Jogos onlines são bons meios de entretenimento que se tornaram populares, principalmente, entre as pessoas mais jovens. Para algumas pessoas um simples jogo não é apenas um mera forma de se distrair, mas sim uma forma de escapismo da realidade. Isso também é válido para qualquer forma de entretenimento, como livros, filmes, animes, entre outros meios.

Num mundo tecnologicamente avançado como o de Sword Art Online, a realidade virtual permitiu a possibilidade de qualquer pessoa ser o que quiser dentro de qualquer mundo alternativo. A protagonista desse anime conseguiu superar seu problema de baixa auto-estima através de um dos milhares de jogos de realidade virtual existentes naquele mundo.

Entretanto, não foi somente o contato dela com o jogo Gun Gale Online que a ajudou superar seus problemas particulares, e sim a interação da mesma com outros jogadores. Os primeiros cinco episódios foram centrados na Karen/LLENN, nos quais foram focados nos motivos que a levaram a estar naquele jogo e num torneio que ela estava participando.

A célebre frase “a grama do vizinho é sempre mais verde” se aplica muito bem no caso da Karen, pois ela observava um grupo de garotas, cujo o padrão de beleza ela considerava o ideal, mas depois ela descobre, para a sua surpresa, que ela é quem chamava a atenção nesse grupo de garotas. Os avatares delas e o da Karen revelam a idealização do tipo de pessoa que elas queriam ser, ou seja, a protagonista queria ter uma aparência frágil e fofa, enquanto o grupo usava uma aparência intimidadora para mostrar força. Afinal tanto no jogo online como numa competição esportiva, elas teriam que ser fortes para conseguirem seus objetivos. Aliás, o jogo foi um excelente meio para elas aprenderem trabalho em equipe.

Lolis combinam com tudo, até com lança-granadas

Agora chegou a vez da LLENN retribuir todo o apoio que a enigmática Pito (Pitohui) deu a ela. Parece que o a situação é mais grave do que se imaginava, pois existe risco de vida. O pavor do M é justificado, embora o desespero do mesmo na final do primeiro Squad Jam tenha sido patético, porém agora é compreensível entender a situação dele, algo que não deu para entender no quinto episódio, que o deixou com a fama de covarde e desconstruiu toda a sua imponência e seriedade.

O fato da Karen ter conseguido amigas é um ponto positivo para os jogos de realidade virtual, o que de certa forma serve de contraponto para o distópico caso que envolveu o Kirito e cia, onde um mero jogo acabou fazendo vítimas fatais. Ainda não sabemos exatamente quais serão os impactos reais da realidade virtual no nosso mundo quando ela se popularizar. Toda tecnologia pode ser usada para o bem quanto para o mal, e com as tecnologias atuais estamos conhecendo o lado bom e ruim delas.

É um paradoxo o fato de que para a Karen salvar Pito, nossa heroína precisa “matar” sua amiga, que parece ter desejo pela morte. Não sei quais o meios que a protagonista vai usar para mudar as ideias distorcidas de sua amiga. Pitohui deve ter suas razões para desejar arriscar sua própria vida e a de uma outra pessoa, indo na contramão das pessoas comuns e dos sobreviventes do jogo Sword Art Online.

Se para Karen, o jogo Gun Gale Online serviu, à principio, como um refúgio para seus problemas reais, para Pito foi a mesma coisa, pois a mesma encontrou um lugar para aliviar suas frustrações, porém seus problemas são mais complexos do que a da protagonista e que pode ter consequências graves.

O anime conseguiu inserir a sensação de risco de vida inerente aos animes de ação, que antes não tinha pois sabíamos que se tratava apenas de um jogo. Agora não, a segunda edição do Squad Jam promete mais emoção, pois existe um risco de algo trágico acontecer, não com a protagonista, mas com pessoas importantes para ela.

Que o Squad Jam 2 comece pra valer!

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