Tirando a inocência da Ruuko e da Suzuko, a luta delas foi boa para a personagem que elas encarnam – da heroína padrão forte por natureza –, enquanto a da Carnival com a inimiga B serviu ao propósito de implementar a tática de “dividir e conquistar” da manipuladora vilã, viabilizando a seleção que ela tanto deseja. De posse de todas as informações necessárias para alcançar o objetivo, mocinhas e vilãs se polarizam ainda mais em meio a reviravoltas. Quem vencerá no final? É o que irei comentar agora!

“Uma boa luta entre personagens praticamente iguais”, é como eu definiria a batalha da Ruuko com a Suzuko, o que a tornou chata? Não exatamente, mas mais por ela ter sido bem-feita do que por ela ter sido interessante. As personagens são bem previsíveis e por serem tão parecidas não rolou nada que fizesse com que elas se chocassem de forma intensa, como aconteceria se fosse contra uma vilã.

Nesta imagem vemos as duas heroínas mais clichês da história.

Contudo, o desenrolar foi coerente, pois a Ruuko tinha só uma LRIG e a Suzuko duas, então, ao usar habilidades que afetassem diretamente a sua senpai isso a colocava em uma vantagem ainda maior.

Confesso não me lembrar se esse tipo de habilidade já existia na primeira fase da franquia, mas pela reação da Ruuko não, e foi justamente esse conhecimento da estrutura do jogo atual que deu uma aparente vantagem a Suzuko, que quase foi igualada pela coragem e determinação da Ruuko, mas aí, felizmente, a luta que nem deveria ter começado terminou de forma tão plausível quanto previsível.

Nesta imagem vemos duas heroínas suporte e a melhor heroína entre todas.

Foi uma boa luta que deu para divertir um pouco? Foi, mas bem que poderiam ter preparado melhor o terreno para ela acontecer, né. Enfim, do outro lado da moeda a inimiga B tenta lutar a sério com a Carnival, que só queria deixá-la com mais raiva para que atacasse um dos flancos da recém-formada aliança entre as heroínas da franquia. Ela manipulou a colega para manter as batalhas equilibradas, pois, por mais que a Carnival tenha hack, sua derrota seria certa se fosse só ela contra três selectors.

Aliás, ao ver o episódio fiquei pensando que não foi algo ruim essa aliança ter sido formada só agora, pois, pensem comigo, se ficasse tão polarizado desde o começo as vilãs perderiam mais rápido e não haveria tanta “gordura” para preencher 12 episódios. O plot dessa fase é mais objetivo que o plot das anteriores, o que até justificou a não polarização entre LRIGs e selectors que supus lá no início, e sim algo mais misturado, que desconfigurasse a definição dessas classes, mas não se valesse muito disso.

A Chinatsu recuperou as memórias ruins que perdeu e se sentiu mal por isso, o que é algo que não joga fora o esforço da Suzuko se pensarmos que ela não parece ter lembrados das memórias boas, mas parece deslocado quanto ao resto da trama e será se essa “energia negativa” não causar algum rebuliço nela. Talvez a Chinatsu se ressinta da Carnival, mas ela parece mais triste e decepcionada consigo mesma, o que, de todo modo, já é o tipo de energia que é uma das causas dessas batalhas.

Esse sorrisinho não me engana (mas parte de mim quer que engane mesmo).

A Tama é a fechadura que está presa no quarto das janelas brancas, a Tama não é somente ela, mas também a Yukki, então elas se “dividirem” e a Tama voltar para batalhar ao lado da Ruuko é apenas uma das várias reviravoltas “roubadas” que são sacadas desde o começo da franquia e não considero incoerentes, porque se todo esse jogo obscuro é movido pelas fortes emoções das garotas – as que fomentaram o jogo são negativas, mas as que o mantém também podem ser boas –, elas quebrarem as regras em situações difíceis se torna aceitável. É um claro artificio de roteiro, mas que parâmetros posso usar para mensurar se isso faz sentido ou não? Parindo do pressuposto de que são as emoções que moldam tudo, sejam as regras do jogo ou a separação do ser, tudo se molda de acordo com elas.

No final, a Carnival vai enfrentar a party de Lostorage e a inimiga B a de Selector. Acho que a Carnival também quer vingança, pois perdeu da Suzuko, e a inimiga B apenas quer mais poder, e, como ela foi induzida a pensar que a Ruuko é a adversária mais forte a ser vencida, foi ela que se tornou seu alvo.

A prévia do próximo episódio me passou a impressão de que a Ruuko pode perder e desaparecer, o que não seria uma boa reviravolta, pois, mesmo que a Kiyoi seja aquela a alcançar o quarto das janelas brancas – vai ser outra baita reviravolta, e uma ainda pior, se não for ela –, não é necessário se desfazer das outras protagonistas para que só a Kiyoi resolva tudo e salve até as apagadas. Não vou ser inocente e achar que isso não vai ser revertido, pois deve, e já que vai acho meio apelativo dramatizar um sumiço agora. Não vai dar tempo de lamentar ou sentir falta, não vai fazer diferença.

Que esse sorriso lindo seja protegido nem que seja na base da porrada!

Só o que me resta a comentar são as informações que foram dadas sobre as batalhas. A mente que está no meio de toda a energia negativa acumulada deve ser um resquício da mente da Mayu, pois não vejo que outra personagem poderia estar nessa situação. Talvez a Ulith? Não, não creio nisso. A Yukki não deve ser, afinal, ela apareceu para a Tama, o que até achei estranho, pois antes tinha sido dito que a Yukki estava lá no quarto das janelas brancas e não que ela estava dentro da Tama. Achei isso um pouco confuso, mas mesmo que seja um erro de continuidade não deve ser algo relevante, exceto se a traição no título desse episódio ter sido coisa da Yukki que sabotou a Tama para perder.

O retorno dela foi meio abrupto e conveniente demais, então acho que a Yukki pode sim estar sendo manipulada ou não ser a verdadeira metade da metade da Mayu. Seria esse um plot twist dos bons? Não sei, mas estou animado para os últimos episódios, apesar de achar que tudo dará certo no final!

Adoro a Yukki e estava sentindo a falta dela (só espero que seja ela mesma).

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