Goblin Slayer

Após um primeiro episódio extremamente polêmico, Goblin Slayer veio nesse segundo episódio numa pegada diferente. Mais informações e conhecimentos e menos ação (e crueldades). Não foi um episódio pesado visualmente mas que tinha um clima pesado em certos momentos, mais especificamente na parte onde ele revela sobre seu passado e sua filosofia em relação aos goblins. Particularmente eu gostei muito da trilha sonora dessa parte pois ela conseguiu trazer um clima correspondente e envolvente.

Essa é a frase mais importante até agora independente do sentido

Durante o episódio o passado do Goblin Slayer é contado aos poucos. Começa de forma tranquila e normal para depois vir a parte realmente triste e pesada. Sua vila foi destruída, sua irmã foi brutalmente morta (um detalhe importante é que na cena em questão não mostraram os atos dos goblins e até mesmo no ataque à vila só mostraram a brutalidade contra homens) e tudo isso foi assistido por ele que no fim, estava apenas fazendo aquilo que estava ao seu alcance para sobreviver. Acredito que seja um passado que justifique seu ódio contra os goblins e toda a sua neura contra a existência deles, afinal, é necessário cortar esse mal pela raiz o quanto antes.

Ok, vai lá e faz o trabalho dele então

E o episódio deixa extremamente notório que ele tornou-se neurótico com essa questão de goblins fazendo o possível para rastrear e exterminá-los. Sim, a vida dele gira em torno de assassinar goblins e nem mesmo sua rotina diária foge disso. Mas além disso a obra retrata dois pontos muito interessantes sobre os goblins: a relação recompensa – dificuldade das missões e a necessidade/importância de tal tarefa. É indiscutível dizer que tal trabalho é extremamente necessário pois os goblins são uma espécie de praga que rouba a comida das vilas e fazem aqueles outros crimes que não merecem ser citados. Por outro lado é uma missão subestimada que não rende um dinheiro que justifique a dificuldade da missão. Para alguém experiente como o Goblin Slayer pode parecer fácil mas para qualquer outro a situação pode ser diferente.

E o ponto interessante dessa questão é a visão que os outros aventureiros tem dele. Ver aventureiros novatos dizendo ter um equipamento melhor e até mesmo fazendo críticas chega ser engraçado demais. Isso apenas enfatiza ainda mais como banalizam o trabalho dele ainda que seja difícil. Ao menos por outro lado temos a sacerdotisa que não só se acostumou com a nova realidade de seus trabalhos, como também consegue ter discussões interessantes sobre estratégias para caçar e matar os goblins. Ou seja, ela conseguiu sobreviver nesse 1 mês que passou e ainda consegue contribuir com ideias além de seus poderes agora evoluídos.

E voltando sobre o ódio dele, talvez podemos dizer que seus meios são justificados? Ou melhor, ele extermina os goblins apenas por ódio e vingança por conta de seu passado traumático ou tem um pouco de consciência de que vidas de pessoas indefesas estão sendo salvas? Quando foi mencionado que novatos haviam pego uma missão de goblins ele simplesmente não deu a mínima e queria ir para outra missão, me deixou essa dúvida. E por isso eu me pergunto quais são as razões verdadeiras dele, sejam elas apenas por crueldade e vingança ou se ajudar outras pessoas é também algo importante de fato, afinal, sua crueldade e frieza são tão grandes que até mesmo fez a sacerdotisa questionar as bênçãos que recebeu de sua deusa.

No fim, foi um belo episódio. Não tiveram cenas tão pesadas como no episódio inicial e soube explicar bem um pouco mais sobre o mundo, as pessoas que fazem parte dele e por fim, sobre o protagonista. Sinceramente eu gostaria de uma eventual evolução dele para que o mesmo possa superar esse trauma que tanto lhe aflige e porque não, se expressar mais. O uso do CG é meio engraçado pois só o Goblin Slayer é animado dessa forma e em várias cenas fica bem perceptível essa mudança. De qualquer forma o próximo episódio promete a entrada de novos personagens que possuem algum tipo de interesse nele, algo que pode acabar sendo bem interessante.

