Watashi ni Tenshi ga Maiorita! – ep 2 – Incontestavelmente fofo
Podem fazer a crítica que quiserem a respeito desse anime, mas não tem como negar que a maioria de suas personagens têm aparências e personalidades bonitinhas.
Fofura e beleza podem ter o mesmo significado, apesar de que nem tudo que é belo é fofo. Visualmente, esta obra foi feita para agradar aos nossos olhos, e as personagens encantadoras (em sua maioria) tornam o clima desse show reconfortante. Há questionamentos até hoje na Filosofia sobre a definição do que é o belo. Já do ponto de vista do senso comum, qualquer coisa visualmente agradável aos olhos é bonito. No campo das artes, a busca pela beleza não é mais o seu foco principal, pois há inúmeras possibilidades artísticas, que vão desde a transmitir uma mensagem ao ato de fazer arte pela arte.
Anime também é arte. E uma parte visual caprichada pode fazer toda a diferença, apesar que sem uma boa história, um anime visualmente deslumbrante pode se tornar uma casca vazia. Animações que seguem propostas iguais ou similares a de Watashi ni Tenshi ga Maiorita! tendem a ter um visual bonitinho, que vai desde os cenários até, principalmente, o character design.
A procura pelo belo faz parte da natureza humana, e isso se aplica desde a escolha de roupas à escolha de um(a) parceiro(a) romântico(a). Por mais que possamos negar que beleza não importa, ainda assim usamos ela como um critério, mesmo que tenha outros mais relevantes.
No caso dos animes, nem tudo o que é visualmente belo e agradável interessa ao espectador. Há quem prefira algo visualmente mais grotesco, mas que seja divertido devido à bizarrice. Outros preferem violência gráfica com uma história que lhes agradem. Enfim, tudo é uma questão de gosto.
Desde a infância, aprendemos a noção do que é feio e do que é belo. Também somos ensinados a nos acharmos bonitos e também começamos a julgar os coleguinhas pela beleza. A Noa, personagem que foi introduzida no fim do primeiro episódio, não só se acha bonita, como acha que é mais bonita do que qualquer garota. Receber elogios é super importante para uma criança, mas se ela for mimada com elogios, a mesma pode se tornar carente por atenção. Situação essa que parece ser a da Noa. A garotinha fica desolada quando a Myako dá atenção “diferenciada” para a Hana. A Noa pode não ser a criança mais bonita do mundo, mas está longe de ser feia.
Inicialmente, a personalidade vaidosa da Noa soa como irritante. Todavia, com o passar dos episódios, ela vai se mostrando que não é uma personagem chata. Outro ponto positivo dessa personagem é que ela é um contraponto para a Hana.
Se Hana é angelical, quieta e não gosta de vestir as roupas para cosplay que a Myako faz, Noa é o oposto. Todavia, a nova personagem não é má, pois ela não ficou torturando psicologicamente a Myako por tê-la visto vestida em roupa para cosplay. E de certa forma, Noa até a ajudou a perder um pouco a vergonha de usar cosplay com outras pessoas por perto.
Desde o episódio passado, deu para perceber que Hana não é vaidosa, e que está mais preocupada em comer do que com a própria aparência. Já a Hinata não liga muito para sua própria aparência, sendo um meio-termo entre a Hana e a Noa. Ela está mais preocupada em se divertir com as amigas e sua irmã mais velha. Entretanto, ela reconhece a fofura de suas colegas, ou seja, ela não está totalmente alheia em relação à aparência externa.
Durante a brincadeira de esconde-esconde, teve uma cena delicada, feita para agradar um certo tipo de nicho. Devido à premissa desse anime, provavelmente devem haver mais cenas em que esse show deve chegar próximo a uma zona delicada, mas talvez isso não ocorra com tanta frequência, assim espero.
Ainda está cedo para julgar de forma adequada esse anime, mas o segundo episódio manteve o clima divertido da estreia, e que permaneça assim até o final.