Dumbbell Nan Kilo Moteru? – Como diria a minha tia: “Para ser bonita tem que sofrer” – Primeiras impressões
As mulheres costumam ter mais preocupação e cuidado com a beleza do que os homens. Ao enxergar o desejo delas pela beleza externa, a indústria de cosméticos criou os mais variados produtos de beleza, assim criando um mercado gigantesco. A indústria da moda e as academias de ginástica também capitalizam em cima da vaidade das pessoas (quer seja homens ou mulheres).
Há algo de errado em querer ser bonito(a)? A resposta para essa pergunta é obvia: não. Algumas pessoas são naturalmente bonitas, outras precisam “correr atrás” para alcançar a tão sonhada beleza. Minha saudosa tia dizia que para ser bonita precisa sofrer. Embora isso não seja uma verdade absoluta, quem não se encaixa nos padrões de beleza impostos pela sociedade pode sofrer tanto por não estar inserido dentro de um padrão como pode sofrer ao buscar por esse suposto padrão ideal.
No caso da protagonista desse anime, ela está um pouco acima do peso ideal, fato esse que acendeu um sinal de alerta nela. Hibiki é uma garota muito bonita, mas seu descuido com relação a alimentação poderia a deixar fora dos padrões de beleza impostos pela sociedade. Mais importante do que a questão estética é a saúde. A garota come muita “besteira”. No auge de sua juventude aparentemente não tem problema, mas com o passar da idade a conta virá e o preço pode ser alto demais.
O desconforto de Sakura ao adentrar a academia de ginástica é realista e natural. Afinal pessoas que não estão habituadas a quaisquer lugares tendem a se sentirem como “peixes fora d’água”. É interessante o fato dela ter ido buscar ajuda depois de ter tentado perder peso por conta própria através de exercícios e de caminhada.
A interação entre os personagens apresentados (a protagonista, a menina que estuda na mesma escola e o treinador) foi boa, rendendo bons momentos. Infelizmente a opening estragou com a revelação da verdadeira forma do Machio. Tal cena poderia ter pego de surpresa quem não conhecia a obra original. Mesmo assim achei engraçado a quebra de expectativa com relação a aparência do treinador.
A protagonista bem expressiva cheia de caras e bocas funciona bem como um elemento cômico. Outro elemento cômico importante é a excentricidade da Akemi por ter fetiche por músculo. Isso fica ainda mais engraçado devido ela ter a imagem de “garota perfeita” acima de qualquer tipo de suspeita.
O anime é bem didático, o que proporciona uma imersão ao universo da obra. Essa preocupação de informar os detalhes sobre os exercícios e sobre as calorias dos alimentos que a protagonista consome é interessante, e ao mesmo tempo nos passa informações a respeito da temática abordada.
Outro destaque é o uso de erotismo sutil, no qual é uma arma que o anime usará bastante ao seu favor com a finalidade de atrair o público-alvo que a obra se destina. O fanservice aqui não é apelativo, o que pode desagradar quem gosta de algo mais “pesado”, mas por outro lado pode agradar a quem prefira algo menos vulgar. Devido à sua proposta, usar um pouco de sensualidade não soa como algo desconexo e sem propósito, pelo contrário, se torna um complemento, visto que a obra é direcionada ao público masculino.
Não sou um especialista em questões técnicas, mas me arrisco a dizer que essa estreia teve uma boa animação e um bom timing cômico. A parte visual tava bonita e a trilha sonora foi funcional e variada, mudando de acordo com cada situação.
Por fim, a parte pós credito é uma forma legal de interagir com o público através de amostra sobre como fazer os exercícios que o anime apresenta.
Obrigado a todos que leram este artigo, e até a próxima!
Kondou-san
Foi uma boa estreia, este primeiro episódio foi muito engraçado.
A parte técnica está bem competente, em especial nas expressões faciais, as personagens são muito engraçada e carismáticas.
A opening é muito boa, bastante catchy e a ending essa é bastante engraçada (acho que nunca vi tanto músculo numa ending).
Quanto ao episódio, a protagonista essa é uma pérola, a Hibiki só come comida calórica (a famosa fast food, ou junk food) e o episódio fez questão de mostrar as calorias de cada uma dessas comidas, o que achei bem interessante e relevante. Com tal consumo de calorias e gorduras saturados, é claro como a água que a Hibiki fosse engordar, mas 55 quilos, numa sociedade onde o peso médio da mulher é 45/50 quilos, a Hibiki está ligeiramente acima do peso.
A outra protagonista é outra pérola, a Akemi já pode ser considerada a ojou-sama amante e apreciadora de músculos bem desenvolvidos e tonificados (a expressão de deleite dela ao entrar na sala de treino e ver um monte de bobybuilders é impagável).
Por fim, o treinador Machio é outra pérola (mais um pouco, este anime é um colar de pérolas, quando ele se transformou em gigante dos músculos, não consegui conter o riso (e com a piada da Hibiki em relação ao corpo do Machio, mais risada dei).
Como sempre, mais um excelente artigo Flávio.