Nanatsu no Taizai: Kamigami no Gekirin – Esse anime já foi melhor, mesmo que não muito – Primeiras impressões
Troca de estúdio. Queda de vendas do mangá. História espichada. Perda de popularidade, etc…
De positivo? Nanatsu no Taizai retorna para sua terceira temporada a fim de continuar a história da guerra entre os Sete Pecados Capitais e os Dez Mandamentos. E a estreia foi boa? É o que vamos ver!
Mal percebi qualquer mudança no design, mas uma coisa é certa, a animação teve uma queda, mesmo se eu der um desconto por ter sido a estreia de uma terceira temporada (o anime não tem que conquistar mais nenhum telespectador novo a essa altura, né).
Infelizmente, eu já esperava por isso, o estúdio Deen certamente não é o A-1 Pictures.
Além disso, o interesse pela obra vem diminuindo, o mangá não é mais o sucesso de vendas de outrora e, sejamos conscientes, o público infantil alcançado com o lançamento internacional no Netflix não é tão exigente.
Não tem mais porque os japoneses terem um cuidado especial com a obra. Isso significa que tudo está perdido? Não necessariamente, é mais o caso dessa estreia não ter ajudado a empolgar quanto a nada do que essa temporada pode oferecer.
Foi um festival de combates sem importância, mal animados e sem qualquer grande motivação.
Em compensação, uma deixa do fim da temporada anterior foi aproveitada, o dilema do herói Meliodas que crê precisar recuperar a crueldade do passado a fim de ficar mais forte para proteger quem ele ama.
É um dilema interessante e, mais que isso, me parece um desenrolar inerente, que está acontecendo aquém do controle do pecado da ira. Seria muita mediocridade do Nakaba não aproveitar a “vida dupla” do herói em algum ponto da história e creio que estejamos vendo os primeiros indícios disso.
Enquanto isso, os Pecados continuam a defender o Reino e um corajoso herói surge, um herói sem poder de batalha, mas que transborda capacidade de inspirar os outros a fazerem alguma coisa.
Confesso que não entendi muito bem como esse trecho foi aproveitado, não vi grande utilidade nele, mas a mim provocou uma reflexão.
A dignidade do ser humano vale mais que sua vida? Porque se opor aos demônios ali, sem alguém forte o suficiente para combatê-los, foi uma amostra disso.
O ideal perseguido pelo garoto é muito bonitinho para a ficção, mas e na vida real, como poderia dizer que o pai está errado? Como julgá-lo por fazer o que fez? Sem cooperar ele sequer manteria a sua vida e a do filho?
Acho que o anime perdeu uma boa oportunidade de sair da zona de conforto e suscitar uma discussão interessante, mas isso sou eu esperando mais de Nanatsu do que eu sei que Nanatsu pode dar.
Então não, não acho que poderia esperar algo mais elaborado, foi mais um trecho para encher linguiça, reforçar a ideia de que Liones resiste e assim a Britânia.
Ademais, a Elizabeth mostra preocupação com seu amado e o Howzer é escolhido como o novo chefe dos paladinos, ao menos no nome.
Se fosse ela eu me preocuparia mais com essa nomeação, mas, zoeiras a parte, nem mesmo a breve aparição dos irmãos encrenca passou alguma ideia de perigo, de urgência nesse episódio.
Acho, inclusive, que esse foi um de seus defeitos, pareceu mais um episódio largado de um anime longo, mas não, era a estreia de um anime de ação de sucesso.
Ainda que Nanatsu não precise mais conquistar público, ou não seja esse um dos motivos dessa terceira temporada, o melhor cenário certamente seria manter o produto interessante para o consumidor.
E não foi isso que essa estreia fez, diria até que também não foi o contrário. Ficou meia-boca em animação, direção e roteiro. Foi tudo simplório demais.
Pelo menos o episódio acabou bem, mostrando dois dos personagens mais carismáticos da obra e certamente um dos melhores casais. E meu favorito, sem polêmicas pertinentes e também porque, como leitor do mangá, acho a história deles muito bonita.
King e Diane podem ser uma boa válvula de escape para dois cenários pouco ou nada interessantes, a Liones em reconstrução e a Camelot dominada.
Vamos ver como, se, esse plot lateral será bem aproveitado. Eu temo que a direção seja pior do que aparentou por essa estreia e perca a mão na hora de aprofundar os personagens.
Uma estreia, nem tão boa nem tão ruim, me dá esse medo. E, claro, tudo isso levando em consideração o que eu já sabia que podia esperar de Nanatsu no Taizai, uma obra que com certeza tem muitos momentos bons, mas às vezes demora um pouco para chegar lá.
Abaixe sua expectativa para essa terceira temporada e aí talvez você possa se surpreender (positivamente).
Até a próxima!
Kondou-san
Já achei a temporada anterior fraca e eis que agora no primeiro episódio da nova temporada nos entregaram uma bela porcaria.
Começando pela censura, que teve a ideia de trocar o sangue por um líquido branco que mais parece o elixir da vida, a censura no coração do demónio é para rir no mínimo. O design das personagens também sofreu, o que no caso de certas personagens considero uma heresia (a Merlin e a Diane têm que ter o maior capricho possível no seu character design).
Se continuar assim, a temporada actual de Nanatsu será uma bela porcaria e será lembrada pelas decisões toscas no que toca à censura.
Antes de terminar, o King e a Diana faz tempo que deveriam estar juntos.