Radiant – ep 6 – Ainda não foi desta vez
Depois de conhecermos Artemis, o Paraíso dos Feiticeiros, agora chegou a hora de termos um episódio totalmente focado na Mélie… Ou pelo menos era isso que eu havia pensado que aconteceria. Esta foi a semana em que nosso protagonista finalmente aprendeu outro golpe, mas será que isso é o suficiente para ser treinado por Yaga e finalmente seguir para Radiant?
Eu já havia percebido há algum tempo que os títulos dos episódios de Radiant vêm trazendo uma palavra em destaque, que já foi “Alma”, “Artemis” e o desta semana “Mélie”. Por conta disso, pensei que o episódio aprofundaria a relação entre a personagem e sua personalidade oposta, assim como contar um pouco mais sobre sua origem através de flashbacks. Mas, apesar dela receber um certo destaque, não chegamos nem perto disso.
O episódio desta semana foi focado na jornada de Seth em aprender uma magia ofensiva básica. Pode parecer estranho, mas estamos no sexto episódio e nosso protagonista conta com apenas uma habilidade até o momento: Titan Punch. Levando isso em consideração, o anime não está evoluindo tanto seu personagem principal… até agora.
Desta vez, a magia aprendida é o Meteor Drops, que sinceramente não mostrou ser tão incrível como deveria ser. Porém, pelo menos agora Seth consegue realizar ataques à distância, o que é bastante útil – e diria até mesmo fundamental – em um confronto. Mas para dominar esta técnica o caminho foi árduo e trabalhoso. Ou pelo menos era o que eu queria que fosse.
Inicialmente, Seth decidiu pedir ajuda à Mélie, pois já sabemos que ela é uma excelente feiticeira de magia ofensiva, se não fosse pelo detalhe de que ela precisa assumir aquela outra personalidade, que recebeu o apelido de “Crazy Mélie”. Ou como eu gosto de chamar: Mélie Maluca. Mesmo assim, a Mélie normal não é tão inútil quanto parece e espero ver no futuro Seth aprendendo magias defensivas com ela.
Outra coisa que eu gostaria muito que o anime trabalhasse é a dupla personalidade da personagem. É possível explorar muita coisa com esse elemento, tornando-a muito mais interessante que o próprio Seth. Por exemplo, temos o fato de que a Mélie original não tem confiança e se acha fraca – que não deixa de ser verdade – enquanto sua outra personalidade é exatamente o oposto. Já pensou se essas duas metades passassem a se ajudar? E o mais curioso: de onde surgiu a Mélie Maluca? Existem tantas coisas que o anime poderia explorar que simplesmente aprender um golpe novo neste episódio me decepcionou.
Com certeza, o melhor momento foi quando a Mélie Maluca apareceu, roubando a cena como sempre. É incrível a forma como o anime consegue criar duas personagens totalmente diferentes mantendo o mesmo visual. As únicas mudanças são a expressão dos olhos e a atuação.
Mas se a personagem não evoluiu sozinha, pelo menos a relação entre ela e o protagonista teve um avanço, pois a partir de agora os dois vão morar juntos, o que é ótimo pois ela precisava de amigos urgentemente. Vamos ignorar o fato de que ela e Doc não ofereceram um lugar para Seth morar depois que se mudou para Artemis, deixando o garoto dormir na rua. Detalhe: ela tinha um quarto vago esse tempo todo.
Ainda tivemos tempo de conhecermos mais uma personagem que vive em Artemis, ou melhor, dois personagens: Miss Melba e seu pai. Mas o que chama atenção é o fato de que o Mister Melba Papa é só um fantoche. Eu ainda não entendi se ele realmente é o pai dela ou se trata apenas de uma brincadeira, mas como estamos no Paraíso dos Feiticeiros tudo é possível, certo?
Além disso, também descobrimos que até mesmo uma pessoa como Doc pode se apaixonar, e neste caso justamente pela Melba. Em alguns momentos, o personagem me lembrou Brock, de Pokémon, pois ambos fazem de tudo para impressionar uma garota. A diferença é que Doc é fiel a apenas uma mulher, enquanto Brock se apaixona por qualquer uma. Outra referência ao anime foram as vezes em que o personagem saia voando até aparecer um brilho no céu, assim como acontecia com a Equipe Rocket após receber um Choque do Trovão do Pikachu.
Voltando ao nosso protagonista, neste episódio descobrimos uma coisa bem interessante sobre ele e seus poderes. Tudo leva a crer que, ao contrário de outros feiticeiros, que precisam de luvas para usar Fantasia, Seth não só não precisa delas, como inibem sua magia ao usá-las. Isso foi provado depois que sua luva rasgou ele foi capaz de usar seu novo golpe com perfeição, o que explica porque ele ficou tão forte lutando de mãos nuas contra um Nêmesis.
Esta é uma dinâmica bem interessante, pois aquilo que é recomendado para todos tem o efeito oposto no personagem, o que reforça o fato dele ser especial por alguma razão. Com isso, vamos ver de que forma o treinamento com Yaga pode fazer Seth liberar seu verdadeiro poder, além de descobrir o motivo desse caso curioso estar acontecendo.
Apesar de estar gostando de Radiant, acho que ele ainda tem muito a evoluir em suas batalhas, saindo dessas lutas genéricas e repetitivas para algo mais empolgante. Há potencial para isso, mas não adianta de nada se ele não for devidamente explorado. Veremos o que nos aguarda nos próximos episódios.