A separação é algo inevitável para o ser humano. Uma hora ou outra, você vai ter que se separar de algo ou de alguém, seja um bichinho de estimação, um melhor amigo ou até mesmo, quando você perde alguma coisa de valor.

Claro, High Score Girl trataria desse assunto, junto a jogos.

Nesse episódio, não teve tantas referências a cultura “gamer” (eu odeio essa palavra, desculpe), mas para compensar, teve um ótimo desenvolvimento de personagens e tratou de algo que algumas pessoas presenciaram bastante durante a infância.

Quero dizer, na época que eu tinha a idade do Yagu, eu tinha um amigo muito próximo de mim. Querendo ou não, sempre relacionei pessoas a games ou a épocas que eu jogava X jogo, no caso, eu jogava muito Minecraft (sim, eu tive essa fase) e Runescape, um MMO, com ele. Nesse caso, não foi ele que teve que se separar, na verdade posteriormente ele teve, mas sim eu. Eu acabei indo estudar na escola que minha mãe trabalhava, ficando lá até o final do ensino fundamental.

A dor daquela separação, já que foi alguém que realmente me marcou, ainda é bem fresca na minha cabeça, mesmo eu tendo reencontrado ele em um evento recentemente. Ainda nesse tema de separação, recentemente um amigo meu foi estudar no Canadá, felizmente ele volta esse mês ainda, então nem conta como separação.

Mesmo eu tendo falado sobre isso no começo do artigo, esse tópico só aparece posteriormente no episódio, depois da metade dele.

Inicialmente, Ono e Yagu “discutem” sobre as férias de verão, que já estavam chegando no fim, já que aquele era um dos últimos dias. No dia seguinte, eles foram convidados por aquele personagem secundário (aquele que leva o fora da Ono, lembra), para caminhar em um parque de flores.

Isso me lembra uma vez que aconteceu algo parecido. Comparando com jogos, quando me chamaram para um rolê onde o intuito eram pessoas X se pegarem ou algo assim, eu me sentia um NPC. Tipo os de Skyrim, que não fazem tanta coisa relevante e são bem automáticos. Inclusive, um fato curioso: Era um rolê no shopping, nesse dia eu iria para casa de carona com meu amigo (já que literalmente moro do lado do shopping), mas ele me esqueceu e eu fiquei até as 23 esperando ele no local combinado.

O Yagu percebe que tem um parque de diversões próximo ao parque, daqueles que tem cerca de 6 ou 7 atrações, entre elas casa do terror e o tão amado Fliperama. A real é que o Yagu tava de olho no Flipper, assim como Ono.

Eles acabam indo para lá e passam o manhã/meio da tarde jogando, Yagu nota que Ono anda desconcentrada e away das coisas, ele estranha, mas se concentra em divertir a sua “princesinha”. Um desses jogos foi o famoso Golden Axe. A minha relação com esse jogo é complicada, já que eu AMO os primeiros, mas tenho um traume enorme dos novos, mais em específico o Beast Rider, já que ele foi meu primeiro jogo de PS3. O problema? O jogo é horrível.

Cara, como eu amava jogar esse jogo.

Algo interessante sobre esses parques é como eles são presentes no Japão, pelo menos em animes desse tipo. Aqui no BR, pelo menos aonde eu moro, vira e mexe tem uns Parques de Diversão desse tipo, mas com brinquedos de qualidade meio duvidosa e que sinceramente, eu não confiaria muito não. Acho que o único Parque de Diversões desse estilo que já fui, foram as vezes que fui ao Hopi Hari com meu pai e minha mãe.

Ono, como toda boa burguesa, nunca tinha ido em um desses. O casal acaba gastando a tarde indo aos brinquedos, como Montanha-Russa, casa dos espelhos e até mesmo a casa mal assombrada, mesmo Ono tendo muito medo de coisas de terror.

Na volta para casa, Ono acaba apagando de cansaço, encostando e dormindo no ombro de Yagu. Pode parecer simples, mas isso mostra que Ono realmente se sente confortável perto de Yagu, até porque não se dorme no ombro de qualquer um.

No dia seguinte, Yagu descobre que Ono iria se mudar para os Estados Unidos.

Ele mesmo fica supreso com o choque que recebeu, a negação de perder alguém que agora era tão querida a ele. Seus amigos, junto ao professor, planejam uma calorosa despedida para Ono, onde todos da sala trariam um presente para a garota. De fato, todos trouxeram, exceto Yagu, alegando que tinha esquecido.

Sabe quando ocorre algo e a pessoa vai “afogar as mágoas” em bebidas? Yagu fez isso, mas com videogames. Ele gasta parte do dinheiro que era presente para Ono em um Flipper, mas acaba não jogando nada. Sua cosciência cobra ele, porque querendo ou não ele gosta muito dela. Ele até lembra dos momentos que passou com a garota.

Em um momento de desespero, Yagu pega um trem para ir à casa de Ono. Ele comenta que Final Fight iria lançar em pouco tempo, que ele queria jogar junto a ela, já que ele enxerga ela como alguém a sua altura nos games, até superando o mesmo. Então, ele finalmente entrega seu presente, um anel que ele pegou naquele fliperama misterioso.

Eu não sei como não chorei nesse episódio. Essa cena de despedida é muito bem construída e ver a Akira chorando nos braços do Yagu é de partir o coração. Foi um ótimo episódio, mesmo não tendo tantas referências ao mundo dos games. Estou extremamente ansioso com o próximo episódio, principalmente na questão temporal. Agora com a Ono nos USA, como o Yagu vai se virar? Eles vão conversar por carta ou algo assim? E o mais importante…

Será que vai ter algum salto temporal?

Essas perguntas só vão ser respondidas no próximo episódio, que espero que venha com um desfecho dessa situação, junto com as referências que tanto amamos.

OLHA ESSE BEBÊ CHORANDO! O MEU KOKORO NÃO AGUENTA.

Deixarei um pequeno pedido antes de encerrar o artigo. Caso tu tenha alguma experiência com flippers na infância, ou games em geral, seu comentário é sempre bem-vindo!

 

 

(Ler este artigo… isso te enche de DETERMINAÇÃO!)

~Frisk

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