Uma garota possuída, vários agentes paranormais e uma desgraça iminente! Parece que já vimos essa cena algumas várias vezes, não?

Reigen recebe uma solicitação de trabalho de alguém muito, muito rico e no local encontra mais algumas dezenas de agentes paranormais com os aspectos mais variados e ridículos. Essa quantidade de pessoas contratadas para um único trabalho deixa evidente duas coisas: o problema a ser resolvido é muito grave, visto a quantidade de opções solicitadas para efetivação da tarefa e; não importa o dinheiro gasto ou a importância de seus negócios, o amor de um pai para com uma filha pode superar esses fatos.

Todos os agentes paranormais disputam em um campeonato de “Pedra, papel ou tesoura” para decidir quem iria tratar do paciente primeiro e, com uma habilidade peculiar e passível de avaliação por ser tão suspeita, Reigen consegue sair invicto da competição.

A impressão que a possuída passou acerca do pai foi efetivamente absorvida pela multidão e a visão negativista se instaura, o que é demonstrado quando todos se transformam em ursos de pelúcia, o que exemplifica a aceitação e condenação autômata do acusado a partir de um estereótipo negligentemente imposto, coisa que acontece frequentemente nos dias atuais.

Após ser revelada a identidade da entidade que possui a garota como Keiji Mogami e sua história ser contada, conseguimos entender o porquê de seu objetivo alcançado ter sido ser o mais poderoso espírito vingativo e ao mesmo tempo conseguimos denegrir suas escolhas. O rumo que a vida de Mogami tomou para que seus desejos de salvar sua mãe fossem realizados já foi retratado em diversas obras mundo a fora (me recordo sempre do triste e opressor Darth Vader), assim como o fim trágico que ocorre chega a transformar por completo sua personalidade e o torna, ainda humano, um ser vingativo.

Obviamente, os motivos de Mogami não justificam suas ações, logo nosso querido herói com problemas psicológicos Mob surge das sombras!

Mob, com seu sentimental já abalado há alguns episódios, se depara com essa situação: uma garota de sua idade possuída por um espírito maligno; o pai da garota com seu amor incondicional, gravemente ferido; vários paranormais feridos, inclusive o grande Arataka Reigen e; todo o presenciar de atitudes indevidas e decisões impuras apresentadas de uma forma impactante. Apesar de manter a ciência do que é certo e errado e saber que deve agir, seu consciente continua com um peso enorme e ele se vê inundado de pensamentos relacionados à sua formação de senso de justiça. Novamente, está prestes a explodir.

Mais uma vez, Covinhas sente o peso da confiança de Mob depositada sobre ele. Entregar-lhe o próprio corpo esperando que nenhuma traição ocorra é uma atitude respeitável da parte de Mob e isso mexe com Covinhas. Embora, convenhamos, Mob poderia retirar Covinhas de seu corpo no momento que desejasse, visto seu poder paranormal massivo.

A partir de algumas tentativas que se provaram inúteis em contra-ataque ao malfeitor, Mob se dá conta de que pode não ser forte o suficiente para derrotá-lo. Após apontar que os poderes de Mob provém de seus sentimentos e demonstrar ativamente que, de seu ponto de vista, os sentimentos negativos são a real fonte de poder, Mogami o mantém impossibilitado de reagir e o coloca em uma simulação de como seriam seus dias sem o uso de poderes paranormais.

Como seria a vida de Mob sem sua instabilidade emocional e poderes paranormais? Acredito que o mesmo poderia vir a ter uma visão de mundo completamente diferente, a parte o fato de que esta ausência poderia transformar muitas pessoas a sua volta, principalmente a de seu irmão.