopata (coisa que estragou o meu ponto de vista positivo pela protagonista). A parte do medickits, foi tão falsa, nos FPS online, cada personagem tem apenas capacidade de dois medickits, ou então se houver um jogador a jogar de médico, a cura pode ser ilimitada (o que não é o caso da equipa da Llenn e do M), essa parte para mim, serviu mesmo, para mostrar o quão a história está apenas focada no plot armor da protagonista.
    A explicação do esquema de mira do M, foi, para mim, a única coisa boa deste episódio. Eu como gamer, soube na hora o que o M estava a falar, quando disse que não usava a mira automática do jogo e que tinha arranjado outra forma de os seus disparos serem mais mortíferos (O M usa os seus reflexos, em vez do auxilio de mira automático do jogo e isso de certa forma, representa bem os gamers mais hardcore).
    A parte da traição do M, já era esperado, desde da hora em que ele recebeu uma carta, em plena competição (agora basta descobri o porquê dessa traição).
    A cena pós-créditos só serviu mesmo para fazer memes, com as caras que a protagonista fez e memes com a cara de choro ridículas do M.
    Como sempre, mais um excelente artigo Flávio.

    • Obrigado pelo comentário e pelas informações sobre armas e jogos fps. Eu não sou gamer, então esses detalhes passaram despercebidos. A LLENN ter dado vários tiros no inimigo foi exagerada, apesar que ela pediu desculpas antes do ato.

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