Depois de um primeiro episódio interessante, Isekai Cheat nos trouxe uma sequência cheia de explicações sobre como funcionam os poderes neste mundo, assim como revelações sobre os protagonistas. Com isso, foi bem curioso ver que apesar dos protagonistas possuírem um potencial absurdo, dominar com excelência não será tão fácil como poderia ser. Enfim, confesso que consegui me empolgar com o que foi apresentado até agora.

De certa forma dá no mesmo

Primeiro de tudo eu gostaria de comentar sobre a descoberta da origem dos protagonistas pelas residentes do mundo atual. Eu costumo ler muitos isekais (para bem ou para o mal) e não me recordo de ter visto em pelo menos um deles um acontecimento como esse. Inclusive enquanto eu estava assistindo o episódio, comecei a pensar no quão interessante seria se em alguns isekais isso acontecesse. 

Infelizmente ocorreu bem no fim do episódio e por isso não teve como ver um grande desenrolar dessa conversa, mas foi algo muito legal de se ver. Em contrapartida eu não espero que haverá algum tipo de conversa mais profunda sobre essa questão, o que talvez seja pedir demais. Enfim, de qualquer forma isso foi uma bela maneira de tocar a sequência da história, ainda mais vendo que ambos, Rin e Taichi, não tinham nenhum objetivo claro em mente.

“Se vira aí parceiro”

Agora eles vão tentar evoluir enquanto procuram pelo invocador que os trouxe para esse mundo. Sabemos que isso não deve demorar tanto assim e quem é o autor mas ainda resta saber os motivos que o levaram a fazer isso. Provavelmente eles vão ter que salvar o reino ou algum clichê nessa linha, isso se não tiver algum tipo de lenda envolvendo o Taichi como um possível herói. De qualquer forma eu não vejo problemas se a narrativa for realmente essa, desde que seja bem feita.

Nossa, eu realmente não sabia disso

Já sobre o restante do episódio, as explicações foram bem espalhadas para que não ficasse tão maçante. Por ter sido numa boa medida, deu para entender o básico do funcionamento desse novo mundo sem ficar entediado com algum excesso ou informações desnecessárias ao menos nesse ponto. Um ponto que eu gostaria de destacar é a relação dos espíritos e dos magos, algo que eu achei um tanto quanto confusa.

Na explicação presente no episódio, Myura disse que os magos utilizam os poderes dos espíritos por meio de uma troca. Eles recebem a habilidade de usar magia em troca de dar poder mágico aos espíritos, foi o que ela disse literalmente. Por isso, achei que cada mago precisasse de uma espécie de contrato com um espírito que obviamente fosse pertencente ao elemento de afinidade do usuário.

Porém não foi o caso e aparentemente nenhum mago precisa de um contrato para usar magia, tendo que apenas imaginar claramente o que deseja realizar. Aliás, essa minha ideia veio após ver que o espírito escolhe o usuário, o que geralmente faria com que tivesse um contrato no meio dessa relação. O triste é que depois de formular tudo isso, a Lemiya vem e diz que os feiticeiros que fazem contratos com os espíritos ao invés dos magos.

Mas ok, no fim isso não importa tanto assim, afinal, os dois começaram seus devidos treinamentos para um uso “seguro” de suas habilidades. Foi um tanto quanto broxante essa parte pois vimos dois extremos não tão animadores. Taichi desde o início se apresenta como um personagem legal, porém do tipo meio burro que não costuma pensar tanto assim; já a Rin é a famosa personagem que consegue fazer absolutamente tudo e mais um pouco logo de cara sem grandes ensinamentos. Ou seja, ao invés de priorizar um desenvolvimento mais lento, porém intrigante, a obra preferiu agilizar essa parte de treinamento e ir direto para o que talvez seja do interesse de uma parcela maior do público. 

Enfim, eu realmente espero que a sequência seja realmente boa e faça jus ao que foi apresentado até agora. Eu entendo bem que apesar de possuir um poder absurdo, Taichi e Rin passarão por dificuldades (na verdade ele já está passando de certa forma). Com isso,  realmente desejo que elas sejam boas o bastante para que a obra não caia na mesmice e em clichês repetitivos onde a história eventualmente perde o brilho por completo.

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