Gegege no Kitarou – ep 11 – O Japão nas mãos de Tanukis (parte 2)
Como eu escrevi no artigo do episódio passado, o mundo comandado pelos tanukis seria uma péssima ideia. Conseguiram expressar tudo o que eu não conseguiria neste episódio. O mundo comandado por esses seres seria extremamente caótico e, ao mesmo tempo, rígido. É como se todos estivessem na época da Ditadura Militar, onde todas as opiniões que parecem ser contrárias às leis dos tanukis era mal vistas e os humanos presos e, provavelmente, sofrendo algo mais como castigo. E as pessoas que se desentendiam ou eram vistas como malvadas possuíam uma aura negra à sua volta, além de terem rabos do Youkai. Esse seria, definitivamente, o pior cenário social e político que eu imaginaria em um anime infantil do século XXI.
Além disso, Kitarou ainda continua petrificado e ninguém sabe como se livrar da pedra angular para que todos aqueles Youkais fossem ao cemitério e as maldições espalhadas pelo Japão acabassem. Se não fosse por Mana, que sempre estende a mão na hora de ajudar alguém, o protagonista continuaria sob o efeito da maldição. Mas não foi apenas a humana quem salvou Kitarou, como também todos os seus outros amigos. O ataque que mais surtiu efeito foi o da Sunakakebaba e seu Tambor de Areia, além do aperto que o Ittan-momen deu no Gyobu-Danuki.
Pelo que vi, Gyobu-Danuki, além de ser o tanuki mais poderoso dali, também é o olho que tudo vê (ou pelo menos tem o corpo que tudo sente). O poder de sua maldição era bastante forte, mas não pôde resistir ao ataque do Rolo de Algodão. Basicamente, se Ittan-momen não estivesse lá fazendo “papel de cueca”, Mana não teria conseguido derrubar a pedra angular, e nenhum dos 808 tanukis teria sucumbido. Mas o que manteve o Gyobu-Danuki vivo por mais um pouco de tempo foi a força de sua vingança em sua alma.
Kouryuu, que também havia sucumbido com a quebra da pedra angular, reviveu graças a esse artifício da alma vingativa. Antes mesmo que pudesse destruir mais um pedaço do Japão, Mana que salvou o dia também salvou Kitarou de viver como pedra para sempre. Além disso, aumentou a força de seu “Rail-gun”, fazendo com que o tiro fosse 10 vezes maior que o original.
E, o que me assustou ao final do episódio, foi o fato daquele ser do inferno ter colocado uma espécie de maldição na Mana. Eu infelizmente não sei o que aquele ideograma significa, porém acredito que esse cara apareça mais vezes para que esses eventos contra Mana e Kitarou sejam explicados. Até porque, na abertura do anime, ele está atrás da menina, como se a estivesse prestes a empurrá-la da linha do trem ou algo parecido, ou apenas a perseguindo mesmo.
Muito obrigada por ler o artigo até aqui. Nos vemos no próximo!
Escritora
E quanto mais achava que “Gegege no Kitarou” não ia nos surpreender, estes dois episódios foram algo pra refletir; aliás, este anime tem trazido temas contemporâneos sem soar brega ou paradidáticos, misturados ao terror em doses certas. De boa, o anime tem acertado e muito em sua execução, estou gostando demais de Kitarou e companhia e estou acompanhando suas análises, muito boas mesmo. Até mais!!!
Tamao-chan
Olá, Escritora! Muito obrigada pelo comentário!
E, sim, este anime está cada vez melhor. Eu soube que muita gente parou de assistir, mas acredito que é porque não devem ter entendido a mensagem que ele quis passar, ou então não estavam aguentando mais ver youkais na frente. Não sei mesmo. HDSIUFHUISD
Acredito que todos os episódios tenham sua parcela de reflexão, mas os últimos dois mostraram uma realidade de forma divertida, assim como aconteceu no episódio dos Kappas que trabalhavam 24/7 e ainda ganhavam através de escambo.
Mais uma vez, obrigada pelo comentário! 😀