Um dos propósitos da ciência é transformar o impossível e/ou inimaginável em algo real. Ao longo de séculos a vida do ser humano foi se tornando mais fácil graças aos progressos alcançados pela ciência. O que antes eram apenas sonhos distantes como, por exemplo, voar, ir ao espaço, ir até as profundezas oceânicas, etc, só foram possíveis devido à mentes que gastaram tempo estudando e pesquisando até chegar no resultado esperado.

Por mais que o progresso seja importante, não dá para alcança-lo a qualquer custo (isso vale tanto para o progresso científico quanto para o social/político). Para conter o ímpeto que temos de querer evoluir a qualquer preço é que existe algo chamado ética. Em tudo temos que por limites, até no progresso, não que isso seja uma tarefa fácil.

Como cientista, Hishigata têm boas intenções, mas na ciência, somente boas intenções não são suficientes. Se faz necessário olhar adiante para prever as causas e consequências, Hishigata, provavelmente, não levou em conta a ambição e ganancia humana. Se ele tivesse levado em conta a natureza humana, o mesmo saberia que se todos passassem a ter acesso a um poder de nível 6, logo algumas pessoas tentariam ir mais além, buscando um sétimo, oitavo, nono nível, e assim por diante. Outra coisa a ser discutida é a forma que o cientista conduziu suas pesquisas no campo ético, que foi arbitraria pois durante o processo de pesquisa houve danos às pessoas que fora usadas como cobaias.

Não dá para dizer que Hishigata é um tipo de vilão que represente a encarnação da maldade, pois o mesmo queria atingir um ideal nobre que todos pudessem terem os mesmos níveis de poderes. Além do mais, ele era um irmão muito amoroso e é capaz de tudo pela sua irmã, que vão desde superar as barreiras da ciência até quebrar os limites impostos pela ética e pelas leis.

A Hirumi ela tinha o propósito de realizar o desejo de seu irmão mais velho de alcançar o sexto nível, algo que passou a se tornar o seu sonho. Ela possuía uma saúde muito debilitada, mas para não preocupar o seu irmão, a mesma optou por esconder a verdade. A ideia de se tornar imortal graças a um poder inimaginável se tornou uma faísca de esperança para alguém com tão pouco tempo de vida no plano terreno.

Diferentemente dos dois (Hishigata e Hirumi), Esther não tinha um propósito na vida. A garota aprendeu a “especialidade” de sua família que é a necromancia, mas a mesma estava à procura de respostas sobre a utilidade de suas habilidades. Sua ida para a Cidade Acadêmica tem justamente a ver com uma busca pessoal sobre a finalidade de suas habilidades de necromancia.

Como Esther não tem senso comum, o que serve muito bem como alívio cômico, portanto, descobrir respostas sobre o sentido de ter aqueles poderes e saber a maneira certa de usar se torna muito importante, justamente para não cometer erros que possam prejudicar terceiros. Por causa da sua falta de noção sobre o que está acontecendo ao seu redor, a situação chegou ao ponto atual.

Até aqui ela amadureceu e criou coragem para corrigir erros que foram cometidos, não por maldade, mas sim por inocência. A personalidade pueril da necromancer impediu de enxergar o mal que poderia acontecer caso suas habilidades caíssem em mãos erradas.

Com a amizade de Hirumi, a necromancer passou a ter alguém para proteger. Mesmo não conseguindo impedir a fatalidade de sua amiga, agora ela tem a chance de dar um fim naquele que está ocupando o corpo de sua preciosa amiga, assim permitindo que Hirumi, verdadeiramente descanse em paz.

O episódio cumpriu a função de explicar coisas importantes como a motivação dos irmãos Hishigata e Hirumi, além de mostrar como a Esther se envolveu nessa trama maligna que está sendo contada nesta temporada.

Obrigado a todos que leram este artigo até o final, e até a próxima!