Parece que alguém não fez o artigo de Kanata no Astra na semana passada, não é? Enfim, o 11° episódio resolveu dar um desenvolvimento ao Charce. O personagem agora revelou ser o traidor, mas fica entre nós, já estava bem na cara que todo mundo, inclusive ele, iria voltar pra casa.

O que precisou nesse episódio para a redenção do Charce foi a execução. Executar um momento que era esperado desde o 2° episódio. O que fazer para construir uma cena que a resposta já parece certa? Nesses casos, flashbacks, emoções entre os personagens, seus diálogos, tudo isso deve ser trabalhado com cuidado.

O momento se inicia com o passado do personagem, mostrando detalhes que nos fazem entender que o Charce está mais para uma vítima de um abuso mental do que um sádico vilão. É a partir disso que entendemos o porquê dos outros estarem mais preocupados do que zangados com ele. Esses personagens tentaram de toda forma o livrar desta gaiola.

É perceptível que a viagem os uniu, fazendo-os se conhecerem melhor. Essa interação faz com que os personagens percebessem que Charce está sim aproveitando. Esse foi o momento que ele deixou de ser o que os adultos queriam para ser o que ele queria.

Isso prova que toda a viagem estava cheia de sentimentos verdadeiros, e foram tão verdadeiros que Charce hesitou em matar os outros. Kanata, assim como capitão, entende que ele precisa ficar alerta não só na parte da segurança, essa atenção se englobou nos sentimentos do Charce.

A decisão de Charce foi o pontapé inicial para o episódio 12, pois ele sabe de muita coisa que ainda não tinha sido revelada. O que mais chama a atenção de toda essa verdade foi a decisão da primeira geração de esquecer o passado.

Claro, não é errado ir para um novo planeta numa imigração, mas o fato é que são humanos, que são pouco racionais quando são muito gananciosos. Um lugar imenso e sem uma divisão de propriedades pode facilmente ser um palco de guerra.

Foi isso o que aconteceu, e os motivos são a causa para que tantas pessoas tenham morrido em tão pouco tempo. O arrependimento tomou conta dos sobreviventes, então houve as consequências: o esquecimento global do passado e o pensamento no futuro.

Pensando nisso, seria melhor contar toda a verdade ou deixar assim? Esquecer esse passado errôneo pode não ser uma má ideia, mas há a questão de entender as transformações que fazemos no mundo. A 2° guerra mundial, por exemplo, nos serviu para pensar no próximo, e que guerras são sim uma aberração.

Entender o verdadeiro passado faz com que reflitamos sobre nós e o que chamamos de ética. Mas isso não quer dizer que nunca mais haverá conflitos por sabermos que conflitos passados só gerou dor. Sempre vai haver um movimento retrógrado por parte dos humanos.

O final do anime marcou o regresso e a nova jornada dos protagonistas. Foi legal que os personagens que foram criados para servir e não para viver uma simples vida agora deram a volta por cima. Serem clones não muda o fato de que podem viver da mesma forma que os outros.

Não foi decisão deles serem clones, mas foi decisão deles lutarem por suas vidas. Sendo assim, cada um toma o seu rumo e a maioria até se casa – os tão desejados casais realmente se formam! Foi um final legal, e claro, o anime foi astronomicamente gostoso de ver.

Mas e aí, qual será o próximo anime que trabalhará com viagens interplanetárias com planetas exóticos? Talvez eu esteja lá para comentar.

“Supere as dificuldades para chegar ao destino”.

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