  1. Este segundo episódio de Goblin Slayer foi muito bom,o episódio adaptou de forma excelente o passado do Goblin Slayer.
    Antes de adentrar no passado do Goblin Slayer, a introdução da Ushikai Musume a amiga de infância do protagonista foi bem ok, não esperava que duplicassem o tamanho dos seios dela só para fazer um pequeno fanservice, mas fazer o quê.
    O começo do episódio foi uma bela forma de demonstrar que o Goblin Slayer na sua infância era uma pessoa normal, foi humano quando o jovem Goblin Slayer sentiu inveja da amiga que ia à cidade grande, a forma como ele admirava e sentia afecto pela irmã (que assumo que fosse como uma mãe para ele) era bem normal, seria necessário alguma experiência mais do que traumática, para transformar um garoto normal em um neurótico cheio de PST (Stress pós traumático) e assim foi. A forma fria como o Goblin Slayer contou o que aconteceu a si e à sua vila no passado, foi no mínimo perturbante. Em momento algum ele falou na primeira pessoa, ele falou sempre na terceira pessoa, como se estivesse a citar um exemplo do quão monstruosos são os goblins, nesse momento, quando as imagens do flashback passavam, é que se pôde ter a real noção do porquê o Goblin Slayer ser um neurótico em caçar todos os Goblins e sua obsessão em verificar os rastos dos mesmos, como se ele fosse um caçador a tempo inteiro, até na sua rotina normal. A forma como o episódio mostrou o fatídico dia em que a vila do protagonista foi atacada e massacrada pelos goblins foi feita de forma excelente, sem grande exagero nas partes gráficas, mas a parte que mais me marcou, foi quando no flashback mostrou o que tinha acontecido à irmã do protagonista, não foi preciso mostrar a barbárie que os goblins fizeram com ela, bastou o olhar de choque, raiva, medo e ódio do protagonista, que assistiu a tudo sem poder fazer nada, foi nesse momento que a inocência dele morreu, a partir daquele dia ele nunca mais seria o mesmo.
    A parte onde o protagonista vai verificar as redondezas da casa da amiga de infância e as cercas da mesma, foi uma pequena demonstração que ele já não é humano, o Goblin Slayer é um naco de carne movido a ódio pelos goblins, ele não consegue pensar em mais nada, ele passa todo o momento em alerta, até na hora das refeições ele não tira o seu capacete e em termos de iteração social, ele é nulo, ele parece um robô.
    Gostei bastante da parte da guilda, foi bem interessante ver, a forma como os outros aventureiros olham para o Goblin Slayer muitos deles, desde novatos a veteranos zombam das habilidades do Goblin Slayer só por este caçar e aceitar quests de matar goblins, mas parece que se esquecem que todo o aventureiro começa por algum lado (deu raiva, quando os novatos fizeram pouco do equipamento do Goblin Slayer). Na guild já deu para ver a Majo, aquela bruxa vestida de roxo, só quero ver o que ela vai fazer. A parte em que um grupo de novatos de nível cerâmica pegou uma quest de matar goblins, eu pensei o pior, eles nem ouviram os alarmes que a Uketsuke-jou deu, pensei que eles iriam terminar como a party do primeiro episódio, mas eles tiveram sorte. Foi interessante ver a recusa de auxilio do Goblin Slayer à party de novatos, foi quase uma afirmação de “eu estou pouco me lixando para eles”, se a party dos novatos pegou tal missão, eles que a façam, ou morram a tentar fazê-la, o Goblin Slayer já tinha a sua própria missão, qual o sentido de abandonar uma quest activa, para ajudar os outros.
    Agora a parte da missão do Goblin Slayer, está a ser muito agradável ver a iteração da sacerdotisa com ele, a forma como ela discorda de algumas das atitudes do Goblin Slayer, faz um bom contrapeso com as atitudes extremistas do mesmo. Foi agradável ver como o Goblin atacou a fortaleza em ruínas ocupada pelos goblins, ele sabe usar todo o tipo de arma, mas pareceu que ele é um Às no uso do arco, ver os goblins a arder deve ter sido um colírio para os olhos dele. Já no mangá achava interessantes as bênçãos que os deuses davam a alguns aventureiros, a barreira que a sacerdotisa ganhou vai ser muito útil na hora de ajudar o Goblin Slayer.
    Por fim, a cena pós créditos, como foi épico ver o trovador a citar com vigor os feitos do Goblin Slayer, se o Goblin Slayer fosse fraco como os outros aventureiros afirmam, ninguém contaria os seus feitos noutras terras.
    No próximo episódio veremos finalmente a High Elf e best girl Yousei Yunde e os seus companheiros, o Dwarf Shaman Kouhito Doushi e o Lizard Shaman Tokage Souryo.
    Como sempre, mais um excelente artigo de Goblin Slayer Kiraht.

    • Junte tudo isso a uma trilha sonora muito bem feita e ao menos para mim imersiva. Em certos momentos parecia que eu estava assistindo Vikings por conta do clima pesado combinado com uma ótima música.
      Ao menos no mangá eu não me recordo de ter visto algum feito relevante da maga e seu parceiro (apesar de que ele aparecem de vez em quando).
      Um detalhe interessante que eu esqueci de colocar no artigo é que no mangá não explicou bem sobre a amiga de infância e seu tio saberem sobre a identidade dele.

  2. A trilha sonora esteve muito boa neste episódio, principalmente na parte do flashback.
    No mangá, realmente não foi bem explicado a forma como a Ushikai e o seu tio reconhecem o protagonista, mas dá para juntar as peças, se o protagonista foi o único sobrevivente da sua vila, quando a Ushikai e o tio dela regressassem da cidade grande, eles devem ter ajudado o protagonista, é uma forma linear de juntar todas as peças.
    Eu penso que essa informação está disponível no spin-off de Goblin Slayer, mas como ainda não o li não posso afirmar com clareza de como a Ushikai sabe a identidade do Goblin Slayer.

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