Kemurikusa – ep 7 – As irmãs vão à guerra
Bom dia!
Si vis pacem, para bellum. Se deseja a paz, prepare-se para a guerra.
A frase, atribuída ao escritor romano Flávio Vegécio, pode ser interpretada de várias maneiras, todas orbitando ao redor da ideia de que a guerra é um meio necessário para assegurar a paz.
No caso de Kemurikusa, as irmãs encontram uma fonte enorme e aparentemente inesgotável de água nesse episódio, e não há mais nada que elas poderiam desejar além disso. É o momento de maior paz e esperança para elas desde que o anime começou.
Mas durou pouco: logo em seguida descobriram que um exército de insetos vermelhos de tamanho incalculável estava corroendo o muro que o protegia, e era apenas questão de tempo até que aquele paraíso fosse devastado pela névoa vermelha.
O primeiro instinto de Rin é fugir. Mas isso vai resolver seus problemas?
No episódio anterior eles haviam encontrado uma enorme raiz que, de acordo com a folha especial que usam para isso, vem de uma fonte de água. Boa parte do episódio é dedicada à viagem pela raiz, que em dado momento se levanta sobre uma altitude incalculável.
Não há névoa vermelha nem insetos vermelhos, então é um trecho tranquilo. Eles conversam enquanto se equilibram cuidadosamente nesse último trajeto da jornada desde a Ilha 1.
Wakaba descobre, por exemplo, que Rin costumava gostar de explorar, como estão fazendo agora. Mas as perdas sucessivas a fizeram endurecer, privilegiando a segurança de suas irmãs acima de qualquer outra coisa. Sem mais exploração. O mundo é um lugar perigoso.
Eles encontram um muro azul intacto. Os muros, sabemos, ficam no ponto de contato entre as várias ilhas. Esse nunca foi atravessado, parece – ou foi?
Rin e suas irmãs tentam derrubá-lo à força, mas isso ativa um sistema de defesa e logo elas estão cercadas por insetos azuis. São fracos mas são numerosos. E atrás dos fracos parecem vir insetos bem fortes – nushis azuis.
Seria o fim de tudo, se Wakaba não percebesse que os muros azuis se comportam como as folhas, e assim, podem ser manipulados da mesma forma também. Os muros foram feitos para poder ser abertos sob comando. É mais um detalhe desse mundo que descobrimos.
Ao atravessar o muro o que eles encontram é praticamente o paraíso: a raiz principal da árvore abriga uma fonte de água. Como a água continua fluindo, parece ser inesgotável. Será que elas já viram tanta água assim antes?
As irmãs viajaram apenas para encontrar um pouco de água para poder viver por mais um tempo antes de ter que viajar de novo em busca de mais água, e ao invés o que encontraram foi a Terra Prometida. Ritsu chora de felicidade.
Mas não existe paraíso perfeito. Estrondos distantes, parecidos com trovões, inquietam Wakaba e Rin, que partem para investigar.
Chegam ao muro do lado oposto, que Wakaba abre da mesma forma, e o que eles encontram do outro lado não poderia ser pior: uma densa névoa vermelha e um número incalculável de insetos vermelhos atacando as raízes da árvore e o muro.
Pior: há raízes vermelhas, e delas brotam os insetos vermelhos, então o número de insetos é efetivamente sem fim enquanto essas raízes continuarem existindo. O Paraíso está condenado.
Rin retorna com a má notícia e, resignada, decide recuar.
Mas Wakaba insiste para que ela diga o que ela quer fazer, ao invés do que ela acha melhor fazer. É a mesma cobrança que já ouvimos da Riku e da Ritsu em outros momentos. A Rin vive em função das irmãs ao invés de fazer o que realmente gostaria de fazer.
E o que Rin quer fazer, então?
Ela quer descobrir a origem desse mal e eliminá-lo para que então todas possam viver em verdadeira paz. Não é a ideia mais sensata, elas estarão enfrentando um número absurdo de inimigos, e nem se sabe ainda se há nushis ali no meio.
Ou será que é a ideia mais sensata? Quanto tempo elas vão conseguir viver apenas fugindo? Até onde vão deixar a névoa vermelha se expandir? A coisa seria diferente se elas tivessem outras fontes de água, mas elas nem sabem se isso existe ainda em algum lugar.
Como na jornada que as levou até ali, elas querem viver, e por isso vão arriscar suas vidas.